Programa de aprofundamento técnico para profissionais de museus encerra mais uma edição

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O Polos Hub, programa de intercâmbio fluminense e de qualificação de profissionais de museus e instituições no Rio de Janeiro, encerra mais uma edição do projeto, que acontece pela segunda vez. Com base no Museu das Comunicações e Humanidades – Musehum, localizado no Futuros – Arte e Tecnologia, no Rio de Janeiro, o projeto contemplou cinco museus cariocas com atividades de assessoramento técnico. Entre eles, estão o Museu Histórico da Cidade, o Museu Histórico de Campos, o Museu Casa Santos Dumont, a Casa Museu Scliar e a Casa Cultural de Paraty.

Rafaela Zanete, idealizadora e coordenadora do projeto, comenta sobre a finalização dessa etapa: “Chegamos ao final de mais uma jornada HUB muito felizes e realizados por concretizarmos tantos resultados que já repercutem nas práticas das instituições museológicas participantes deste ciclo do projeto. Vida longa aos museus e que possamos seguir conectados e cada vez mais atuantes nos territórios”.

Ao longo de um ano, o programa se dividiu em três etapas. Na primeira fase, os especialistas do projeto identificaram as necessidades e ações personalizadas para cada museu polo. Em sequência, as instituições convidadas receberam assessoramento técnico pelos especialistas, uma formação à distância e workshops.

Gratuitos e disponibilizados no canal do YouTube do projeto, foram oferecidos workshops no formato de videoaulas como  “Expografia Acessível”, “Fomento e Financiamento para Instituições Culturais” e “Inventário Participativo”, além de cursos EAD, entre eles “Estratégias de sustentabilidade para equipamentos culturais” e “Comunicação Digital em Museus e Centros Culturais”. 

Para complementar as etapas do programa Polos Hub, representantes e equipes de cada museu polo receberam assessoramento técnico dos especialistas do programa, assim como compartilha  Graziela Escocard, Historiadora e Diretora do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes, para ela participar do projeto foi crucial para entender como lidar com alguns desafios. “Nós tínhamos muita dificuldade de capacitação por ser um museu no interior do estado com poucas opções e referências próximas”. Após formações sobre acessibilidade, Barbara Geromel, do Museu Histórico da Cidade, comenta que sua equipe tem mais ferramentas para melhorar o museu. “Pensar o museu no geral e com acessibilidade nos ajuda a aprimorar os projetos e atividades.” 

A responsável pela Casa Museu Carlos Scliar, Cristina Ventura, reforçou o projeto como uma oportunidade de compreender o potencial do espaço e as oportunidades. “Diferentes pontos de vista de profissionais muito capacitados nos fez enxergar o potencial do museu”, contou. Na Casa de Cultura de Paraty, Rafaela Marisco compartilhou que já começou a aplicar as orientações técnicas. “Em um dos diagnósticos na casa, identificamos pontos de atenção em nossa comunicação e acessibilidade. A partir disso, adotamos medidas como a atividade Experiência Pátio, onde criamos um espaço de convivência na Casa para a produção de podcasts, encontros e consultoria.” contou.

No encontro final, os representantes de cada museu polo reuniram-se com os assessores técnicos e especialistas do Musehum, Futuros – Arte e Tecnologia e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. O objetivo do programa foi construir um diálogo e reflexão para a promoção do encontro com a cultura, a cidade, a arte, a tecnologia, a memória, a história e as telecomunicações.

 

Lançamento Ebook Polos Hub 


Consolidando o trabalho desenvolvido no projeto Polos Hub, será disponibilizado um e-book onde estão descritas todas as atividades e experiências para qualificar os profissionais dos museus, a proposta de inclusão do projeto contou com profissionais especialistas em acessibilidade, consultores com deficiência, além de um integrante do time de educativo ser pessoa em cadeiras de rodas, como preconiza o lema do movimento de lutas das pessoas com deficiência, “Nada sobre nós sem nós”. Em uma de suas versões, com foco em acessibilidade, o produto está disponível em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). O lançamento acontece nos dias 26 de outubro( versão sem acessibilidade) e 31 de outubro (versão em LIBRAS).  O livro sem acessibilidade pode ser acessado pelo link ou ambos pelo site em “cursos” e pelas redes sociais do projeto.


Sobre o Polos Hub

O Polos Hub foi um projeto de intercâmbio e de qualificação de profissionais de museus e instituições culturais do estado do Rio de Janeiro. Baseado no Museu das Comunicações e Humanidades – MUSEHUM, localizado no Centro Cultural Oi Futuro, no Rio, o projeto reuniu especialistas para compartilhar saberes e atividades com outros cinco museus selecionados em dezembro de 2022: o Museu Histórico da Cidade, o Museu Histórico de Campos, o Museu Casa Santos Drumont, a Casa Museu Scliar e a Casa Cultural de Paraty. O programa proporcionou aos cinco museus polos um período de assessoramento técnico, compartilhamento de ideias, construções colaborativas e práticas culturais em seus respectivos pólos. 

“Os museus e casas POLO convidados estão localizados em diversas regiões do território fluminense, evidenciando a abrangência que buscamos com o projeto, de forma mais ampliada e descentralizada. Os museus de forma geral vivenciam questões e desafios em comum, independente de sua tipologia, tamanho ou estrutura, porém necessitam ter um olhar ainda mais alinhado à realidade de seus territórios e suas práticas para o aprofundamento e promoção de melhorias e uma maior integração de suas atividades com seus públicos e profissionais e reverberação com seus territórios, disse Rafaela Zanete, idealizadora e coordenadora do projeto.  

Durante o ciclo, também foram ofertados cursos à distância em plataforma de ensino remoto, distribuídos em módulos e fóruns de discussão; workshops online, em formato de videoaulas com conteúdo acessível em Libras e audiodescrição e legendas. De autoria da Coeficiente Artístico em correalização com o Oi Futuro e Musehum, o projeto tem o patrocínio da Oi e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Lei de incentivo, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.


https://www.instagram.com/poloshubprojeto/ | https://poloshub.com/ 

 

Sobre o Futuros – Arte e Tecnologia 

Inaugurado há 18 anos com a proposta de democratizar o acesso a experiências de arte, ciência e tecnologia, o centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia tem a Oi como fundadora e principal mantenedora. Em abril de 2023, sob a chancela do Oi Futuro, o equipamento cultural se abriu a novos parceiros: EY, Eletrobras Furnas e BMA Advogados são os primeiros patrocinadores anunciados pela instituição. 

Com programação diversa que aposta na convergência entre arte contemporânea, ciência e tecnologia, Futuros recebe cerca de 100 mil visitantes por ano. O espaço abriga galerias de arte, um teatro multiuso, um bistrô e o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, que detém um acervo de mais de 130 mil peças históricas sobre as comunicações no Brasil. O Musehum promove experiências imersivas e interativas que convidam a refletir sobre o impacto das tecnologias nas relações humanas. 

As galerias do centro cultural já foram ocupadas por expoentes internacionais de diversas vertentes, como Andy Warhol, Nam June Paik, Tony Oursler, Jean-Luc Godard, Pierre et Gilles, David Lachapelle, Chantal Akerman; e brasileiros como Luiz Zerbini, Rosângela Rennó, Daniel Senise, Lenora de Barros, Iran do Espírito Santo, Arthur Omar, Marcos Chaves e outros. Nas artes cênicas, o espaço foi palco de espetáculos inéditos e premiados de Felipe Hirsh, Gerald Thomas, Enrique Diaz, Antonio Abujamra, Denise Stoklos, Victor Garcia Peralta, Aderbal Freire, João Fonseca e outros. 

Com quase duas décadas de trajetória, Futuros – Arte e Tecnologia também sediou diversos eventos de destaque na cena cultural carioca, incluindo Festival do Rio, Panorama de Dança, FIL, Multiplicidade, Novas Frequências e Tempo_Festival, sendo os três últimos especialmente concebidos para a instituição.