Wesley Nóog presta homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra

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Mesmo em terras estrangeiras, nos Estados Unidos, realizando shows na temporada pré-inverno, Wesley Nóog – o Rei do Sambasoul exalta suas raízes e apresenta em primeira mão o samba “Mãe África”, em parceria com o compositor Rodolfo Caruso, integrante do Movimento de Compositores Samba na Fonte do Rio de Janeiro. Inclusive vale ressaltar que durante o show de lançamento do álbum “O Samba é da Gente”, no Teatro Rival, o artista já prestava uma linda homenagem à Mãe África, com a indumentária utilizada na apresentação. 

O samba gravado em voz e cavaquinho por Wesley Nóog nos remete aos tempos longínquos em que o tambor fazia a comunicação ancestral no continente Africano e ecoava pelos quatro cantos do mundo levando a cultura, a crença, a música e toda a matiz do DNA da Mãe África.

Então chega também ao Brasil através da escravidão, no entanto, finca raiz, se fortalece e levanta a bandeira da Liberdade e da Igualdade Social, passam-se os séculos e a luta continua. Na década de 1970 é concebido o Dia Nacional da Consciência Negra, no entanto, somente foi formalizado nacionalmente em 2003, como uma efeméride (comemoração de fato importante) no calendário escolar, até ser instituído como data comemorativa em 2011, “Lei n.º 12.519”. O dia 20 de novembro foi escolhido por ser o dia da morte de Zumbi dos Palmares, personalidade considerada símbolo de luta e resistência contra a escravidão.

A consciência negra é isto: um misto de conscientização da importância do preto na sociedade, do reconhecimento do valor, da cultura e da luta de pessoas pretas que não se calaram e levantaram a cabeça contra o racismo. Apesar do protagonismo negro nessa consciência — que mais do que uma ideia ou conceito, é uma espécie de prática que dá “movimento” aos movimentos sociais. Assim almeja-se que, a partir do choque com a consciência negra, as pessoas de todas as cores de epiderme, repensem suas práticas.

Conheça a letra e ouça o samba:

MÃE ÁFRICA

Wesley Nóog e Rodolfo Caruso

 

Berço da humanidade de sagrada concepção,

quando penso nela bate forte o coração

 

Loroyê mujobá, lá é a terra da batida do tambor,

kaô kabecilê, meu pai Xangô protegendo meu ori,

ogunhê tem xirê, cavalgando vem o santo protetor,

ora ye ye ô, na bagagem trás amor de Ilê Oba Omi.

 

Mãe África teus filhos oprimidos no congá à louvar,

nos quatro cantos do planeta se encontra teu DNA,

correndo no sangue de toda pele no sistema solar;

cantamos com fé atoto ajubero, epá babá obatolá

 

Berço da humanidade de sagrada concepção,

quando penso nela bate forte o coração

 

Vem de lá toda sabedoria existente nesse mundo,

que já se perdeu sem saber o que mais pode criar;

sem visão busca achar saída, sem saber quando

será o tempo possível, para ao menos saber recriar

 

Pouco do muito que se perdeu pelo brilho da ilusão,

em possuir mais do que é necessário para existência,

durante curto período para se pensar e tomar decisão,

que faz a vida leve feito pena ao vento da sobrevivência

 

Berço da humanidade de sagrada concepção,

quando penso nela bate forte o coração

 

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