UERJ representa o Brasil em pesquisa mundial sobre adaptação social na pandemia

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Cientistas de diversos países, de vários continentes, querem entender como a população está reagindo às condições sociais impostas pela pandemia do novo coronavírus. O Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) está participando da pesquisa “Adaptação social em estresse na pandemia da Covid-19: um estudo transcultural”, que tem como objetivo estudar a influência de vários fatores – culturais, sociais e biológicos – no comportamento humano em uma emergência de escala global.

A equipe de pesquisa conta com 43 representantes, de 23 países, englobando Europa, Ásia, África, América do Norte e do Sul. A coordenação do projeto está a cargo de Marina L. Butovskaya e Valentina Burkova, pesquisadoras do Centro de Psicologia Transcultural e Etologia Humana, da Universidade Estatal Russa de Ciências Humanas.

– Buscamos entender alguns aspectos das mudanças sociais, assim como a percepção individual e a avaliação do grau de perigo de ameaças em uma pandemia, por meio de uma abordagem integrada, incorporando métodos da Antropologia Social, da Psicologia Evolutiva, da Etologia Humana e da Antropologia Digital – explica a professora Edna Lúcia Tinoco Ponciano, representante da Uerj e do Brasil na pesquisa.

A pesquisa possibilitará também identificar como a população reage e se adapta em uma situação de profunda vulnerabilidade social e econômica, causada pela pandemia.

Qualquer pessoa maior de 18 anos pode participar. Basta responder ao questionário (https://bit.ly/2YAZFby) até o fim de julho. Após a coleta de dados, os pesquisadores começarão as análises.

– Os dados obtidos serão únicos na ciência mundial, pois, por várias gerações, a humanidade não enfrentou a situação de uma pandemia global nas proporções da atual. Além de serem importantes para o desenvolvimento de conhecimentos fundamentais sobre processos comportamentais em um momento de risco global, também podem ter um valor aplicado, ao serem usados para prever reações comportamentais em possíveis surtos de doenças infecciosas e pandemias, no futuro – ressalta Edna.