A Secretaria de Cultura de Teresópolis recebeu importante doação para o acervo do Patrimônio Histórico do município. Trata-se de uma planta de Teresópolis datada de 1854, quando o município ainda era apenas uma vila. A doação foi feita pelo fotógrafo e cineasta Leonardo Bittencourt à Secretaria, através da Casa da Memória Arthur Dalmasso, onde o item ficará guardado.
A planta, pintada sobre tecido e devidamente emoldurada, pertencia ao empresário Antonio Laginestra, proprietário da Termocel, e por anos ficou exposta como quadro em seu escritório na antiga fábrica de cobertores. Leonardo, afilhado de Laginestra, conta que sempre apreciou a planta de maneira peculiar. Até que, há cerca de dois anos, recebeu-a de presente do próprio padrinho. E agora, decidiu passar a obra adiante para que esteja disponível a todos os teresopolitanos.
“Seria muito egoísmo manter esta relíquia fechada em minha casa. Por isso, decidi pela doação ao Município. Assim como eu, muitos teresopolitanos podem ter em casa objetos de relevância histórica para o município e que merecem ser resguardados. Que sirva de exemplo e seja a primeira de muitas doações”, comenta o fotógrafo/cineasta.
O quadro foi recebido pelo diretor da Casa da Memória, Rafael Corrêa, que também comanda o Serviço de Patrimônio Histórico do município. “Sem dúvida, um artefato muito interessante, que agora estará ao alcance de todos. Para ver a planta, basta visitar a Casa da Memória. Estamos abertos a todos”, convida Rafael, lembrando que, neste momento, devido à pandemia da Covid-19, o espaço só está recebendo visitas agendadas.
Para a secretária de Cultura, Cléo Jordão, a doação é motivo de comemoração. “É um presente para a cidade, uma significativa contribuição para o nosso acervo iconográfico e para o nosso Patrimônio Histórico. Agora será realizada uma análise, buscando a melhor forma de manter sua conservação, garantindo assim o bom trabalho de restauração executado anteriormente pelo Museu Nacional de Belas Artes. Em breve, o quadro entrará em exposição permanente na Casa da Memória, ajudando assim a contar mais uma parte da nossa história”, avalia.