A consulta pública que ocorre dentro do Plano Urbano Reviver Centro chega à segunda fase aprofundando o diagnóstico sobre a 2ª Região Administrativa, que abrange o Centro da cidade e bairros do entorno. Disponível até quarta-feira (24/02) no portal http://prefeitura.rio/revivercentro, a pesquisa feita pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano avança em relação à primeira etapa ao pedir aos participantes que classifiquem os serviços e equipamentos públicos na região. A ideia é esclarecer ainda quais modalidades de lazer fazem falta na região. O Reviver Centro quer estimular a revitalização da 2ª RA, bastante atingida pela crise econômica e pela pandemia.
A consulta, que terá uma terceira fase, integra a elaboração do plano urbano da cidade, que inclui um projeto de lei complementar a ser apresentado à Câmara dos Vereadores. O atual levantamento pede ao interessado para listar três motivos que eventualmente dificultam a moradia no Centro. Outras perguntas procuram saber quem se instalaria num prédio do Século XIX ou início do Século XX; quem conhece os bens e monumentos históricos da região; e acha importante a sua manutenção.
A pesquisa propõe ainda a pergunta “Quanto acha que vale um imóvel de 2 quartos no bairro do Centro?”. E questiona se participante, se tivesse esse valor disponível, compraria um imóvel em outro lugar (de uma lista oferecida na enquete) ou no Centro.
Em busca de recuperação para a área
O Reviver Centro pretende estimular as recuperações social, econômica e urbanística do Centro do Rio, atraindo para a área novos moradores e estabelecimentos. Trata-se de um conjunto de decretos e um projeto de lei que inclui uma série de incentivos fiscais e permissões de novos usos para fomentar a construção de moradias e o retrofit de prédios comerciais.
O projeto também prevê a concessão de benefícios a empreendedores que queiram participar do programa de locação social que a Prefeitura irá lançar, com público-alvo de estudantes universitários, cotistas e servidores públicos. O Reviver Centro terá ainda um cuidado especial com o patrimônio histórico, incorporando no corpo do projeto o edital Pró Apac, que oferecia benefícios aos donos de imóveis históricos interessados em sua recuperação.
Os resultados da primeira fase
A primeira fase da consulta pública atraiu 5.056 participantes e mostrou que 52,06% morariam no Centro do Rio e bairros do entorno se tivessem oportunidade. Ao todo, 1.994 informaram que viveriam no Centro propriamente dito. A Lapa ficou em segundo lugar (1.340). Sobre o que seria necessário melhorar na região, segurança foi apontada como a maior preocupação: 19,17% das pessoas apontaram o tema como prioridade para investimentos. O transporte público aparece em segundo lugar (13,14%), seguido de saúde e educação (12,79%), acessibilidade (12,63%), esporte e lazer (10,77%), comércio (9,41%), meio ambiente (9,1%), cultura (8,82%) e outros serviços ( 4,19%)..
A segurança também aparece em outro recorte da pesquisa: 51,36% informaram que não se sentem seguros circulando a pé na área. A esmagadora maioria dos entrevistados (77,63%) informou que não utilizaria carro próprio se vivesse no Centro. Um percentual de 29,35% dos participantes disse que usaria bicicleta como meio de transporte preferido. Outros 55,62% informaram que usariam bicicleta se houvesse investimento em ciclovias.