Os secretários municipais de Saúde, Daniel Soranz; de Fazenda, Pedro Paulo; de Desenvolvimento Econômico, Chicão Bulhões; e de Ordem Pública, Brenno Carnevale, participaram, nesta sexta-feira (23/04), da apresentação do 16° Boletim Epidemiológico, no Centro de Operações Rio (COR). O levantamento é elaborado semanalmente pelo Centro de Operações de Emergências – COE Covid-19 Rio da Secretaria Municipal de Saúde, e traz, além das taxas da doença e dados da vacinação, uma análise de risco da cidade.
A cobertura vacinal dos idosos do Rio já alcança a marca dos 90%, faltando ainda dois dias para a conclusão do calendário de vacinação dos idosos contra a Covid-19, neste sábado (24/04). Após este dia, idosos que por algum motivo ainda não tenham se vacinado ou pessoas que completem 60 anos poderão comparecer a qualquer unidade de saúde para serem imunizados. É importante que quem tomou a primeira dose volte no dia marcado no comprovante de vacinação para receber a segunda dose, completando a proteção. Após a vacinação, as notificações de surtos de Covid-19 nas instituições de longa permanência, como os asilos de idosos, zeraram até agora no mês abril.
O secretário Daniel Soranz enfatizou que o Rio está entre as capitais que mais vacinaram idosos.
– Alcançamos uma marca muito importante com a vacinação de idosos no município. Agora é essencial que essa população retorne para tomar a segunda dose. Nós queremos que todos os idosos sejam vacinados, por isso, agentes comunitários e profissionais da Secretaria Municipal da Saúde estão na busca ativa para identificar as pessoas com mais de 60 anos que ainda não se imunizaram contra a Covid-19, por meio do cadastro das famílias atendidas nas unidades Atenção Primária pela Estratégia Saúde da Família. A SMS conta também com o apoio da população e da imprensa na divulgação sobre a importância da imunização – disse.
A cidade chega à última semana do calendário de vacinação dos idosos com outras boas notícias revelada pelo 16º Boletim Epidemiológico da Covid-19: as médias móveis de atendimentos de síndromes gripal e respiratória aguda grave (SRAG) nas unidades de urgência e emergência e de casos confirmados de Covid-19 mantêm a tendência de queda. E a de óbitos começa a apresentar estabilidade. Mesmo assim, o município segue em alerta, mantendo a faixa de risco muito alto e as medidas de proteção à vida, estabelecidas na Resolução Conjunta SES/SMS nº 871, de 12 de janeiro de 2021.
Decreto nº 48.767, publicado no Diário Oficial desta sexta, estipula as medidas restritivas que estarão valendo de 24 de abril a 3 de maio e traz algumas liberações, como a ampliação do horário de funcionamento de algumas atividades. No período do novo decreto, as atividades não-essenciais, como restaurantes, museus, cinema, teatro, clubes esportivos, casas de festas e outros, já poderão funcionar até as 22h. Após este horário, para restaurantes e afins, funcionamento apenas nas modalidades de drive-thu e take away, sem atendimento presencial.
A área de lazer do Aterro do Flamengo estará aberta. Já as atividades essenciais, como supermercados, farmácias, hospitais e outros, podem funcionar sem horários definidos. Os estabelecimentos devem seguir limite de público e demais medidas de proteção à vida para a faixa de risco muito alto, estabelecidas na Resolução Conjunta SES/SMS nº 871, tais como capacidade de lotação máxima de 40% em locais fechados e 60% em locais abertos, garantia do distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas, não permitir formação de aglomerações em filas de espera.
O secretário Pedro Paulo falou sobre a abertura das áreas de lazer e da ampliação dos horários das atividades essenciais.
– É importante que os cariocas usem as áreas de lazer, com responsabilidade, para se exercitarem ao ar livre. Em relação aos bares e restaurantes, as fiscalizações continuarão a pleno vapor, portanto, não serão toleradas aglomerações – explicou.
Segue vetada a permanência nas vias, áreas e praças públicas do município no horário das 23h às 5h. Continuam proibidos, aos sábados, domingos e feriados, a permanência em praias, parques e cachoeiras; além das atividades econômicas na areia das praias, incluindo o comércio ambulante fixo e itinerante. Também seguem suspensos o funcionamento de boates, danceterias, salões de dança e casas de espetáculo; a realização de eventos, tais como shows, festas e rodas de samba, em áreas públicas e particulares; a entrada de ônibus e demais veículos de fretamento no município, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis; a utlização das pistas de rolamento das avenidas Delfim Moreira, Vieira Souto e Atlântica como áreas de lazer.
O decreto publicado no Diário Oficial mantém algumas restrições – Edu Kapps/Prefeitura do Rio
Desde março de 2020, como mostra a nova edição do Boletim Epidemiológico, o município do Rio soma 250.160 casos de Covid-19, com 22.923 óbitos. Somente em 2021 são 56.230 casos e 4.807 mortes. A taxa de letalidade desde o início da pandemia está em 9,2%, e a de mortalidade em 344,1 a cada 100 mil habitantes. A incidência da doença é de 3.755,4/100 mil. Neste ano, as taxas de letalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 8,5% e de 72,2/100 mil.
Na última semana, 25 casos de variantes do vírus foram identificados na cidade, 14 deles de moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas cepas, são 256 casos no município, sendo 197 residentes. São 189 casos da variante brasileira (P.1) e oito da britânica (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 22 faleceram, 15 permanecem internados e 160 já foram considerados curados. Dos não moradores do Rio infectados pelas variantes, 24 vieram de Manaus, quatro de Rondônia e 31 de outros municípios.
Nova etapa da vacinação
Até o momento, 1.333.223 pessoas foram vacinadas com pelo menos a primeira dose das vacinas contra o coronavírus, o que representa 19,8% da população. Somente idosos são 1.101.459. As primeiras pessoas que tomaram a D1 da Oxford/AstraZeneca ainda em janeiro começaram a receber a D2 no dia 19 de abril, conforme prazo indicado pelo fabricante, que é de 12 semanas. No momento, a vacina disponível para D1 na cidade ainda é a Oxford/AstraZeneca. A D2 para quem tomou a CoronaVac está garantida na data indicada no comprovante de vacinação. As pessoas devem retornar para a segunda dose preferencialmente nos mesmos postos onde tomaram a primeira dose e obrigatoriamente no mesmo município.
Na semana que vem começam a ser vacinados novos grupos prioritários, que deverão obedecer o escalonamento de idades definido no novo calendário de vacinação. Assim, a pessoa que integre qualquer um dos grupos deverá comparecer ao posto de vacinação na data destinada a sua faixa etária: na segunda-feira, dia 26, as mulheres desses grupos com 59 anos; na terça, 27, os homens desses grupos com 59; na quarta as mulheres de 58 e na quinta os homens da mesma idade. E assim por diante. Apenas para o grupo de profissionais de saúde as faixas etárias serão diferentes, de 44 anos para baixo, uma idade a cada dia, para ambos os sexos.
Nos novos grupos estão incluídas pessoas com comorbidades (conforme lista do Programa Nacional de Imunizações), como diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, câncer e obesidade grave, entre outros. A lista completa pode ser consultada em coronavirus.rio/comorbidades. No momento da vacinação, essas pessoas devem apresentar as três últimas prescrições ou receitas, atestado ou recomendação médica que comprove a doença. Gestantes com comorbidades devem apresentar laudo com indicação médica e assinar termo de consentimento disponível em coronavirus.rio.
Também estão incluídas no próximo calendário as pessoas com deficiência que cause impedimento de longo prazo, o qual pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. A deficiência pode ser física, auditiva, intelectual, psicossocial (mental), visual, múltipla (associação de duas ou mais deficiências), transtorno do espectro autista (lei 12.764/12). As pessoas que se enquadrem neste grupo devem apresentar laudo médico, cartões de gratuidade no transporte público, receituário ou outro documento que comprove a condição.
Nos grupos de profissionais essenciais contemplados, a pessoa deverá estar obrigatoriamente na ativa e apresentar os três últimos contracheques, comprovando vínculo com a profissão e local de trabalho, ou declaração assinada do estabelecimento em que atuam (a declaração ficará retida na unidade de saúde). Estão neste grupo os trabalhadores da saúde, educação, serviços de limpeza urbana, guardas municipais, motoristas e cobradores de ônibus e transporte escolar. Profissionais de saúde da área assistencial (médicos, enfermeiros, dentistas, etc) devem mostrar a carteira ativa de seu conselho de classe. Policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários serão vacinados em seus locais de trabalho.
Para mais informações sobre o calendário de vacinação, documentos, etc, acessar coronavirus.rio/vacina.
Locais de vacinação
A Secretaria Municipal de Saúde conta com 236 unidades de Atenção Primária (Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde), além postos extras espalhados pela cidade. A lista está em coronavirus.rio/vacina.