A Origem Energia – empresa de integração energética com operações upstream, midstream e geração de energia, que opera concessões na Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Alagoas – foi a oitava participante do Programa Rede de Oportunidades: Óleo, Gás e Naval da Firjan SENAI SESI – Óleo, Gás e Naval, que fomenta a aproximação de fornecedores e demandantes do mercado. O encontro reuniu em torno de 120 representantes de empresas na sede da Firjan, em 21/3, para ouvir e conversar com Gabriel Camargo, gerente de Supply Chain, E&P da operadora, que falou sobre desafios, tendências e oportunidades de fornecimento da Origem.
Gabriel Camargo relatou a evolução da empresa, fundada em 2017 com um campo de exploração no Espírito Santo e que hoje opera uma rede de 300 quilômetros de dutos, uma UPGN (unidade de processamento de gás natural), além de ter acesso direto a um terminal de exportação de óleo. Entre as necessidades atuais da Origem estão serviços de terraplanagem, construção de dutos e intervenção em poços para incremento da produção. A empresa não tem planos de operar offshore.
“Nossos desafios são muitos, porque existe uma crise mundial na cadeia de suprimentos e faltam profissionais qualificados para atuar no onshore. Enfrentamos escassez de material e de pessoal. O mercado brasileiro não tem sondas de perfuração suficientes para nossas necessidades. E não temos fornecedores de mão de obra nos locais onde atuamos para serviços diversos, como inspeção de tubos”, comentou Camargo.
Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, lembrou que, diante do novo ciclo de investimentos no mercado de óleo e gás, as perspectivas de encomendas de bens e serviços para os próximos anos levaram ao lançamento do programa, criado em 2022 a fim de apoiar a indústria do país, em especial a do Rio de Janeiro.
Até agora, o programa identificou, na cadeia produtiva, mais de 2 mil fornecedores, que oferecem mais de 4.500 bens e serviços para a indústria de energia. O mapeamento da Firjan levantou ainda que há R$ 300 bilhões de investimentos previstos para até 2024 nessa cadeia produtiva, com potencial de realização com conteúdo local. Dos encontros anteriores participaram a Nuclep e EBSE, SBM Offshore, Equinor, Estaleiro Jurong Aracruz, Modec e BrasFELS.