Otimismo de empresários melhora em relação ao futuro de seus negócios, segundo pesquisa da Fecomércio RJ

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Saondagem do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), feita entre os dias 1º e 11 de dezembro, com 242 empresários do comércio de bens, serviços e turismo, mostra que o resultado da expectativa futura dos seus negócios não se alterou em relação a novembro. Em dezembro, o percentual de empresários que esperavam que seus negócios melhorassem ou melhorassem muito nos próximos três meses aumentou de 63,4% (novembro) para 66,1%. No entanto, também houve crescimento nos que esperam que a situação piore ou piore muito, que representam 21,1%, contra 20,6% em novembro. Os que têm expectativa de estabilidade diminuíram de 16% para 12,8%.

A situação presente voltou a cair. Em relação aos últimos três meses, 26,9% dos entrevistados disseram que os negócios melhoraram ou melhoraram muito, contra 37,4% do mês anterior.

No setor de serviços, a situação dos negócios nos últimos três meses apresentou uma ligeira queda em relação à pesquisa anterior. 37% dos consultados disseram que a situação melhorou ou melhorou muito em dezembro. Em novembro, eram 39,7%. Para os próximos três meses, 70% esperam que a situação melhore ou melhore muito, enquanto 75,9% esperavam isso no levantamento anterior.

Empregos

Em relação ao quadro de funcionários, 22,3% dos empresários do comércio disseram que esperam aumentar ou aumentar muito nos próximos três meses, enquanto 24,1% esperavam o mesmo na pesquisa de novembro. Nos últimos três meses, 10,4% afirmaram que a situação melhorou ou melhorou muito. Na pesquisa anterior, eram 8,9%.

Já 8,9% dos empresários do setor de serviços afirmaram que o quadro de funcionários nos últimos três meses aumentou ou aumentou muito, o mesmo índice da pesquisa anterior. Para os próximos três meses, 25,6% dos entrevistados disseram que o número de empregados deve aumentar ou aumentar muito. Na sondagem de novembro, esse índice era de 26,8%.

Inadimplência

O índice de empresários do comércio adimplentes nos últimos três meses ficou em 52,9%. Na pesquisa anterior, 61,5% não ficaram inadimplentes. O número de inadimplentes ou muito inadimplentes aumentou de 21,4% em novembro para 25,2% em dezembro. 21,9% disseram ter ficado pouco inadimplentes, contra 17,1% da sondagem anterior.

A inadimplência com fornecedores (36,8%) é o principal motivo relatado pelos empresários do comércio. Bancos comerciais (32,1%), tributos federais (29,2%), luz (23,6%) e aluguel (20,8%) são os outros motivos para a inadimplência.

No setor de serviços, a quantidade de empresas que não ficaram inadimplentes nos últimos três meses aumentou em relação à pesquisa anterior. Em dezembro, esse número foi de 58,8%, contra 54,9% de novembro. As inadimplentes ou muito inadimplentes ficaram em 23,1% apresentando queda em relação ao levantamento de novembro (25,1%). 18% ficaram pouco inadimplentes, segundo a nova sondagem, enquanto em novembro o índice foi de 20%.

Das empresas que tiveram dívidas nos últimos três meses, os cinco principais gastos estão associados a tributos federais (31,6%), fornecedores e bancos comerciais (ambos com 28,9%), aluguel (28,3%) e luz (25,1%). Tiveram mais de um tipo de inadimplência, 56,7%.

Demanda por serviços/bens

Para 58,3% dos empresários do comércio, a demanda pelos serviços/bens para os próximos três meses aumentará ou aumentará muito. Na pesquisa anterior, esse índice estava em 52,9%. O número dos que acham que a demanda se estabilizará apresentou queda: 19,8% em dezembro contra 25,3% em novembro. Já 21,9% declararam que esperam que diminuirá ou diminuirá muito, índice próximo ao do mês passado (21,8%).

A demanda insuficiente é o principal fator que limita os negócios, segundo 42,1% dos empresários do comércio consultados, seguido de 36,8% que disseram ser as restrições financeiras e 13,2% a falta de mão de obra.

Para os empresários do setor de serviços, 15,7% disseram que a demanda diminuirá ou diminuirá muito pelos bens/serviços de suas empresas nos próximos três meses. Em novembro, 11,1% tinham essa impressão. 61,3% afirmaram que aumentará ou aumentará muito, contra 63,9% no mês passado.

Sobre o limitador dos negócios no setor de serviços, 43,8% dos entrevistados disseram que a demanda insuficiente é o principal fator, seguida das restrições financeiras, com 36,4%, falta de mão de obras, com 12%, e falta de espaço e/ou equipamentos, com 8,2%. 19,1% apontaram mais de um motivo que limitam seus negócios.

Sobre a Fecomércio RJ

Reúne 59 sindicatos patronais, líderes empresariais, especialistas e consultores com o objetivo de fomentar o desenvolvimento dos negócios no setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado do Rio de Janeiro. Desenvolve soluções, pesquisas e disponibiliza conteúdo sobre questões que impactam a vida do empreendedor e colaboram nas decisões dos gestores públicos. Representa mais de 330 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e 68% dos estabelecimentos, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais, que equivalem a 60% dos postos de trabalho no estado. Através do Serviço Social do Comércio (Sesc RJ) atua em assistência social, cultura, educação, lazer e saúde aos comerciários e população carente, enquanto o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac RJ) promove educação profissional voltada para o setor.