Macaé – Protocolo para quando aulas retornarem será elaborado por comissão

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O prefeito de Macaé, Dr Aluizio Jr, em reunião realizada em seu gabinete na manhã desta quarta-feira, 12/08, com representantes das secretarias e segmentos nas áreas de saúde e educação, instituiu uma comissão para estudar em conjunto as propostas a fim de elaborar o protocolo oficial para quando as aulas retornarem. Após a conclusão, a proposta será entregue ao Ministério Público. Não há previsão nem definição quanto a volta as aulas, no entanto a comissão tem o objetivo de discutir os riscos e benefícios que envolverão cerca de cem mil pessoas quando ocorrer o retorno. Um novo encontro entre os integrantes da comissão foi marcado para a próxima quinta-feira (20), as 17h, no gabinete. A formação da comissão será publicada no diário oficial. “Temos que observar os exemplos dos outros países e estados e formar uma comissão com quatro pilares: não ser nocivo, riscos/benefícios, quando/como e consenso de todos. As decisões precisam ser muito bem pensadas”, destacou Dr Aluizio.

Além do prefeito, participaram da reunião o presidente da Comissão de Educação na Câmara de Vereadores, Guto Garcia; o presidente do Conselho Municipal de Educação, Bruno Py; representante das diretoras das escolas municipais, Geisa Morgado; a diretora do Sindicato das Escolas Particulares de Macaé e da Casinha Feliz CEMAC, Mariza Curvelo; representante das creches particulares, Denise Mendes; representante de pais de alunos da rede pública, Tiago Umbelino; as profissionais da Secretaria Municipal de Saúde Angela Márcia, Rachel Aguiar, Michele Thomaz, Ana Carolina Goudard, Larissa Mantuano e Daniela Bastos. Da Secretaria Municipal de Educação estiveram presentes a secretária Leila Clemente; a Superintendente de Acompanhamento Orçamentário, Bianca Kersbaumer; a Superintende da Educação Infantil, Mariana Duarte e a procuradora Beatriz Cooper.

A Secretária de Educação, Leila Clemente, apresentou um plano de ações executados desde o início da pandemia com a criação do ensino através das plataformas digitais, compra de equipamentos e materiais de higiene para as escolas e implantação do Bolsa Alimentação. A Superintendente de Acompanhamento Orçamentário da Secretaria de Educação, Bianca Kersbaumer, informou que a equipe de superintendentes construiu uma proposta de protocolo de continuidade do ano letivo com sugestões a serem analisadas pela Secretaria de Saúde. A representante das creches particulares, Denise Mendes, também apresentou um protocolo específico para reabertura das creches particulares para avaliação da Secretaria de Saúde.

Para o presidente da Comissão de Educação na Câmara de Vereadores, Guto Garcia, é importante discutir e ouvir todos os profissionais e pais de alunos das redes pública e particular de ensino, considerando as inseguranças e aceitabilidades, lembrando que existem públicos diferenciados como os jovens que irão fazer a prova do Enem em janeiro e os alunos da modalidade de educação especial. “Essas exceções devem ser avaliadas de forma diferenciada.”

A diretora do Sindicato das Escolas Particulares, Mariza Curvelo, disse que 60% dos pais da rede particular não querem voltar sem a vacina contra a Covid-19. A Superintende da Educação Infantil das escolas da rede pública, Mariana Duarte, lembrou que as interações e brincadeiras vão acontecer naturalmente entre as crianças até 5 anos sendo impossível manter o distanciamento. A representante das creches particulares, Denise Mendes, destacou a necessidade das mães deixarem seus filhos nas creches para retornar ao mercado de trabalho e defendeu um retorno gradual por segmento. Para a secretária de Educação. Leila Clemente, é preciso cautela, mas também um olhar atento para os novos desafios que incluem a adoção de um modelo de ensino híbrido, e a adaptação aos protocolos de saúde.

Com a retomada das aulas – ainda sem data definida -, escolas e famílias terão novos desafios por causa do novo coronavírus. Professores e pais terão papéis determinantes no processo de aprendizagem dos alunos e na transição para essa nova fase após a pandemia. Cada instituição precisará estar preparada para acolher as crianças e adolescentes que permaneceram em isolamento social por meses. Turmas reduzidas, carteiras mais afastada, janelas abertas, ambientes bem higienizados, todos de máscaras (alunos, professores e funcionários) e nada de aglomerações, nem mesmo no intervalo. Esse é o cenário esperado nas escolas com o pós-pandemia, independente da data do retorno.