O governador Cláudio Castro lançou nesta quinta-feira (04/11), no Palácio Guanabara, o programa RJ para Todos, da Secretaria de Estado de Governo, que vai contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Estado. A iniciativa dará assistência à população mais vulnerável e em situação de rua, promovendo acesso aos direitos como documentação básica, reinserção familiar, inclusão ao mercado de trabalho e acolhimento social.
Inicialmente, o programa terá núcleos volantes de atendimentos em 12 municípios que apresentam menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das regiões Metropolitana, Serrana, Norte e Baixada Fluminense.
– Eu só acredito em um Estado que dê oportunidade para todos. O nosso povo não quer viver de auxílio e de esmola. Ele quer produzir, trabalhar, ter o seu emprego e dar oportunidade de uma vida digna para sua família. Esse programa, que reúne o esforço de muitas secretarias, chega para abrir oportunidades – destacou Cláudio Castro.
O RJ para Todos funcionará todos os dias da semana com assistentes sociais, que farão o acolhimento às pessoas em situação de rua, e com educadores sociais, que realizarão semanalmente mutirões de serviços para atender as demandas da população mais necessitada.
O secretário de Estado de Governo, Rodrigo Bacellar, reforçou a importância do programa.
– A intenção do governo é estar presente na vida dessas pessoas que tanto precisam da nossa ajuda. É muito importante essa integração pública com a população. Queremos levar novas possibilidades de reinserção familiar, empregabilidade e promoção cidadã – explicou o secretário de Estado de Governo, Rodrigo Bacellar.
Um dos exemplos de inserção é o de Raquel Pinheiro da Costa (foto abaixo), de 26 anos. Mãe de três filhas e moradora da Cidade de Deus, ela vendia balas em sinais de trânsito, foi descoberta ao levar uma placa pedindo emprego e foi selecionada para trabalhar como um dos 300 agentes do RJ para Todos.
– É só gratidão, o governo do Estado foi um anjo na vida, eu não esperava. Agora, com esse emprego de orientadora, posso pagar o meu aluguel, levar comida para casa. Quero ser um exemplo de esperança para outras pessoas. Tenho perspectiva de uma vida melhor e já sonho em me tornar assistente social – contou.
Atividades do RJ para Todos
– Acolhimento social: assistentes sociais realizam abordagem a pessoas em situação de rua e, por meio de uma escuta minuciosa, entendem as necessidades da pessoa e fazem o devido encaminhamento, seja para abrigos, comunidades terapêuticas ou auxiliam na reinserção familiar.
– Caravana de serviços: ações realizadas especificamente em lugares com baixo índice de desenvolvimento humano, que promovem serviços essenciais como emissão de documentos, balcão de empregos e de direitos do consumidor, tratamentos voltados à saúde e ao bem-estar da população.
– Passeio do Bem: voltado para o público infantil, o projeto promove roteiros turísticos e culturais para crianças que moram em comunidades ou fazem parte de projetos sociais. Os participantes são guiados por educadores sociais que apresentam para as crianças as histórias de pontos importantes da cidade.
– De Volta à Terra Natal: neste projeto, os agentes abordam pessoas migrantes que estão em situação de rua, oferecendo acolhimento e auxílio para retornar para cidade natal.
União de esforços
As atividades oferecidas pelo programa atuarão em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Fundação Leão XVIII, Secretaria de Estado de Direitos do Consumidor, Procon, Secretaria de Estado de Trabalho e Renda, Detran, Rio Solidário, Universidade Estácio de Sá, Batalha dos Barbeiros Brasil e Cruz Vermelha Internacional.
Outro parceiro do RJ para Todos é a Fundação Ceperj, que, além de capacitar todos os profissionais que atuarão nas ruas com foco na abordagem social, irá desenvolver estudos e pesquisas, trimestrais, para orientar a gestão de novas políticas públicas destinadas aos atendidos pelo programa.
O RJ para Todos absorveu o programa Marcha pela Cidadania e Ordem, que existe desde agosto de 2019 e já realizou mais de 31 mil abordagens e três mil atendimentos sociais. As atividades desenvolvidas pela Marcha continuarão acontecendo dentro do novo programa.