A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan CIRJ) promoveu nesta quarta-feira (25/9) um encontro com os principais agentes do mercado de gás natural, que se reuniram para celebrar os avanços do mercado e pontuar os desafios, em paralelo à realização no Rio de Janeiro da ROG.e, principal feira de energias da América Latina. O vice e presidente eleito da Firjan, Luiz Césio Caetano, destacou que o mercado de gás passa por momento crucial, exigindo mais coordenação e articulação entre todos os atores que atuam neste mercado.
“O propósito da Firjan e do CIRJ é estar à disposição das empresas e agentes do mercado, apoiando iniciativas que tragam inovação e competitividade ao setor. Em um cenário de tantas transformações, é essencial trocar ideias, compartilhar conhecimento e, sobretudo, construir pontes que nos ajudem a enfrentar os grandes desafios, propondo soluções, oferecendo suporte e promovendo o diálogo necessário para o fortalecimento desse ambiente de negócios”, disse Luiz Césio Caetano.
Já a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, foi taxativa ao afirmar que “vai ter gás”, em referência ao trabalho executado pela empresa para trazer mais gás offshore para a costa brasileira. Ela disse que a Petrobras avalia a possibilidade de fazer mudanças em algumas das plataformas, que estão em construção, para que essas unidades possam ter a capacidade de exportação de gás.
“Estamos trabalhando para trazer mais gás para a costa. Quando cheguei à Petrobras, me deparei com algumas obras, plataformas de grande porte, que não tinham a possibilidade de exportar gás para a costa. Elas foram projetadas dessa forma por uma questão de economicidade, sem viabilidade de exportação. Assim, a reinjeção do gás nelas é obrigatória. No entanto, estamos trabalhando para reverter essa situação. Estamos buscando mais gás no pós-sal, no pré-sal, e o esforço tem sido grande. Mas a minha mensagem principal é a seguinte: vocês podem acreditar, vai ter mais gás”, declarou.
O senador Laércio Oliveira destacou a atuação da Firjan em defesa da produção e exploração do gás natural e, principalmente, evitando o excesso de reinjeção. “Precisamos estimular os produtores a trazerem o gás para costa, assim como os consumidores a usarem o produto para manter o melhor equilíbrio do mercado”, afirmou o senador, que também defendeu o uso do gás na produção de fertilizantes.
O lançamento do livro “Mercado de Gás Natural no Brasil” foi motivo da celebração. Organizado pela advogada Daniela Santos e pela diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Symone Araújo, a publicação conta com 36 artigos sobre temas como oferta, competição e preço no mercado de gás natural no país e suas perspectivas futuras. A gerência de Petróleo, Gás, Energias e Naval da federação contribui com três artigos para a obra. O encontro também contou com a presença do diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, e vice-presidente da Firjan CIRJ, Raul Sanson, entre outras personalidades do mercado.
