Em agosto de 2023 a indústria nacional manteve o baixo dinamismo ao variar +0,4% em comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Entre os segmentos, houve disseminação positiva: 18 dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram crescimento. Apesar da variação positiva, a produção industrial continua operando abaixo dos níveis pré-pandêmicos. Nos primeiros oito meses deste ano, o setor acumulou uma queda de 0,3%.
O quadro desfavorável é resultado de diversas distorções decorrentes do atual cenário econômico. Primeiramente, destacam-se as altas taxas de juros, que continuam a limitar o acesso ao financiamento no setor. Embora o ciclo de redução de juros tenha sido iniciado, a taxa Selic mantém-se em um patamar elevado, e seus efeitos defasados continuam a afetar negativamente a indústria. Em segundo lugar, o setor enfrenta um fardo considerável devido à elevada carga tributária que lhe é imposta, criando distorções e reduzindo a competitividade.
Neste contexto, a Firjan destaca a urgência do avanço célere da reforma tributária. Ademais, dada a importância da redução dos riscos para a condução da política monetária, a Firjan enfatiza a necessidade de dissipar as incertezas em torno da factibilidade do cumprimento das regras fiscais. Estas ações contribuirão para aumentar a confiança dos empresários industriais, impulsionar o crescimento, e consequentemente, fomentar a criação de empregos e o aumento da renda de maneira sólida e consistente.