A disseminação do coronavírus no estado do Rio impactou significamente o setor de turismo tanto na capital como no interior. Com serviços parados, novas formas de impulsionar o setor no período pós pandemia precisaram ser pensadas para garantir a recuperação gradual do setor. Neste cenário, a Secretaria de Turismo (Setur) desenvolveu ações para garantir a sobrevivência do mercado de serviços turísticos, tão importante para o Rio de Janeiro. Somente no estado fluminense, considerando o volume de estrangeiros que passaram pelo Estado nos últimos anos no mês de julho, a perda calculada gira em torno de 65 milhões de dólares.
Inicialmente, a pasta estadual atuou de forma a estimular os viajantes a remarcarem suas viagens por meio de publicidade. Três vídeos mostravam os atrativos da cidade e interior fluminense lembrando que em vez de cancelar viagens era possível manter as reservas e usá-las mais para frente. A interlocução com o trade turístico foi constante no início da pandemia e durante o processo de isolamento social, medida necessária para conter a Covid-19 no estado fluminense. A secretaria buscou entender as demandas do setor com o objetivo de reduzir danos.
Em maio, no Dia Internacional dos Museus, a Setur lançou um “Tour Online em Museus”. A iniciativa digital buscou estimular os visitantes a passear de forma virtual pelos principais espaços de conservação da memória e do patrimônio histórico, sediados no estado do Rio de Janeiro. Acesse o e-book: https://bit.ly/2ycoG3p
Em junho, o Governo do Estado criou o selo Turismo Consciente, que já bateu a marca de 2,7 mil cadastrados. Elaborado pela Secretaria de Turismo em parceria com a Secretaria de Saúde, o selo atesta que as empresas do setor adotam as recomendações sanitárias do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com cadastro no site www.turismoconscienterj.com.br, os prestadores de serviço acessam um manual “10 Mandamentos para o Turismo Consciente”. Entre os critérios para obter o selo estão a obrigatoriedade do distanciamento social de no mínimo 1 metro; uso de equipamentos de proteção individual; cumprimento de regras de higiene pessoal, tanto por parte dos profissionais quantos pelos clientes; e limpeza e higienização de ambientes. A capacitação dos profissionais das empresas para que possam seguir os protocolos sanitários vigentes e a vigilância na saúde dos funcionários, através de testagens periódicas, são outros itens fundamentais a serem cumpridos.
Na rebarba do selo Turismo Consciente veio outra novidade importante para guiar o funcionamento dos estabelecimentos turísticos na tão esperada abertura gradual, que só está sendo possível com a redução significativa das internações de pacientes de Covid-19. Um serviço de monitoramento das cidades, com informes do que “abre” ou “fecha”, além das barreiras sanitárias, nas 12 regiões turísticas, que compõem o território fluminense.
As iniciativas com foco na retomada econômica foram além. Com o objetivo de auxiliar as empresas que atuam em atividades econômicas relacionadas ao turismo, durante a retomada do setor, a Swetur, em parceria com a AgeRio, por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) abriu nova rodada de crédito. O Fundo, vinculado ao Ministério do Turismo, recebeu aporte de R$ 5 bilhões através da Medida Provisória 963.
– Sabemos das dificuldades enfrentadas por todos os profissionais e empresários do turismo, um dos setores mais atingidos pela pandemia. Entre os objetivos da liberação do crédito do Fungetur estão a melhoria da infraestrutura turística, capital de giro, a geração de renda e o aumento da oferta de empregos diretos e indiretos, visando o desenvolvimento turístico e a redução dos impactos causados pela Covid-19. Tenho certeza de que este pode ser o pontapé inicial da retomada desses empresários – destacou a secretária de Turismo, Adriana Homem de Carvalho.
O Fungetur separou três categorias entre as possibilidades de financiamento: Aquisição de Bens (compra de máquinas e equipamentos diversos) ao qual as empresas poderão solicitar até R$ 10 milhões; Capital Fixo (obras civis para implantação, ampliação, modernização e reforma) até R$ 10 milhões e Capital de Giro (recursos de capital de giro para o dia-a-dia) até R$ 30 milhões.
Os recursos podem ser pleiteados por pessoas jurídicas e empresários individuais prestadores de serviços turísticos, elencados no art. 21 da Lei 11.771/2008, desde que façam parte do Cadastur. Caso o profissional ou a empresa não estejam cadastrados, basta acessar o site https://cadastur.turismo.gov.br/ e realizar o registro. O crédito poderá ser solicitado no site da Agência Estadual de Fomento – AgeRIO, através do link www.agerio.com.br/fungetur. Em seguida, o agente financeiro vai realizar a análise de risco e aprovação do volume de recurso pleiteado.