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Terreiro da Gomeia será preservado e tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural de Duque de Caxias

A união de forças e o diálogo aberto proporcionaram a manutenção de um capítulo da história do estado e do país com a preservação do Terreiro da Gomeia. A informação é do site do Governo do Estado do Rio (http://www.rj.gov.br/NoticiaDetalhe.aspx?id_noticia=7202).

Localizado em Duque de Caxias, o local, considerado sagrado para o candomblé, será preservado após comunicação do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), ao executivo municipal. A manutenção do espaço foi tema de conversa entre a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro e representantes do Terreiro da Gomeia.

A decisão atende às reivindicações de movimentos religiosos e populares e respeita o Processo de Tombamento realizado pelo Inepac, instituto ligado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio (Sececrj). Inicialmente, o governo municipal anunciou a construção de uma creche para o local mas, agora, transferiu para outro área da cidade.

O tombamento do espaço está em estado avançado, com sua pesquisa histórica concluída e aguardando a análise arquitetônica, que não foi iniciada devido ao isolamento social pela pandemia da Covid-19.

– O Inepac celebra junto a todos os seguidores e herdeiros de Joãozinho da Gomeia a percepção da Prefeitura de Caxias de que o local do Terreiro da Gomeia é muito mais do que um terreno ou uma área geográfica. Desde de maio de 2019, o Inepac estabeleceu que o engrandecimento do Patrimônio Imaterial seria uma meta de gestão. Ressaltamos o trabalho da secretária Danielle Barros por incentivar e apoiar a todas as iniciativas que empreendemos no sentido de valorizar as culturas populares e as formas mais autenticas de nossa cultura – disse o diretor-geral do Inepac, Claudio Prado de Mello.

Em seu site oficial, a Prefeitura de Duque de Caxias anunciou que “irá cuidar e fazer a manutenção do terreno, com o objetivo de respeitar as vivências e as experiências religiosas de toda a população, em especial dos praticantes das religiões de matriz africana da cidade”.

O Terreiro da Gomeia é um dos marcos para o reconhecimento das religiões de base africana no país, tendo sido um espaço com trajetória singular funcionado de 1951 até 1971, quando Joãozinho da Gomeia morreu. O local contribui muito para a memória cultural e valoriza o patrimônio de importantes grupos que formam a sociedade brasileira.

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