A Tartaglia Arte apresenta a exposição “Lageando II”, coletiva com artistas plásticos de diversos estilos, que passaram pela Escola de Artes de Artes Visuais do Parque Lage em algum momento de suas trajetórias, organizada pelo Prof. José Luiz Carlomagno e com curadoria de Riccardo Tartaglia e Regina Nobrez.
A mostra, que dá continuidade ao sucesso de sua antecessora, ‘Lageando’, acontece no showroom da Tartaglia Arte, na Galeria 221 do Shopping Cassino Atlântico, com a participação de Almir Reis, Beatriz Basso, Cleide Magalhães, Gustavo Cruz, Hugo Ferreira, José Luiz Carlomagno, Lucia De Bom, Melinda Garcia, Ricardo Raposo, Telma Levy, Vera Lucia Arbex e Zulma Werneck.
“Lageando II” vem confirmar a importância cultural e histórica da EAV do Parque Lage. Todos aqueles que por ali “lagearam”, representam estilos e movimentos que sempre revolucionaram as concepções estéticas de suas épocas. Foi justamente essa visão de união e criatividade que unem esses artistas que fez a Tartaglia Arte reuní-los em uma exposição, para resgatar e renovar o orgulho por esse marco da cultura e da história, não só carioca, mas nacional e internacional.
‘Renné Magritte pontuou: “Nós não somos uma maçã; nós somos a impressão digital da nossa amizade”. Portanto seguimos com a 2ª edição do projeto Lageando, desejando a todos muito sucesso’ (Prof. José Luiz Carlomagno)
Sobre a EAV do Parque Lage
Desde sua fundação, a EAV desenvolve programas de ensino em arte voltados para a formação de artistas, curadores, pesquisadores e interessados em estabelecer ou aprofundar o contato com a arte. Fundada por Rubens Gerchman em 1975, a EAV passou a ocupar a mansão em estilo eclético, tombada pelo IPHAN como patrimônio histórico e paisagístico, substituindo o Instituto de Belas Artes. Projetada pelo arquiteto Mario Vodret em 1920, a residência do armador brasileiro Henrique Lage e sua esposa, a cantora lírica italiana Gabriela Besanzoni, foi tomada pela efervescência cultural gerada pelo modelo de escola aberta – um espaço para novas concepções estéticas – implementado por Gerchman.
Sobre os artistas
Almir Reis
Fotógrafo e pintor, brasileiro de São Paulo, atualmente divide o tempo entre o Rio de Janeiro e Lisboa. Inquieto e criativo, adora testar novas experiências em montagens, colagens, cores e reproduções, desenvolvendo a imagem, atingindo um resultado sensível e de identidade autoral. Iniciou o trabalho fotográfico em 2000, e hoje tem em seu currículo, exposições em diversas partes do mundo, como Munique, Paris, Tóquio, Buenos Aires, Washington, Paquistão, São Paulo e Rio de Janeiro. Agora, com a série “Mergulhos”, Almir Reis explora imagens e ângulos, adicionando recursos tecnológicos, provocando resultados inusitados e instigantes – inventando e reinventando. Em breve, estará no Pal´cio Panphili, Embaixada Brasileira em Roma.
Beatriz Basso
As obras de Beatriz Basso, artista abstrata, são caracterizadas por gestos, cores e texturas, em diversas técnicas pictóricas, através das quais explora e transmite a emoção colocada dentro de cada pincelada. Sua arte mostra, na força e na leveza da mulher, uma força da natureza, surpreendendo as sensações do novo, do desconhecido e do imaginário.
Beatriz Basso é carioca, filha de pais italiano e teve sua inicialização artística com a mãe, Carla Basso, desenhista e pintora. Formada em Administração de Empresas e Analista de Informática, começou sua formaçao artística profissional primeiramente no Brasil, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, tendo aulas com o artista Orlando Mollica e no Studio49 RJ, orientada pelo artista Edgar Fonseca, onde descobriu novos aspectos da pintura. Mudou-se para a terra natal de seus pais, na cidade de Turim, Itália, para aprofundar-se e dedicar-se integralmente à arte. Formada pela Accademia Albertina di Belle Arti di Torino em 2018, desenvolveu seu trabalho, inicialmente, sob a influência do expressionismo abstrato e do Color Field dos anos cinquenta-sessenta, para finalmente seguir a sua sensível materialidade gestual. Beatriz Basso é uma artista abstrata gestual, que faz pinturas usando múltiplios suportes.
Suas séries de pinturas trazem sempre uma reflexão em defesa do meio ambiente, herança das praias sem fim, matas densas e imensas, águas transparentes e cachoeiras poderosas, vivenciadas na infância de forma cativante, com uma identidade visual cheia de cores, que se conectam aos aspectos da vida contemporânea através de contrastes e conceitos que nutrem seu trabalho.
Desde 2013, Beatriz tem trabalhos em exposições, instalações e performances. Algumas obras estão em coleções particulares de Turim, Savona e Rio de Janeiro.
Cleide Magalhães
Natural do Rio de Janeiro, neta do falecido poeta e maestro, Teófilo de Magalhães, Cleide é professora de formação, estudou desenho e perspectiva em São Paulo, com Yara Di Marchi. Na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, seus professores foram Rubens Guershman e Armando Viana. Cursou Restauração de Quadros na Universidade Santa Úrsula. Inúmeras são as exposições e salões de arte, bem como galerias e acervos. Professora de pintura na Galeria Marly Faro, no Bureau do Artista (Shopping Downtown, Barra, RJ), membro do júri e oradora do XX Artes de Rezende. Também foi corrdenadora e patrocinadora do Primeiro Workshop da Maturidade. Expôs em Portugal, Singapura e Lausanne.
Entre 2017/18, cursou Aprimoramento da Arte no Parque Lage, com o Prof. Luiz Ernesto.
Gustavo Soares da Cruz
Arquiteto e urbanista, artista plástico e gráfico, desenhista gráfico diagramador. Iniciou em óleo sobre tela em 1975, e sempre procurou pintar grandes espaços, desertos, vastos horizontes, enfim, grandes ‘vazios’. Em 1991, conheceu o Santo Daime, passando a pintar toda a natureza em harmonia com o Cósmico Divino, com mudança da técnica para mista sobre eucatex, multiplicando os recursos e tornando suas obras parecidas com ilustrações.
Tanto na arquitetura quanto na arte, procura sempre que possível, o minimalismo futurista, aliado à muita luz, unindo peças de arte e plantas, de modo a provocar um estado de bem estar.
Hugo Ferreira
Entre a pintura e a escultura, entre a poética abstrata e a africana, o artista se permite decisões onde a criação exige ação, sem definir o que é certo ou errado, o que parece ser, impulsionado por força interior. É imperativa a força criativa que sente. Com vários Salões Oficiais de Arte, o baiano Hugo Ferreira estou na EAV com Aluízio Carvão, Beatriz Milhazes, Daniel Senise, João Magalhães, Yole de Freitas, Fayga Ostower, entre outros. Recebeu 3 prêmios internacionais, e em seu currículo, constam exposições individuais e coletivas, além de obras publicadas no livro Transcendental da UFF/RJ.
José Luiz Carlomagno
Professor de Desenho e Plástica, com formação pela Escola de Belas Artes – UFRJ; Professor de Pedagogia do Ensino Educacional de Desenho e Artes Plásticas, pela Faculdade de Educação – UFRJ; Membro da Academia Brasileira de Belas Artes, desde 1999. Em 2014, iniciou novos estudos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em seu currículo constam premiações, exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Recentemente foi convidado a participar da edição Arte Contemporânea do Brasil, da Fundação Luciano Benetton, coligado à IMAGO MUNDI, Itália. Hoje, além da pintura, dedica-se ao ensino e formação de novos artistas em seu atelier em Copacabana, além de ter sido convidado pelo jornalista Mauro Franco, para ser curador da exposição “Eternamente Copacabana”, comemorativa dos 121 anos do bairro de Copacabana, no Forte de Copacabana.
Lucia De Bom
Artista plástica autodidata, nascida no Rio de Janeiro. Nos anos 80, cursou Atelier Livre e Crítica de Atelier, no Parque Lage, com o Prof. Luiz Nelson Ganem. Em 1981, realizou sua primeira individual na extinta Galeria de Arte 2D, em Ipanema, RJ. Em sua trajetória passeou por temas diversos, mas foi o nu feminino que alavancou sua carreira, com obras expostas em Galerias de Arte do Brasil e do exterior.
Com o passar do tempo, sentiu necessidade em integrar o movimento de Arte Contemporânea, sair de sua zona de conforto. Voltou ao Parque Lage e, sob a orientação do Prof. Luiz Ernesto de Moraes, chegaram os resultados, vibrantes, unindo a pintura com colagem de materiais diversos, de forma harmoniosa, criando formas e movimentos que se integram, tornando único seu universo.
Em seu currículo, constam exposições coletivas, individuais, premiações em mostras e salões de arte.
Melinda Garcia
Artista plástica, escultora e escritora brasileira. Suas contribuições artísticas mais relevantes podem ser apreciadas publicamente no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. As formas angulares e posteriormente, as séries temáticas, são marcas de sua percepção, com forte influência da arte conceitual, trazendo também abstrações que dialogam com a estética e função holística do objeto artístico. No período de transição da arte brasileira que corresponde a produção neoconcretista do início dos anos 60, teve grande influência em sua produção e fez com que, mais tarde, passasse a valorizar a harmonia das formas rítmicas, com movimento, os vazios e linhas curvas características de sua produção. Um de seus trabalhos mais conhecidos é ‘Velocidade, Alma e Emoção’, um monumento em homenagem a Ayrton Senna, no interior do Parque do Ibirapuera, SP. Também possui esculturas em vários prédios residenciais e comerciais (um museu a céu aberto no RJ), e em coleções particulares. Em 2017, ganhou o prêmio na categoria Escultura, concedido pela XI Bienal de Arte Contemporânea de Florença (Florence Biennale). O convite surgiu logo após o sucesso da exposição ‘Holomovimento – Fragmentos do Todo’, realizada um ano antes no Cassino Atlântico, em parceria com o fotógrafo Bruno Barreto (Nuno). Recentemente expôs pinturas e esculturas na exposição ‘Imortal: Alma, Arte e Futuro’, no Centro Cultural Correios RJ e apresentou seu livro ‘Holomovimento: Espelho D’Alma’.
Ricardo Luiz Raposo
Consultor, arquiteto e urbanista, escultor, já realizou obras de grande porte e exposições coletivas e individuais, no Brasil e em cidades do exterior, como Miami, New York, Bruxelas, Vila Verde, Paris, Xangai, além de várias residências de estudo a museus da Europa e Estados Unidos. Em 2006, recebeu a comeda de imortal da Academia Brasileira de Belas Artes.
Telma Levy
Carioca, engenheira, sempre se encantou pelas artes, principalmente a escultura. Em certo momento, iniciou o caminho, criando sua arte baseada em suas paixões, onde suas inspirações estão quase sempre relacionadas ao feminino, mãos e pés, o amor por sua cidade, com uma pitada de surrealismo. Gosta do estilo que mistura arte e design em seus utilitários, pois acredita que a arte pode ser usada e não apenas admirada. Já participou de muitas exposições, nacionais e internacionais, com diversas peças premiadas. Desde 2019 ocupa uma cadeira na Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras.
Vera Lúcia Arbex
Artista plástica, restauradora e professora. Cursou Desenho a Mão Livre e Pintura, na Escola de Belas Artes da UFRJ, além de Desenho Geométrico e Plástica.Também possui Licenciatura Plena deste último pela Faculdade de Educação da UFRJ.
Em seu currículo, constam exposições e várias premiações no Brasil.
Zulma Werneck
Nascida no Rio de Janeiro, formou-se em Ciências Sociais pelo IFCS/UFRJ, com pós-graduação pelo IUPERJ. Frequentou o Atelier Livre de Desenho de Modelo Vivo, no Parque Lage, com a Profª Astréia El Jack, em 1985. Começou a expor suas esculturas nas melhores galerias e lojas de decoração do Rio, tendo recebido inúmeros prêmios em salões, individuais e coletivas. Em 2009, passou a frequentar o atelier de José Luiz Carlomagno, ampliando suas atividades para pintura à óleo.
Em 2010, ingressou na Academia Brasileira de Belas Artes, ocupando a cadeira 29, do Patrono Felix Emilio Taunay. Faz parte do livro ‘Formas e Riscados’, com curadoria de Marly Faro, que homenageia artistas relevantes que residem e trabalham no Rio de Janeiro.
Na EAV do Parque Lage, cursou ‘Questões Fundamentais da Pintura Contemporânea’, com o Prof. Luiz Ernesto, e ‘Olhares sobre o Contemporâneo’, com a curadora Luisa Duarte (2015). Em 2020, fez ‘Construção, Conceito e Narrativa na Figura Pintada’, com Chico Cunha, e ‘Arte e Psicanálise – Reflexões sobre o Real e a Imagem’, com Paula Legey e André Abu-Mehry. Em dezembro de 2021, passou a figurar no livro ’73 Anos da Academia Brasileira de Letras, às páginas 164/165.
SOBRE A TARTAGLIA ARTE
A Tartaglia Arte foi fundada em 1950 como um estúdio de pintura pelo artista Piero Tartaglia, então conhecido como Piery. Após alguns anos, criou um ponto de referência e encontro cultural com outros artistas e jovens talentos onde, sob a orientação do Mestre, desenvolveram seu estilo pessoal. A paixão avassaladora de Tartaglia pela expressão pictórica com explosões de cor pura e contrastes violentos que tornam a tela viva, deu vida à Escola do Disgregacionismo. Posteriormente fundou as Galerias, para exposição permanente de seus trabalhos e os de seus alunos, e que hoje são dirigidas pelo filho Riccardo.
O amor pela arte e uma visão cultural ampla são as peculiaridades deste grande artista, e representam sua herança moral e espiritual. Herança que continua sendo representada por Riccardo Tartaglia, que trabalha com a mesma seriedade e tenacidade na propagação da arte, através de exposições e eventos internacionais. Mas tudo com a assinatura de Riccardo Tartaglia e Regina Nobrez (Membro da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro e Embaixatriz Cultural com Honoris Causa, pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina – Honra da Arte de Florianópolis), o que confere um atestado de credibilidade e sensibilidade criativa.
Site: tartagliaarte.org
SERVIÇO
Exposição: “Lageando II”
Artistas: Almir Reis, Beatriz Basso, Cleide Magalhães, Gustavo Cruz, Hugo Ferreira, José Luiz Carlomagno, Lucia De Bom, Melinda Garcia, Ricardo Raposo, Telma Levy, Vera Lucia Arbex e Zulma Werneck
Organização: Porf. José Luiz Carlomagno
Curadoria: Riccardo Tartaglia e Regina Nobrez
Instagram: @riccardotartaglia e @reginanobreztartaglia
Galeria 221 de Melinda Garcia
Local: Av. Atlântica, 4240 – Shopping Cassino Atlântico – Copacabana, Rio de Janeiro
Inauguração: 14 de abril, das 17h às 21h
Visitação: 16 e abril a 10 de maio de 2022
De terça a sábado, das 15h às 19h ou por marcação
Dias e Horários de visitação: terça a sábado, das 15h às 19h
Site: www.tartagliaarte.org
Censura livre
Entrada gratuita
Acessibilidade