A Escola de Samba Lins Imperial ganhou sua primeira torcida organizada. Intitulada de Paixão Imperial, um grupo de torcedores flamenguistas cujo Mussum, enredo da agremiação para o próximo carnaval, é mascote, procurou a escola com o intuito de unir forças, o resultado foi a fundação da primeira torcida da verde e rosa. Diferente da torcida de futebol, a torcida da escola de samba está acima de qualquer rivalidade e o único objetivo é engrandecer os eventos e fazer do desfile, uma grande festa nas arquibancadas.
Presente principalmente nos ensaios técnicos da agremiação e desfiles, as torcidas realizam um trabalho fundamental para a eclosão e o embelezamento do espetáculo. Integrantes dos movimentos organizados, vão para a Marquês de Sapucaí um dia antes do ensaio para dar início nos árduos trabalhos de ornamentação da festa. No dia da grande festa, chegam logo pela manhã para encher bolas, pendurar bandeiras, esticar faixas, com apenas um propósito: exaltar a sua escola amada. Não medem esforços e não ganham nenhum dinheiro, o pagamento é a emoção ver de sua escola pisar na Sapucaí com uma festa linda nas arquibancadas.
– As pessoas inicialmente tem medo da ideia das torcidas no samba pelo exemplo do futebol, mas o samba tem um aspecto muito fundamental que é a confraternização. As torcidas se ajudam, apoiam e festejam juntas, acima de qualquer rivalidade – avisa Guga, um dos fundadores.
No samba, as organizadas promovem festa e convidam as outras co-irmãs para seus eventos. A Lins Imperial assim que possível, devido a pandemia, quer fazer uma grande festa de confraternização.
– Distribuiremos bandeirinhas, levaremos o público presente na Sapucaí interagir com a Lins Imperial incrementando o desfile. Também queremos ser um incentivo a quem está desfilando e à comunidade. Faixas, bandeiras e balões também estão programados. Além da Sapucaí, estaremos na quadra da escola e em todas as apresentações externas, quando convidados – explica Pinguim, fundador.
Paixão Lins Imperial é apadrinhada pela torcida Raiz Mangueirense e chega para somar e engrandecer o carnaval ao lado de outras torcidas que fazem belos trabalhos em prol da escola do coração, como: Guerreiros da Águia, que foi a pioneira em 2003, Nação Leopoldinense, Garras do Tigre, Independentes Mocidade, Cobras da Caprichosos, Nação Verde e Rosa, Devotos da Coroa – Religiosamente Império Serrano, Leões da Estácio, Amigos da Águia, Portelamor, La Pandilla Clementiana, Família Tijucana, DNA Tijucano e outras.