Rio de Janeiro – Prefeitura divulga 18º Boletim Epidemiológico e estabelece novas medidas de proteção à vida

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O prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, divulgaram nesta sexta-feira (07/05) o 18º Boletim Epidemiológico, no Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova. E três das 33 regiões administrativas da cidade passaram de risco muito alto para alto. Com isso, foi publicado no Diário Oficial do Município o decreto nº 48.845, com as novas medidas de proteção à vida, com validade até o dia 20 de maio.

Com os números de casos, óbitos e atendimentos de síndromes gripal e respiratória aguda grave (SRAG) em uma tendência de queda no Rio, a Prefeitura decidiu dar um passo na reabertura gradual do setor econômico. O prefeito ainda alertou que não vai hesitar em voltar a adotar medidas mais restritivas, se não houver a colaboração das pessoas.

– Não é um liberou geral. Quando você flexibiliza, fica mais difícil de fiscalizar. Vamos observar este fim de semana, se em alguns locais tradicionais virar aquela bagunça de novo, vamos estabelecer medidas restritivas específicas, para não prejudicar quem colaborou ao longo das últimas semanas – disse Paes.

No início da apresentação, o prefeito esclareceu o que motivou o alto número de casos confirmados na cidade, divulgado pela imprensa na quinta-feira (06/05). Ele informou que houve um atraso na coleta de dados pela Secretaria Municipal de Saúde e que, por isso, os números ficaram represados e se concentraram em um só dia.

– Não houve, de fato, um recorde de casos ontem. Pelo contrário, os números mostram uma queda. O que houve foi um atraso no processo de digitação e de investigação de casos, que só foi atualizado ontem. Vamos nos esforçar para melhorar esse processo, não podemos mais ficar acumulando o dever de casa de digitação – informou Paes.

A partir desta sexta-feira até o próximo dia 20 de maio fica permitido em bares, lanchonetes, restaurantes, quiosques da orla e congêneres o consumo apenas para clientes sentados, com distanciamento mínimo de dois metros entre cada conjunto composto por mesa e cadeiras, limitado a oito ocupantes, sendo admitida música ao vivo até as 23h. Já nas academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e condicionamento físico ficam permitidas as aulas em grupos, com a ocupação dos ambientes limitada a um indivíduo a cada quatro metros quadrados.

Outra flexibilização das medidas de restrição sanitárias é a permissão para casas de espetáculo, concertos e apresentações funcionarem, desde que mantenham distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os participantes. Agora, a capacidade de lotação máxima somente com público sentado passa a ser de 40% em locais fechados, e 60% em locais abertos. Porém, a formação de filas de espera e de aglomerações na entrada e saída continua proibida.

As mesmas regras valem para atividades comerciais e de prestação de serviços localizadas no interior de shoppings, centros comerciais e galerias de lojas, bem como as atividades de museu, biblioteca, cinema, teatro, casa de festa, salão de jogos, circo, recreação infantil, parque de diversões, temáticos e aquáticos, pista de patinação, entretenimento, visitações turísticas, aquários, jardim zoológico, apresentações, drive-in, feiras e congressos, exposição e evento autorizado.

O decreto nº 48.845 destaca ainda que permanecem suspensos o funcionamento de boates, danceterias e salões de dança; a realização de rodas de samba e de festas que necessitem de autorização transitória, em áreas públicas e particulares; e a entrada de ônibus e demais veículos de fretamento no município, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis, cujos passageiros comprovem, neste caso, reserva de hospedagem.

Desde março de 2020, como mostra a 18ª edição do Boletim Epidemiológico, o município do Rio soma 275.832 casos de Covid-19, com 24.495 óbitos. Somente em 2021, são 79.441 casos e 6.115 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 7,7%, e a de mortalidade em 91,8 a cada 100 mil habitantes. A incidência da doença é de 1.192,6/100 mil.

Na última semana, 102 novos casos de variantes do vírus foram identificados na cidade, sendo 101 moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas cepas, são 359 casos no município, sendo 299 residentes. São 289 casos da variante brasileira (P.1) e dez da britânica (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 22 faleceram, 12 permanecem internados e 265 já foram considerados curados. Dos não moradores do Rio infectados pelas variantes, 24 vieram de Manaus, quatro de Rondônia e 32 de outros municípios.

Para monitorar novas cepas do coronavírus que circulam no município do Rio, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e o Laboratório de Virologia Molecular (LVM), pactuou o sequenciamento de 128 amostras coletadas aleatoriamente a cada 15 dias. Na primeira rodada de sequenciamentos, notou-se o surgimento da linhagem P.1.2, descendente da variante brasileira. Os genomas estão sendo analisadas para avaliar se essas mutações alteram a estrutura da proteína S do vírus.

Vacinação
De acordo com o painel Rio Covid-19 (atualização das 10h desta sexta), até o momento 1.603.106 pessoas tomaram a primeira dose (D1) da vacina, o que representa 23,8% da população carioca. Desse total, 743.583 completaram o esquema vacinal, recebendo também a segunda dose do imunizante. Um dos primeiros grupos prioritários convocados na campanha de vacinação, 96,2% dos idosos residentes na cidade já tomaram a D1.

A SMS disponibiliza mais de 250 pontos de vacinação na cidade, funcionando de segunda-feira a sábado. A lista desses pontos, o calendário de vacinação, e informações sobre grupos prioritários, documentos, etc, estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina.

As vacinas, independentemente do laboratório fabricante, são distribuídas por igual entre os pontos de vacinação, que as aplicam conforme suas programações próprias para cada dia. No momento, há disponíveis para primeira dose na rede municipal de saúde as vacinas da Oxford/AstraZeneca e da Pfizer – esta última, com exceção em alguns postos extras onde não há estrutura necessária para o preparo exigido. Já para a segunda dose estão disponíveis no momento a Oxford/AstraZeneca e a Coronavac, conforme cronograma divulgado.

Todas as vacinas contra a Covid-19 disponíveis no Brasil são comprovadamente eficazes e seguras para todos os públicos convocados na campanha. As pessoas devem ser imunizadas com a vacina disponível no posto no momento em que forem se vacinar, sem distinção ou preferência de fabricante para D1.

Nesta quinta-feira (06/05), a SMS foi notificada pelo Ministério Público do Estado sobre decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender a vacinação para profissionais de educação, segurança pública, motoristas e cobradores de ônibus, transporte escolar e serviços de limpeza urbana. A nova regra vale a partir desta sexta-feira. Todos os públicos que podem se vacinar contra a Covid-19 no município do Rio estão detalhados no site oficial coronavirus.rio