O Jardim do Méier recebe, neste domingo (4/6), a última aula aberta do professor Luiz Antônio Simas para o projeto “Coretos – a História na Rua”, organizado pela Subprefeitura da Zona Norte e pela Secretaria Municipal de Cultura. O tema será a importância dos clubes sociais e recreativos, que durante décadas se transformaram em referência cultural na região. O evento é gratuito e segue a linha das aulas anteriores, em Quintino e em Vigário Geral.
No Méier, o tema da aula aberta será sobre um elemento importante na formação cultural do subúrbio em grande parte do século 20: os clubes sociais e recreativos – como o Ríver, da Piedade, o Clube dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica, em Cascadura, e o Social Ramos Clube, que lançaram modas e tendências na região para algumas gerações.
– A aula buscará abordar a construção de sociabilidades suburbanas a partir dos clubes sociais e recreativos. A prática do futebol de salão, as gafieiras, os almoços festivos, as rodas de samba, os bailes, bingos, quermesses, datas comemorativas serão relembrados como práticas constituidoras da criação e fortalecimento de laços associativos e identitários dos subúrbios cariocas – disse o historiador Luiz Antônio Simas.
Depois da aula, tudo vai acabar em batuque. O cantor Douglas Lemos, destaque emergente das rodas de samba da cidade, vai se apresentar relembrando composições de um grande suburbano: João Nogueira. Douglas Lemos surgiu no cenário musical carioca em 2014, quando fundou a roda de samba Sambachaça. Em 2017, lançou seu primeiro EP autoral: “Douglas Lemos”, com as músicas “Palhaço mambembe”, “Rendição ao Rio”, “O pescador e o marinheiro”, “Chico magreza” e “Vivência do samba”. Aos 30 anos, o intérprete traz ainda em seu repertório uma canção que tem tudo a ver com o projeto Coretos: “Ruas da Minha História”.