O audiovisual está em destaque na programação do 21º Festival Sesc de Inverno, trazendo uma combinação de filmes e apresentações em múltiplas linguagens e uma diversidade de etnias nas cidades de Teresópolis, Petrópolis, Itaipava, Nova Friburgo e Valença, com entrada gratuita.
O público terá a oportunidade de conferir a exibição do ‘videoarte: grande show + oficina’ de Paulinho Sacramento nos dias 20 (Nova Friburgo) e 21 de julho (Quitandinha), das 14h às 17h. A oficina ministrada pelo cineasta e artista digital tem como objetivo trabalhar o despertar dos participantes para a linguagem livre do audiovisual e suas vertentes. Ao criar a partir do que se tem e não do que falta, Sacramento irá debater com os participantes o processo de criação do seu filme “O vampiro que pensa vozes” e suas experiências criativas como artista residente em pesquisa em artes no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. 16 anos. Grátis.
O evento também apresenta ao público a ‘Retrospectiva Jeferson De’, nos dias 18 e 29 de julho (Quitandinha), 19 de julho (Valença), 20, 21 e 28 de julho (Nova Friburgo) e 28 de julho (Teresópolis). O espetáculo traz um debate online sobre o cinema com a participação de Jeferson De – diretor expoente da filmografia produzida pela população negra brasileira – Joana Oliveira, Noel Carvalho e Rosane Borges. Mediação de Leandro Luz. Livre. Grátis.
O filme “Marte Um” será exibido nos dias 28 de julho às 19h (Nova Friburgo) e 29 de julho às 17h (Quitandinha). O público poderá conhecer o dia a dia de uma família negra de classe média baixa na periferia de uma grande capital. Entre trabalhos, utopias, amores e traumas, os Martins tentam seguir vivendo num Brasil em mudanças. A produção chegou a ser cotada para representar o ‘Melhor Longa-Metragem Internacional’ no Oscar 2023. Além disso, o longa já foi premiado em diversos festivais, dentre eles o ‘Festival de Gramado’, no Brasil, o ‘Out on Film Festival’ e o ‘Festival de Nashville’, ambos nos Estados Unidos. Foi a primeira vez que um diretor negro representou o Brasil na campanha para o Oscar. Gabriel Martins. 2022. 115 min. Sessão seguida de debate com o diretor Gabriel Martins. 16 anos. Grátis.
O público também poderá conferir de perto a oficina audiovisual ‘Afrofuturismo no Cinema – Oficina de Kênia Freitas’ nos dias 22 de julho (Nova Friburgo) e 23 de julho (Quitandinha), sempre das 15h às 18h. Kênia é doutora em Comunicação e Cultura, pesquisadora e crítica de cinema. Ministra cursos e oficinas sobre crítica, cinema negro, afrofuturismo e fabulações. A oficina propõe-se a pensar as estratégias de criação e invenção no cinema contemporâneo, a partir das conexões entre o conceito de afrofuturismo e o campo da ficção especulativa. Essas estratégias serão discutidas com base nos tensionamentos e inflexões do campo crítico decolonial e das pesquisas do cinema negro. 16 anos. Grátis.
A apresentação ‘Ancestralizar o futuro – BPM Mapping’ será realizada nos dias 29 e 30 de julho, às 19h, em Itaipava. Impulsionado pelo afrofuturismo, conectando cosmovisão com a ficção científica e a negritude em um contexto de tecnologia e projeções sobre o futuro, agregando visualmente fantasia e mitologia africana para reimaginar passado e presente da diáspora, o BPM Mapping pretende aprofundar a conexão com as tradições ancestrais por meio do audiovisual expandido na vertente do video mapping. Livre. Grátis.
A instalação “Nós somos pássaros que andam” estará aberta de 15 a 30 de julho, das 09h às 21h, em Teresópolis. A instalação audiovisual está contemplada em três telas, concebidas por Glicéria Tupinambá, em diálogo com Mariana Lacerda e Patrícia Cornils, que refaz a história da insurgência dos Tupinambás, a retomada e recuperação de suas terras para, por meio delas, fazer o despertar do Manto, ele mesmo um Encantado que nunca deixou de ter sua morada espiritual entre esse povo. Glicéria é artista e ativista indígena, que se apresenta como Artista e primeira em 400 anos a fazer o Manto Tupinambá. É uma liderança Tupinamba Serra do Padeiro, mestranda e pesquisadora antropologia na UFRJ. Os indígenas consideram o manto um material vivo, capaz de conectá-los diretamente com os ancestrais e as práticas culturais do passado. “Nunca houve uma repatriação de um objeto etnográfico dos indígenas brasileiros dessa importância. O povo não faz essa peça há muitos séculos”, afirma. Livre. Grátis.
Sobre o 21º Festival Sesc de Inverno
Em 2023, o tema do festival é “Entrelaçar”, conceito inspirado no movimento original da natureza. Visualmente, ele foi traduzido nas linhas encontradas na natureza e na atividade humana, como o DNA, as raízes das árvores e os circuitos eletrônicos, representando passado, presente e futuro.
Na programação, o conceito celebra a mistura entre linguagens artísticas, a interação entre artistas e público e a reunião de nomes consolidados da cena artística nacional e as revelações. Origem, futuro e território são as tônicas desta edição, e a curadoria do Festival busca valorizar experiências e práticas culturais atentas às travessias que nos constituem; ao mesmo passo, conectá-las às coexistências do presente.
Serviço:
21º Festival Sesc de Inverno – De 15 a 30 de julho de 2023
www.festivalsescdeinverno.com.br
Locais:
– Unidade Sesc Nova Friburgo: Avenida Presidente Costa e Silva, 231, Centro, Nova Friburgo/RJ.
– Unidade Sesc Teresópolis: Avenida Delfim Moreira, 749, Várzea, Teresópolis/ RJ.
– Centro Cultural Sesc Quitandinha: Avenida Joaquim Rolla, 2, Quitandinha, Petrópolis/ RJ.
– Parque de Exposições de Itaipava: Estrada União e Indústria, 10000, Itaipava, Petrópolis/ RJ.
– Teatro Sesc Rosinha de Valença: Avenida Professora Silvina Borges Graciosa, 44, Valença/ RJ.
Confira as cidades/localidades que receberão o Festival Sesc de Inverno 2023
• Petrópolis
• Teresópolis
• Nova Friburgo
• Itaipava (Petrópolis)
• Barra de São João (Casimiro de Abreu)
• Búzios
• Cabo Frio
• Casimiro de Abreu
• Grussaí (São João da Barra)
• Penedo (Itatiaia)
• Porciúncula
• Rio das Ostras
• Sana (Macaé)
• Tanguá
• Três Rios