Promovendo a disseminação da arte e seu diálogo com cada território da cidade, o Play Festival vem ocupando os principais espaços de cinco regiões do Rio de Janeiro desde o dia 01 de agosto. Neste sábado (03/09), último dia de ocupação urbana, a programação gratuita para todas as idades desembarca, a partir das 10h, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, Duque de Caxias. Entre as atividades para o dia estão: rodas de conversa, oficina de lambe lambe, oficina de grafite, performance de capoeira, apresentação de rap, oficina de arte orgânica e muito mais. Toda a programação pode ser acompanhada pelo Instagram do Play Festival.
O festival oferece ainda, até o dia 02/10, a Mostra ‘Se Essa Rua Fosse Minha’, no Oi Futuro Flamengo. A mostra materializa as práticas e ações promovidas pelo Play, exibindo os processos criativos dos artistas visuais convidados, entrevistas com as diferentes percepções das crianças que vivem os territórios pesquisados pelo projeto, além de conversas com lideranças e personalidades locais e suas vivências. Agrade Camiz, Sallisa Rosa com Sucata Quântica, Heberth Sobral, Adrianna Eu e Rommulo Vieira Conceição são os artistas convidados para integrar a mostra. A exposição conta também com a experiência sonora orquestrada pelo duo Phillips e MV Hemp do Baixa Santo Sound System. Para integrar os momentos de bate-papos, estarão presentes personalidades e lideranças locais como Elisa Lucinda (zona sul), Amir Haddad (centro), Tia Surica (Madureira), WG da Rua (Santa Cruz) e Heraldo HB (Duque de Caxias).
Com idealização e curadoria de Tathiana Lopes, especialista em cultura, educação e comunicação, com mais de 20 anos de experiência na realização de festivais e projetos multiplataforma, o Play leva cinco instalações artísticas comissionadas, expostas em diversos espaços públicos da cidade, além de performances, debates, programas educativos, oficinas e rodas de conversa.
“O Play foi criado através de um trabalho de pesquisa, mobilização e articulação territorial, em conversas com crianças e jovens, instituições culturais, sociais, lideranças e artistas de diferentes localidades, triangulando os diversos atores sociais para construção de um projeto que estivesse em diálogo direto com cada território, e através da arte, pudéssemos dialogar com a cidade, suas infâncias e juventudes”, comenta Tathiana Lopes.
O evento é realizado pela Cardápio de Ideias, pela Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo, conta com patrocínio da Localiza, com as parcerias institucionais da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, do Zonas de Cultura Madureira, Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura de Duque de Caxias, Secretaria de Educação de Duque de Caxias, Oi Futuro, Museu de Arte do Rio, Ser Cidadão, Observatório de Favelas, Galpão Bela Maré, Escola Vidigal, Vik Muniz Studio, Instituto Ademafia, Lanchonete Lanchonete, Jongo da Serrinha, Cypher Kids, Cultura na Cesta, Galpão Goméia e Lira de Ouro.
PROGRAMAÇÃO SÁBADO (03/09)
BAIXADA (Centro Cultural Oscar Niemeyer, Duque de Caxias)
Obra “Múltiplas Infâncias” – dia todo
A obra pública criada pelo artista Rommulo Vieira Conceição, é inspirada nas catracas das estações de trem, parte de sua memória de infância, onde ele propõe que promovam a convivência, e sejam subvertidas em movimento, em negociação de espaço, em um labirinto que é viver.
10h às 11h – CORTEJO DE ABERTURA COM TOQUE DE ODUDUA
O Toques para Odudua se dedica à pesquisa e prática do Maracatu de Baque Virado e suas capilaridades – também, capoeira e outras sambadas no território da baixada fluminense e outras periferias que agem na manutenção de culturas tradicionais.
11h às 12h – CAPOEIRA COM GUCA- GRUPO UNIFICAR DE CAPOEIRA ANGOLA
Movimento tradicional da Capoeira de Angola e um símbolo cultural de Duque de Caxias.
11h às 18h – BAIXA SANTO SOUND SYSTEM
A experiência sonora orquestrada pelo Baixa Santo Sound System resgata através da pesquisa territorial, de memória e identidade a história musical dos últimos anos da Baixada Fluminense,
11h às 16h – OFICINA DE GRAFITE (BAIXADA GRAFITE)
Comandada por Lu Brasil e Rodrigo Mais Alto da BF, a oficina acontece ao longo do festival com participação ativa do público na criação de um mural.
13h às 14h- OFICINA DE ARTE ORGÂNICA
A artista e liderança indigena Ana Kariri, traz a proposta da oficina de arte com tintas orgânicas, usando as cores da terra, extratos das plantas como o urucum, jenipapo e carvão, possibilitando novos olhares para trabalhar a arte como forma de expressão, conscientização, e conexão com a cultura dos povos originários.
13h às 17h – RESULTADO PLAY LAB COM CLARA BbM
Para o Play Clara cria Memórias para minha avó, uma uma live painting onde o espectador acompanhe sua produção e criação em pintura durante a programação do festival.
14h às 15h – AULÃO COM ZULU TECNYKKO E SLOW DA BF + APRESENTAÇÃO COM CYPHER KIDS
A oficina conecta através da dança e da música crianças, jovens e público com o seu próprio corpo para ampliar a escuta, a movimentação e as possibilidades de expressão.
15h às 16:30h – PRAÇA DE DIÁLOGOS
(Biblioteca Municipal Leonel Brizola)
QUAIS OS CAMINHOS PARA O PROTAGONISMO DAS INFÂNCIAS E DAS JUVENTUDES? QUAIS EXPERIÊNCIAS ESTÃO DANDO CERTO?
O encontro propõe conhecer e debater experiências em cidades que vêm apresentando resultados positivos no que se refere aos indicadores de educação, e que utilizam programas que envolvem atividades culturais diversas e de valorização do território. Com Henrique Silveira- Coordenador geral da casa Fluminense, uma organização que atua para a construção de políticas públicas na metrópole do Rio de Janeiro com foco na redução das desigualdades, membro do conselho do Observatório de Favelas, do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP); Ana Kariri – Indígena Kariri da Paraíba, Arte Educadora e Artista Contemporânea, Integra o Conselho de Cultura de Duque de Caxias, Marlúcia Santos Souza – Professora da Rede Pública Estadual. Formada pelo CEAM – Curso de Aperfeiçoamento em Museologia Social pela Universidade Lusófona/Portugal, é diretora do Museu Vivo do São Bento e do Centro de Referência Patrimonial do Município de Duque de Caxias. Miriam de França – Historiadora e Especialista em Educação. Membro e uma das fundadoras do Conselho Municipal dos Direitos do Negro e Promoção da Igualdade Racial e Étnica do Município de Duque de Caxias (COMDEDINEPIR). Assessora e implementadora das Orientações Curriculares para a EJA/Duque de Caxias. Mediação Osmar Paulino – Geógrafo, Curador, fundador e diretor executivo do FAIM – Festival de Artes em Imbariê e co-criador e membro do Movimento Social Kilomba Imbariê. É coordenador do HONEPO – Homens Negros na Política e integrante do IMJA – Instituto Maria e João Aleixo.
16:30h às 18h30 – OFICINA “PRA ONDE A CÂMERA APONTA” + FESTIVAL DE CURTAS
COM MATE COM ANGU
Uma vivência lúdica sobre linguagem audiovisual, fotografia, auto-imagem e enquadramentos,
O Cineclube Mate Com Angu é um coletivo audiovisual que atua desde 2002 na Baixada Fluminense com exibição e produção de filmes e dinamização de oficinas, provocando a região a se olhar. Faz parte do movimento Baixada Filma e produz um festival de Cinema na região.
18h às 19h – ENCERRAMENTO com Rodrigo Cavalcanti
Um dos caxienses mais queridos da noite do Rio, é DJ, produtor, pesquisador de ritmos, e uma espécie de embaixador da Música na rua pelas quebradas dessa metrópole. Junkie Session, Balkânica, La Cumbia, Pernambeat, Bar do Nanan, são algumas das festas com a marca do cara.
PROGRAMAÇÃO FIXA
*Exposição
Mostra ‘Se Essa Rua Fosse Minha’
De 06 de agosto a 2 de outubro no Oi Futuro Flamengo
Materializa as práticas e ações promovidas pelo Play, onde serão exibidos os processos criativos dos artistas visuais convidados, entrevistas com as diferentes percepções das crianças que vivem os territórios pesquisados pelo projeto, além de conversas com lideranças e personalidades locais e suas vivências.
Os artistas visuais convidados para exposição: Agrade Camiz com as obras {A}grade e Divisa, Sallisa Rosa com Sucata Quântica com a série de três croquis de Labirinto, Heberth Sobral com as obras Cubo Cubista e Roda Gigante, Adrianna Eu com a série de fotografias que formam a série Cama de Gato, e Rommulo Vieira Conceição com a série de trabalhos “A fragilidade dos negócios humanos pode ser um limite espacial incontestável”. A exposição conta também com a experiência sonora orquestrada pelo duo Phillips e MV Hemp do Baixa Santo Sound System, a partir de uma pesquisa territorial, de memória e identidade dos 5 territórios.
As personalidades e lideranças locais: Elisa Lucinda (zona sul), Amir Haddad (centro), Tia Surica (Madureira), WG da Rua (Santa Cruz) e Heraldo HB (Duque de Caxias) contando suas vivências da cidade e das localidades onde vivem.
A Instituições sócio culturais com foco no atendimento a crianças e jovens da região, sob a perspectiva da arte e do esporte para a educação: Escola Vidigal na comunidade do Vidigal, criada pelo artista plástico Vik Muniz, Instituto Ademafia criado pelo skatista Ademar Lucas na comunidade do santo Amaro na Glória, Lanchonete Lanchonete, criada pela artista Thelma Villas Boas na comunidade da Pequena África, no bairro da Gamboa, no Centro, Jongo da Serrinha em Madureira, Cultura na Cesta criada pelo jogador de basquete WG da Rua na comunidade do Cesarão e Ser Cidadão criada por um grupo de educadores e conta com Francisco Jorge como gerente de projetos em Santa Cruz, e a Chypher Kids, criada pelo DJ Zulu Tecnykko e que funciona no espaço cultural Lira de Ouro de Duque de Caxias.
O Play ouviu 70 crianças atendidas por essas instituições, suas percepções sobre a cidade, sobre arte, educação, e o que elas gostariam de dizer a quem governa a cidade. O festival vai levar todas as crianças entrevistadas junto às instituições para participar das atividades artísticas, rodas de conversa e oficinas durante toda a sua programação.
*Instalações Urbanas
Praça Largo do Machado, Praça Mauá no Centro, Parque Madureira, Zonas de Cultura Madureira, Marco XI em Santa Cruz e o Complexo Oscar Niemeyer em Duque de Caxias, recebem as obra públicas dos artistas Agrade Camiz, Sallisa Rosa com Sucata Quântica, Heberth Sobral, Adrianna Eu e Rommulo Vieira Conceição respectivamente, criadas especialmente para o festival. As instalações artísticas propõem um espaço de interação, experimentação e reflexão com o público.
As instalações contam, de domingo a domingo, com a presença de arte educadores que mediam as interações com público e as escolas e instituições sociais convidadas, que visitarão as obras ao longo de todo o mês através de um Programa Educativo, realizado em parceria com a Secretaria de Educação do Rio e de Duque de Caxias. As visitas propõem atividades criadas para diálogo e interação das crianças com as obras e os territórios onde eles estão instalados, numa reflexão sobre a cidade e as diversas vivências dessas localidades.
SERVIÇO
INSTALAÇÕES URBANAS
Data: 01 de agosto a 3 de setembro
Hora: Domingo a Domingo – 24 horas
● Agrade Camiz — Praça Largo do Machado, na divisa entre os bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras
● Sallisa Rosa e Sucata Quântica — Praça Mauá em frente ao Museu de Arte do Rio no Centro
● Heberth Sobral — Parque Madureira em frente a Arena Fernando Torres
● Adrianna Eu — Marco XI em Santa Cruz
● Rommulo Vieira Conceição — Complexo Oscar Niemeyer em Duque de Caxias
FESTIVAL
Data: 06, 13, 20, 27 de agosto e 3 de setembro – aos sábados
Hora: 10h às 19h
● 06 de agosto a 02 de outubro — Oi Futuro Flamengo – R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo
● 13 de agosto — Museu de Arte do Rio – Praça Mauá, 5 – Centro
● 20 de agosto — Arena Fernando Torres – R. Bernardino de Andrade, 200 – Madureira
Parque Madureira – R. Soares Caldeira, 115 – Madureira
● 27 de agosto — Ser Cidadão – R. Fernanda, 140 – Santa Cruz
● 03 de setembro — Centro Cultural Oscar Niemeyer e Biblioteca Pública- Av. Governador Leonel de Moura Brizola, S/N – Centro, Duque de Caxias
EXPOSIÇÃO
06 de agosto a 2 de outubro de 2022
Oi Futuro Flamengo – R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo
De quarta a domingo – 11h às 18h
Visita Escolas e Instituições Sociais
● 01 de agosto a 3 de setembro
De segunda a sexta – manhã e tarde.
Agendamento Cintia Ricardo – educativo@playfestival.art
SOBRE O PLAY
O Play é uma Plataforma Livre de Acesso às Artes, de impacto sociocultural, que através das múltiplas linguagens e expressões artísticas, deseja ampliar percepções sobre educação a partir da cidade e suas diversidades. Estimulando a reflexão e a experimentação através de instalações e intervenções, performances, residências, oficinas e diálogos, que exploram diferentes experiências estéticas nas artes visuais, música, teatro, dança, literatura e arte urbana, oferecendo um espaço de conhecimento, troca e intercâmbio artístico, cultural e territorial.
SOBRE TATHIANA LOPES
Tathiana Lopes é fundadora e diretora criativa da Cardápio de Ideias. Especialista em Cultura, Educação e Comunicação, atua há mais de 20 anos nos campos da arte e cultura,
criando e realizando projetos artísticos, multiplataforma, festivais e diferentes ações culturais. Foi idealizadora e curadora do Ping Festival de Cultura, Arte e Educação. Idealizadora e realizadora do Festival Novas Frequências, diretora e realizadora do Festival
Mais Performance, idealizadora e realizadora do Projeto Paisagem em parceria com o artista plástico Vik Muniz, entre outros projetos de alcance nacional e internacional. Em parceria com O Instituto, ESPM e Museu de Arte do Rio – MAR, desenvolveu o programa de formação em elaboração de projetos para jovens periféricos do RJ para os 10 anos do projeto Rio de Encontros, foi mentora e facilitadora do Hiper Museus, do Percursos Formativos do MAR e colaboradora do Museu Vivo. Colaborou com a curadoria e elaboração do curso de Produção de Festivais e Eventos Culturais para a plataforma Coliga da Fundação Roberto Marinho. Faz parte do Conselho Consultivo da Favela Vertical e da Escola Vidigal.