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Pesquisa aponta nova queda de confiança dos consumidores na economia fluminense para o primeiro trimestre de 2022

O último levantamento do ano de 2021 realizado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) com consumidores do Estado do Rio mostra que os fluminenses continuam preocupados com a manutenção do emprego e menos confiantes na retomada econômica. Mesmo diante desse cenário, o Índice de Situação Presente alcançou o maior valor registrado desde junho (79,7) – na sondagem anterior havia atingido 76,6. O gasto com Bens Duráveis apresentou crescimento de 9,6 pontos.

Já o Índice de Situação Futura registrou a segunda queda consecutiva, caindo de 97,3 para 94, puxado principalmente pela redução da expectativa confiança no emprego. Além disso, também houve diminuição na expectativa de gasto com bens duráveis e de renda. O Índice Geral, portanto, foi puxado por esses resultados e teve queda de 0,7 ponto em relação a novembro. A queda nos índices pode ser atribuída a um reflexo das incertezas econômicas, dos juros altos e da inflação.

EMPREGO

Na pesquisa houve uma pequena elevação no número de consumidores com medo de perder o emprego: de 62,1% para 63,6%. O percentual dos que não têm medo de ficar desempregados caiu de 37,9% para 36,4%. Em relação aos próximos três meses, houve ampliação da desconfiança no emprego: de 61,6% para 61,8%. Em conjunto, o número de fluminenses confiantes passou de 38,4% para 38,2%.

RETOMADA ECONÔMICA

Em relação à retomada econômica brasileira, ocorreu uma nova queda na confiança dos cidadãos: de 36,1% para 31,2%, redução de 4,9 pontos percentuais. Para 45%, a economia vai piorar e 23,8% acreditam na estabilização.

Questionados sobre a expectativa da retomada econômica no Estado do Rio, o índice dos pessimistas apresentou leve aumento: de 44% para 47,3%, aumento de 3,3 pontos percentuais. Já o número de pessoas confiantes diminuiu de 36,7% para 30,8%.

13º SALÁRIO DOS FLUMINENSES

Segundo o mesmo levantamento do IFec RJ, 82,4% dos fluminenses já receberam parte ou todo 13º salário. Quando perguntados como pretendem utilizar o dinheiro extra do final de ano, os consumidores demonstraram maturidade financeira. Além de quitar dívidas (51,5%), uma grande parte deve poupar (26,5%) e outro percentual significativo fará reserva para as contas de início de ano (25%). Também estão na lista: compras de Natal (11,8%), compra de produtos para ceia de Natal (6,4%), reformar a casa (5,9%) e gasto com viagens (3,9%).

RENDA FAMILIAR

O número de fluminenses que afirmaram ter sofrido diminuição da renda familiar caiu mais uma vez, indo de 56% (novembro) para 51,7% (dezembro). Houve também uma pequena redução no percentual de pessoas que afirmaram ter aumentado a renda: de 9,6% para 7,9%.

Contudo, para o próximo trimestre, a pesquisa mostra um leve aumento do pessimismo em relação ao mês anterior: a porcentagem de fluminenses que acreditam em algum tipo de redução da renda familiar no próximo trimestre passou de 31,2% para 31,9%. O número de pessoas que acreditam no aumento da renda também mostrou retração: de 22,6% para 20,7%.

ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA

O percentual de consumidores não endividados caiu de 33,8% para 32,9%. O total de fluminenses que se declararam endividados ou muito endividados apresentou aumento, indo de 40,3% em novembro para 42,4% em dezembro. O percentual dos que se dizem pouco endividados apresentou leve diminuição, indo de 25,8% no mês anterior para 24,7% na sondagem do mês corrente.

A inadimplência registrada se manteve no patamar do menor percentual desde o início do levantamento, assim como na Visão do Empresário, chegando a 44,5%. Anteriormente havia marcado 44,4%.  Além disso, o índice de fluminenses pouco inadimplentes caiu de 18% para 15,2%. Já o número de cidadãos sem restrições se manteve estável: de 55,6% para 55,5%.

Entre os que se declararam inadimplentes, o cartão de crédito segue na liderança (62,4%), seguido pelas contas de luz, gás, água, internet e telefone (34,4%), crédito pessoal (29,6%), pelo cheque especial (25,8%), escola, faculdade e curso (23,1%), além do IPVA (16,7%) e do IPTU (15,1%).

CONSUMO DE BENS DURÁVEIS

Perguntados sobre os gastos com bens duráveis no próximo trimestre, 28,1% dos consumidores afirmaram que devem aumentar esse tipo de consumo, apresentando uma queda de 1,4 ponto percentual em relação a novembro (29,5%). Outros 37,6% responderam que vão diminuir esses gastos – no mês anterior foram 35,7%, aumento de 1,9 ponto percentual. Já 34,3% responderam que irão manter esses gastos, enquanto na sondagem passada foram 34,8%.

A sondagem ocorreu entre os dias 13 e 15 de dezembro e contou com a participação de 429 consumidores do Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa tem como objetivo entender quais as expectativas dos fluminenses com relação a retomada da economia do Estado do Rio e brasileira, além da percepção sobre o desemprego e renda familiar, entre outros indicadores.

 

Sobre a Fecomércio RJ

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e representa os interesses de todo o comércio de bens, serviços e turismo do estado. O setor reúne mais de 314 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e representam 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais no total, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Fecomércio RJ administra, no Estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).

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