No próximo dia 22 de outubro (quinta-feira), a Orquestra Sinfônica Brasileira levará aos “palcos virtuais” mais um concerto on-line da Série Clássica Brasileira. A apresentação será às 19h, com transmissão pelo Facebook e pelo Youtube da orquestra, e contará com obras de compositores brasileiros como Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga e Antônio Ribeiro, além de autores estrangeiros.
Abrindo o programa, “Trumpet voluntary”, do inglês Jeremiah Clarke, interpretado por um quinteto de metais. Composta originalmente para cravo, como parte de uma semi-ópera, sua versão final é tocada em grandes eventos, como casamentos da família real britânica.
Na sequência, “Trio Londrino nº 3”, de Joseph Haydn, para duas flautas e fagote. A obra faz parte de um conjunto de peças composto em 1794, originalmente para flautas e violoncelos. Foram um presente oferecido ao Barão de Aston, em agradecimento pela sua hospitalidade na ocasião da segunda visita de Haydn à Inglaterra. São considerados divertimentos, com expressões variadas e de muito bom gosto.
Heitor Villa-Lobos chega ao programa como seu “Quarteto para cordas nº 11”. Entre 1915 e 1957, Villa-Lobos compôs 17 quartetos de cordas, uma das maiores séries de quartetos do século 20, fato que demonstra a importância dada pelo compositor a esse grupo de música de câmara, formado por dois violinos, uma viola e um violoncelo. No concerto, serão apresentados os movimentos I (Cantilena) e IV (Cançoneta).
De Chiquinha Gonzaga, o público ouvirá “Atraente”, uma polca composta para piano, considerada por muitos como uma das raízes do choro. A necessidade de adaptar o som do piano ao gosto popular rendeu a Chiquinha Gonzaga o reconhecimento como primeira compositora popular do Brasil.
Fechando o programa do terceiro concerto on-line da Série Clássica Brasileira, uma obra inédita de Antônio Ribeiro. Ele compôs “Cantilena para ensemble de violoncelos” a convite da OSB, com um conjunto de câmara adequado para as transmissões pelas redes sociais, em função da pandemia. “Optei por um naipe de violoncelos por razões tímbricas. O nome Cantilena veio por ser um canto um pouco nostálgico e um pouco triste em certos momentos, refletindo a situação que estamos vivendo.” – explica o compositor.
A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 80 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.
Responsável por revelar talentos como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Menezes e pioneira na criação de projetos de democratização da música de concerto, como o Aquarius e os Concertos da Juventude, a OSB chega aos 80 anos com fôlego para levar ao público uma temporada especial e comemorativa, com destaque para a música brasileira e os artistas nacionais, tendo sua própria história como fio condutor da programação.
Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.
PROGRAMA:
JEREMIAH CLARKE – Trumpet Voluntary (quinteto de metais)
JOSEPH HAYDN – Trio Londrino nº 3 (para duas flautas)
HEITOR VILLA-LOBOS – Quarteto para Cordas nº 11
I. Cantilena
II. Cançoneta
CHIQUINHA GONZAGA – Atraente: choro para percussão
ANTÔNIO RIBEIRO – Cantilena para ensemble de violoncelos (6 violoncelos)
SERVIÇO:
OSB – Série Clássica Brasileira III (Concerto on-line)
Dia 22 de outubro de 2020, às 19h
Facebook – /orquestrasinfonicabrasileira
Youtube – /sinfonicabrasileira
Acesso gratuito