OSB apresenta “Choro em Concerto” no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

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Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como Pixinguinha, emprestou sua data de nascimento para a celebração do Dia Nacional do Choro – 23/04.  Antecipando as comemorações, a Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a batuta do maestro Lee Mills, leva ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, dia 12/04, às 20h, o “Choro em Concerto”. Segunda da Série Em Foco, apresentação terá no programa obras e arranjos inéditos, além de clássicos do gênero.

Desde o século XIX, é comum observar uma intercessão entre o choro e a música de concerto. Ao longo do século XX, compositores como Villa Lobos, Radamés Gnattali e Guerra-Peixe beberam na fonte do choro em suas obras nacionalistas. De acordo com Paulo Aragão, um dos diretores da Casa do Choro e compositor presente no programa, a ideia é levar ao palco obras que foram compostas ou arranjadas para orquestra sob a influência do choro. “Usamos o formato sinfônico para escrever e arranjar as peças que serão apresentadas pela OSB. É música popular orquestral” – explica.

Abrindo o concerto, a orquestra apresentará “Boi no Telhado”, do francês Dario Milhaud. Peça mais antiga do programa, foi composta há exatos cem anos, depois de o compositor regressar de um período de três anos no Brasil, convivendo com artistas locais e recebendo influências da música brasileira. Na sequência, “Manguaceira”, polca do compositor e bandolinista Marcílio Lopes, que será apresentada pela primeira vez em versão sinfônica. “Três Cenas Populares para Clarinete e Orquestra”, de Paulo Aragão, dá continuidade ao programa, com a participação do clarinetista Cristiano Alves como solista. A peça fará sua estreia no Rio de Janeiro.

Dando prosseguimento ao concerto, uma obra escrita especialmente para a ocasião: “Das Águas”, do compositor e cavaquinhista Jayme Vignoli.

De Maurício Carrilho, renomado compositor com mais de mil choros compostos e frequente colaborador da música de concerto, a orquestra interpretará “Perendengues”, cuja versão sinfônica também é inédita.

Fechando a noite, duas músicas de Pixinguinha: “Rosa” e “Carinhoso” – esta última em um arranjo sinfônico do próprio compositor, escrito em 1938, e adaptado para a OSB por Paulo Aragão.

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 78 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia. Nas últimas sete décadas, a OSB revelou nomes como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Meneses, e esteve à frente, maestros e compositores brasileiros como Heitor Villa-Lobos, Eleazar de Carvalho, Claudio Santoro, Francisco Mignone e Camargo Guarnieri. Também faz parte de sua história a colaboração de alguns dos maiores artistas do cenário internacional como Leonard Bernstein, Arthur Rubinstein, Mstislav Rostropovich, Igor Stravinsky, Claudio Arrau, Zubin Mehta, Lorin Maazel e Kurt Masur, entre muitos outros.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.

O Instituto Casa do Choro atua desde 1999 no terreno da educação musical, preservação e divulgação da música popular carioca, em especial o choro. A presidente do ICC é a cavaquinista e compositora Luciana Rabello e o vice-presidente do Instituto é o compositor, arranjador e violonista Mauricio Carrilho. Ambos são criadores do ICC, do projeto Escola Portátil de Música e da gravadora Acari Records, especializada em choro. Na diretoria do Instituto Casa do Choro encontram-se ainda os nomes dosmúsicos Celsinho Silva, Jayme Vignoli e Paulo Aragão. O Instituto Casa do Choro é o proponente responsável pelo projeto da Escola Portátil de Música (EPM) que, desde o ano 2000, forma jovens e adultos através da linguagem do choro. Mais de 17 mil pessoas passaram pelos bancos da EPM nestes 18 anos de existência, sendo atendidas por mais de 40 professores. Em 2011, a EPM ganhou o Prêmio de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado do Rio, na categoria música popular. A equipe doInstituto Casa do Choro é referência, no Brasil e no exterior, no ensino de música popular e na produção de eventos ligados ao choro, dentre os quais se destacam 7 grandes Festivais de Choro (atraindo centenas de pessoas do Brasil e do exterior) e duas edições do Dia do Choro (a pedido da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro).

Em 2015, a Casa do Choro abriu suas portas para o público, e agora, todo esse trabalho de memória, educação e produção musical encontra abrigo na Rua da Carioca, 38. O sobrado histórico construído no início do século 20 – imóvel tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) e restaurado pelo Instituto Casa do Choro com patrocínio da Petrobras e do BNDES, através da Lei Rouanet. A Casa do Choro dispõe de oito salas de aula, um estúdio que leva o nome de Raphael Rabello (irmão de Luciana já falecido e um dos maiores violonistas do país), um teatro com 100 lugares, e um acervo que conta com mais de 18 mil partituras disponibilizadas para pesquisa pública gratuita (catalogadas e digitalizadas) e dois mil discos de 78 rotações e LPs. Cerca de 2500 músicos passaram por seu palco em mais de 600 shows realizados desde 2015 e mais de uma dezena de depoimentos foram registrados para a posteridade por importantes personalidades do meio musical.

PROGRAMA:

Darius Milhaud – O Boi no Telhado, op.58

Marcílio Lopes (Arr. Marcílio Lopes) – Manguaceira (estreia mundial da versão sinfônica)

Paulo Aragão – Três Cenas Populares para Clarinete e Orquestra (estreia carioca) – Solista: Cristiano Alves, clarinete

  1. Retreta

  1. Seresta

  III.        Gafieira

Jayme Vignoli – Das Águas (estreia mundial)

Maurício Carrilho – Perendengues (estreia mundial da versão sinfônica)

Pixinguinha (Arr. Marcílio Lopes) – Rosa

Pixinguinha (Arr. Sinfônico de Pixinguinha / adaptação de Paulo

Aragão) – Carinhoso

SERVIÇO:

Orquestra Sinfônica Brasileira (Série Em Foco – Choro em Concerto)

Lee Mills, regência

Cristiano Alves, clarinete

Dia 12 de abril de 2019 (sexta-feira), às 20h

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Endereço: Praça Floriano, s/nº – Cinelândia/Centro – Rio de Janeiro

Ingressos:

Frisa/Camarote: R$100,00 (R$50 meia)

Plateia: R$100,00 (R$50 meia)

Balcão Nobre: R$100,00 (R$50 meia)

Balcão Superior: R$50,00 (R$25 meia)

Balcão Superior Lateral:  R$40,00 (R$20 meia)

Galeria Central: R$30,00 (R$15 meia)

Galeria Lateral: R$20,00 (R$10 meia)

(à venda na bilheteria do Municipal e no site Ingresso Rápido)