Orquestra Sinfônica Brasileira se apresenta sob regência de Ligia Amadio, na Sala Cecília Meireles

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Ligia Amadio é a maestra convidada para reger a Orquestra Sinfônica Brasileira nos próximos concertos da Série Sinfônica Brasileira, dias 4 e 5 de junho, na Sala Cecília Meireles. Com participação do violinista Rosnei Tuon, será apresentado um programa composto por obras de Marisa Rezende, Felix Mendelssohn e Jean Sibelius. A apresentação da manhã de domingo é parte da série “Concertos para a Juventude” – récitas de caráter educativo a preços populares. 

Premiada com a medalha Villa-Lobos pela Academia Brasileira de Música, Marisa Rezende é uma das mais consagradas compositoras do Brasil. Sua obra é atravessada por uma constante renovação de si mesma, sem jamais se apegar rigidamente a tendências específicas da tradição composicional. É de sua autoria a peça que abre o programa: Fragmentos, escrita em 2014. Trata-se de uma obra instigante, de apelo intimista, em que mistério e anseio se irmanam. Escrita em movimento único, para orquestra de câmara, a obra abriga pequenos fragmentos melódicos, coloridos por diferentes timbres. 

A segunda peça do programa é o Concerto para Violino e Orquestra em Mi menor, de Felix Mendelssohn. Essa obra apaixonada, intensa e cheia senso de urgência é um exemplo primoroso da capacidade inventiva do compositor. Nela, Mendelssohn combina o ímpeto do virtuosismo romântico com a tradição clássica do gênero concerto. Toda a composição é cheia de pequenas surpresas. 

Inicialmente intitulada “Fantasia Sinfônica”, a Sinfonia No.7, em Dó Maior, Op. 105, de Jean Sibelius é o último ensaio do compositor no gênero e, certamente, uma de suas empreitadas mais radicais. Contrariando a usual divisão em quatro partes da sinfonia tradicional, essa peça foi escrita em um longo e poderoso movimento único, no qual serenidade, mistério e paixão se conjugam em absoluta beleza e coerência. Mais do que simplesmente abolir a segmentação usual, o que o compositor finlandês realiza nessa composição é uma fusão de tudo aquilo que se espera de uma obra multi-movimentos. A composição flui naturalmente através de um manejo expressivo de diversas seções contrastantes, algumas mais aceleradas e outras mais lentas. 

 

Concertos para a Juventude 

Em 1943, a Orquestra Sinfônica Brasileira subiu ao palco do Cine Teatro Rex para dar início a um dos projetos que fariam parte de seu DNA: Os Concertos para a Juventude. As apresentações de caráter didático com entrada a preços populares são sucesso de público desde então, cumprindo seu papel de ampliação de plateia e democratização do acesso à música de concerto. Em 2022, as apresentações têm lugar de destaque na programação, levando músicos da OSB, regentes e solistas convidados aos palcos da Sala Cecília Meireles, Cidade das Artes e Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Os ingressos custam R$10 (R$5 meia) e as récitas contam com apresentação da atriz Suzana Nascimento. 

 

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA: 

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 81 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura. 

Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor e a NTS – Nova Transportadora do Sudeste, como patrocinadora master e a Brookfield como patrocinadora, além de um conjunto de copatrocinadores e apoiadores culturais e institucionais.

  

SOBRE LIGIA AMADIO:

Ligia Amadio é uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade. Notabilizou-se internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances.  Sua atuação estende-se por: Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Chile, Colômbia, Croácia, Cuba, Eslovênia, Estados Unidos, França, Islândia, Israel, Itália, Japão, Holanda, Hungria, Líbano, México, Peru, Portugal, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Tailândia e Venezuela. 

Premiada no célebre Concurso Internacional de Tóquio (1997) e no II Concurso Latino-Americano para Regentes de Orquestra em Santiago do Chile (1998), em 2001 recebeu o prêmio “Melhor Regente do Ano” no Brasil, outorgado pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2012 recebeu o Prêmio Carlos Gomes, na categoria “Regente”. Foi premiada por sua atuação em todas as orquestras em que foi titular. Entre os diversos prêmios e condecorações que recebeu, deve-se destacar a Ordem de Rio Branco (recebida em 2018), a mais alta condecoração da Diplomacia Brasileira, no grau de oficial, por serviços prestados ao Brasil em todos os países que atuou. 

Ligia Amadio atuou como regente titular e diretora artística da Orquestra Sinfônica Nacional (1996 a 2009), da Orquestra Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza, Argentina (2000 a 2003), da Sinfônica Municipal de Campinas (2009), da OSUSP (2009 a 2011), da Orquestra Filarmônica de Mendoza (2010 a 2014), da Orquestra Filarmônica de Bogotá (2014) e da Orquestra Filarmônica de Montevidéu (2017 a 2021), sendo a primeira mulher a ocupar um cargo dessa envergadura no Uruguai. 

Liderou e impulsionou o Movimento Mulheres Regentes, e realizou os I, II e III Simpósios Internacionais Mulheres Regentes. Como idealizadora e realizadora desse projeto, foi uma das finalistas ao Prêmio 2019 Classical: NEXT Innovation Award, em Rotterdam. 

Sua discografia reúne 11 CDs e 5 DVDs: à frente da Sinfônica Nacional, da Sinfônica da Rádio e Televisão Eslovenas e da Sinfônica de Mendoza, na Argentina. Entre eles, destaca-se a realização da coleção Música Brasileira no Tempo. 

Ligia Amadio iniciou sua formação musical aos cinco anos de idade e, após haver concluído o curso de Engenharia de Produção na Escola Politécnica da USP, realizou o Bacharelado em Regência e o Mestrado em Artes na UNICAMP, e o Doutorado em Música na UNESP. Sua formação também incluiu os mais importantes cursos internacionais de regência orquestral: Accademia Chigiana (Itália), International Bartók Seminar (Hungria), Wiener Meisterkürse für Musik (Áustria), International Opera Workshop (República Tcheca), Peter the Great International Workshop (Rússia), Curso Interamericano para Jovenes Directores de Orquesta (Venezuela), Curso Latino-Americano de Regência Orquestral (São Paulo) e Kirill Kondrashin Masterclass (Holanda). Nesses cursos, teve como professores a Ferdinand Leitner, Dominique Rouits, Julius Kalmar, Georg Tintner, Alexander Politshuk, Guillermo Scarabino, Kurt Masur e Sir Edward Downes.

SOBRE ROSNEI TUON:

Rosnei Tuon é concertino dos segundos violinos na Orchestre de la Suisse Romande em Genebra, Suíça, desde 2000. Natural de Piracicaba, iniciou seus estudos musicais na Escola de Música Ernst Mahle e, posteriormente, com Elisa Fukuda. Aos 19 anos, após vencer o concurso Jovens Concertistas Brasileiros no Rio de Janeiro, partiu com ajuda da Fundação Capes para o Conservatório Superior de Música de Genebra, onde se aprimorou com Corrado Romano. Ainda nessa instituição obteve o 1° prêmio de Virtuosidade com menção “très bien” e os prêmios especiais Lullin e Vidoudez, destinados aos violinistas que mais se destacam. 

Aperfeiçoou-se com Pavel Vernikov no Conservatório Nacional de Lyon na França, onde obteve diploma de 3° ciclo (doutorado). Vencedor do 2° prêmio no Festival de Portogruaro, na Itália, Rosnei atua regularmente como solista em várias orquestras, tanto no Brasil (Orquestra Nacional Brasileira, OSESP, OSUSP, Sinfônica de Piracicaba, TMRJ) como no exterior (Orquestra de la Suisse Romande, Sinfonietta de Genebra, Ensemble Romand, Orquestra do Conservatorio de Lyon e San Luiz Argentina). 

Rosnei possui uma longa trajetória no mundo Sinfônico, tocando e trabalhando sob a regência de grandes maestros, como Charles Dutoit, Armin Jordan, Marek Janowski, Fabio Luisi, Neeme Jarvi, entre outros. Spalla dos segundos violinos na Orquestra de Câmera de Genebra por dois anos, é regularmente convidado a colaborar com várias orquestras Suíças, entre elas Orquestra de Chambre de Lausanne, Sinfônica de Berna, Sinfônica de Lucerna e Orquestra Nacional de Lyon.

É também solicitado como professor nos festivais de Campos do Jordão, Feimep em Piracicaba, Orchestre du Collège em Genebra. Já trouxe ao Brasil o Ensemble Astor, quarteto de cordas que formou com músicos de sua orquestra e que se apresenta regularmente pela Europa.

Saiba mais em www.osb.com.br

 

PROGRAMA 4/06:

Marisa Rezende – Fragmentos

Felix Mendelssohn – Concerto para violino e orquestra, em mi menor, op.64

             I.        Allegro Molto Apassionato

           II.        Andante – Allegretto non Troppo

         III.        Allegro Molto Vivace

Jean Sibelius – Sinfonia nº7, Op.105, em dó maior

 

 

PROGRAMA 5/06 (Concertos para a Juventude):

Felix Mendelssohn – Concerto para violino e orquestra, em mi menor, op.64

           II.        Andante – Allegretto non Troppo

         III.        Allegro Molto Vivace

Jean Sibelius – Sinfonia nº7, Op.105, em dó maior

 

 

SERVIÇO:

OSB – Série Sinfônica Brasileira

Dia 4 de junho de 2022 (sábado), às 19h

Ingressos: R$ 40,00 (R$20,00 meia)

 

OSB – Concertos para a Juventude

Dia 5 de junho de 2022 (domingo), às 11h

Ingressos: R$ 10,00 (R$5,00 meia)

 

Local: Sala Cecília Meireles (Rua da Lapa, 47 – Centro, Rio de Janeiro)

Ingressos à venda na bilheteria da Sala e no site Eleven Tickets