Orquestra Sinfônica Brasileira apresenta concerto inédito, dia 7 de julho

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Sob a batuta da maestrina Priscila Bomfim, a Orquestra Sinfônica Brasileira estreia, no dia 7 de julho, às 20h, mais um concerto inédito da Temporada 2021. Na ocasião, o grupo apresentará obras de Paul Dukas, Heitor Villa-Lobos, Gilberto Gagliardi, Richard Strauss e Charles Gounod. O concerto, que ainda não conta com a presença de público, foi gravado no Theatro Municipal de Niterói e será veiculado nas páginas da OSB no Facebook e no Youtube.

O concerto tem início com a força dos metais apresentando a “Fanfarra La Péri”, de Paul Dukas. Escrita em 1911, foi a última obra do compositor francês a ser publicada. O estilo dessa peça é um misto de Romantismo com o Impressionismo, que se iniciava à época.

Na sequência, uma obra de Heitor Villa-Lobos: o Prelúdio das “Bachianas Brasileiras nº 4”, com arranjo de Jessé Sadoc. As Bachianas Brasileiras são um conjunto de nove suítes compostas por Villa-Lobos entre 1930 e 1945 e representam uma fusão da música de estilo barroco de Bach com a música folclórica e popular brasileira. A versão original da Bachiana nº 4 foi escrita para piano e sua transcrição para orquestra foi feita pelo próprio Villa-Lobos em 1942. A peça completa é composta por quatro movimentos: o Prelúdio, o coral Canto do Sertão, a ária Cantiga e a dança Miudinho. O belo Prelúdio, que será apresentado na ocasião, é sereno e contemplativo e seu motivo, chamado “tema real”, foi utilizado na composição de todas as peças que compõem a Oferenda Musical de Bach.

E o programa segue com mais música brasileira. De ritmo contagiante, “Cantos Nordestinos”, de Gilberto Gagliardi, aparece como a terceira obra da noite. O trombonista paulista Gilberto Gagliardi foi o compositor com mais obras dedicadas ao instrumento no Brasil, na segunda metade do século 20. Além de tocar em famosas orquestras de cunho popular, foi o primeiro trombonista da Orquestra Sinfônica Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo, tendo tocado com nomes como Heitor Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Eleazar de Carvalho. Como professor, lançou o método de aprendizado de trombone mais usado no Brasil, com exercícios melódicos de raiz brasileira. Suas composições se dedicam à música regional, como a modinha, a cantiga e a dança afro-brasileira.

A “Serenata para Sopros”, do alemão Richard Strauss vem a seguir. Strauss compôs a peça em 1881, quando tinha 17 anos, e sua estreia se deu em 1882, na cidade de Dresden, na Alemanha. Esta serenata consiste em um único movimento, composto na forma de sonata: exposição, desenvolvimento e recapitulação dos temas. No final, as flautas têm uma suavidade que as faz precursoras das árias para soprano nas futuras óperas do compositor. Richard Strauss pertenceu ao final do período romântico, apresentando uma atonalidade que o aproxima do período moderno. Tornou-se conhecido por seus poemas sinfônicos e por suas óperas.

Fechando a apresentação, o público ouvirá a “Pequena Sinfonia”, de Charles Gounod. O francês já era um compositor maduro quando compôs esta obra, em 1885, encomenda da Sociedade de Música de Câmara para Instrumentos de Sopro. Foi escrita para nove instrumentos e apresentada pela primeira vez em 1885, em Paris, na famosa Salle Pleyel. De seus quatro movimentos, o segundo é praticamente uma ária para flauta. Dentre as principais obras de Gounod, estão canções, óperas e músicas religiosas.

Esta será a segunda vez que a maestrina Priscila Bomfim regerá a Orquestra Sinfônica Brasileira. Para ela, é motivo de grande alegria estar à frente no grupo neste momento de retomada de atividades presenciais. “Durante os ensaios, ficou notório que os músicos da OSB estão ávidos por tocar juntos novamente. É uma satisfação imensa participar deste momento tão especial para todos”, diz a maestrina.

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é considerada um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 80 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia. Em abril de 2021, a Orquestra Sinfônica Brasileira foi registrada como patrimônio cultural imaterial da cidade do Rio de Janeiro.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.

SOBRE PRISCILA BOMFIM:

Priscila Bomfim é pianista e maestrina assistente no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Além de seu reconhecido trabalho como pianista, Priscila desenvolve paralelamente carreira como regente, tendo sido a primeira mulher e diretora musical a reger óperas da temporada do Theatro Municipal: Serse, de Handel, com elenco da Academia de Ópera Bidu Sayão (2016) e La Tragédie de Carmen, de Bizet/Constant (2017), além das óperas Os Contos de Hoffmann, de Offenbach (2019), Orphée de Philip Glass (2019) e Un Ballo in Maschera, de Verdi (2018) e Fausto, de Gounod (2019), como regente assistente.

Em 2018, além de reger concertos com a Orquestra Sinfônica da Bahia, a Orquestra Académica Bomfim (Portugal) e a estreia brasileira da versão de câmara da ópera Piedade, de João Guilherme Ripper, na Sala Cecília Meireles, foi uma das seis maestras escolhidas internacionalmente para participar da 4ª Residência do Linda and Mitch Hart Institute para Mulheres Regentes, do The Dallas Opera (Texas/EUA).

Tanto Piedade quanto a ópera Serse foram espetáculos eleitos pela crítica entre os destaques do ano na cidade do Rio de Janeiro, em 2016 e 2018.

Em 2019, regeu também a Orquestra Sinfônica Brasileira e os concertos de lançamento da Orquestra Sinfônica de Mulheres do Rio de Janeiro, orquestra que marca a representatividade feminina no meio musical e artístico carioca. Atualmente é a regente convidada da Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca “Chiquinha Gonzaga”, uma orquestra formada por meninas alunas da rede municipal de escolas do Rio de Janeiro, dentro do programa “Orquestra nas Escolas”.

Priscila apresentou-se à frente das Orquestras Sinfônica Nacional do Chile (Chile), Sinfônica Jovem de São Petersburgo (Rússia), Filarmônica de Minas Gerais (MG), Sinfônica de Santo André (SP), Sinfônica Cesgranrio (RJ) e Järvi Academy Sinfonietta (Estônia), ao final de masterclasses com os maestros Leonid Grin, Alexander Polianychko, Fabio Mechetti, Abel Rocha, Isaac Karabtchevsky, Neeme Järvi e Paavo Järvi.

Priscila nasceu e iniciou seus estudos musicais em Portugal, onde venceu seu primeiro concurso, de piano, aos nove anos de idade. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, graduou-se em Piano com o título máximo suma cum laude, em Regência Orquestral, e concluiu o seu Mestrado em Performance em Piano com um relevante trabalho sobre Leitura à Primeira Vista ao Piano.

Além de atuar nas produções de ópera do Theatro Municipal, foi a maestrina preparadora da Academia de Ópera Bidu Sayão, preparando jovens cantores solistas em 2016 e 2017.

PROGRAMA:

Paul Dukas – Fanfarra La Péri

Heitor Villa-Lobos – Bachianas Brasileiras nº4 | Prelúdio (arranjo Jessé Sadoc)

Gilberto Gagliardi – Cantos Nordestinos

Richard Strauss – Serenata para Sopros

Charles Gounod – Pequena Sinfonia

I. Adagio e allegretto | II. Andante Cantabile | III. Scherzo | IV. Finale

SERVIÇO:

OSB – Série Romântica Brasileira V

Priscila Bomfim, regência

Dia 7 de julho de 2021 (quarta-feira), às 20h

Concerto pré-gravado, veiculado no Facebook e Youtube

facebook.com/orquestrasinfonicabrasileira

youtube.com/sinfonicabrasileira

Acesso gratuito