Ópera em sessões contemplativas – Oi Futuro

0
777

“Bem no meio” é uma ópera-instalação inédita, idealizada pela multiartista Karen Acioly, com música do compositor francês Camille Rocailleux. O novo projeto da inquieta escritora, atriz e diretora convida o público a assitir às sessões contemplativas do espetáculo – segunda etapa do projeto que iniciou com apresentações presenciais. As sessões acontecerão a partir do dia 28 de novembro, em todos os fins de semana até o dia 19 de dezembro, às 15h, 16h, 17h. Nestas apresentações o públco poderá ver e sentir a ópera expandida em sessões de cinemópera (cinema + ópera + instalação) no  Serão projeções feitas direto na cenografia do espetáculo, sem a presença das atrizes. A ideia aborda, metaforicamente, a expansão dos sentimentos das personagens retratados em closes e fragmentos. “É o que chamamos de ressonância. O público vê muitas imagens da cena, tanto os complementos em mapping como a ópera toda filmada. Um quebra-cabeças de imagens qeu seguem o fluxo musical da ópera”, explica Karen. A entra é gratuita com reservas pelo link linktr.ee/bemnomeio. O público assiste nos lugares convencionais do teatro do Oi Futuro.

Baseado em histórias de crianças de pais separados, Bem no Meio joga uma lupa sobre os sentimentos infantis pouco escutados pelos adultos. A ideia surgiu após dois anos de pesquisa narrativa em que Karen teve uma escuta atenciosa entre diversas crianças de 4 a 12 anos, de diferentes escolas, sobre temas delicados de seus cotidianos dentro do FIL Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens (em 2018 e 2020) – de modo virtual. A pesquisa faz parte da dissertação do Mestrado em Educação “A dramaturgia da ópera para crianças – cultura e simbolismos” (UFF/2022) e do corpus do mestrado “A Dramaturgia do espaço na ópera para crianças”, da Université Sorbonne Paris 3, (2019/2021), ambos inspirados na obra dos filósofos Gaston Bachelard e Gilbert Durand, autores que estudam o imaginário.

Diante do processo, várias questões recorrentes surgiram, como a separação dos pais e a invisibilidade das crianças no mundo dos adultos. “Percebi que o que mais machucava as crianças era a falta de escuta aos seus sentimentos e dores profundas. Resolvi então escrever um libreto, usando a linguagem do maravilhoso, do inquestionável, em que a voz das crianças pudesse ser ouvida. A potência da poesia, do canto lírico e as multilinguagens da ópera podem fazer essa ponte”, diz Karen, que, além o roteiro e encenação, também assina o figurino com Adriana Guimarães e a cenografia com Rostand Albuquerque.

Sinopse

Em uma noite de eclipse, em janeiro, nasce perfeitinho um bebê inteiro.  A felicidade é tanta que ninguém repara na estranha marquinha nas costas, que parece até um buraco. A bebê irradia tanta luminosidade que seus pais a batizam de Bem.

Ao completar sete anos, de tanto amar os livros, Bem descobre o dom de entrar e sair de dentro deles. Em um deles conhece Gaia, que se torna a sua melhor amiga. Alegre com a novidade decide contar para os seus pais sobre seu dom e sua nova amiga. Porém, ao chegar m casa, Bem percebe que seus pais estão falando uma língua esquisita. Ela tenta chamar a atenção, de forma divertida, mas eles estão tão bravos que nem notam o que ela diz. Bem se sente no meio de seus pais.

Ao fugir para dentro do livro, de tanto sentir pena de seus pais, algumas penas saem da marquinha de nascença de Bem até que uma pequenina e frágil asa nasce do lado direito. E é aí que sua grande aventura começa. Bem quer voar. Mas como voar com uma asa só? Será Possível? Bem vive muitos desafios, vencendo-os um a um. Quando seu canto se torna forte e sua dança também, outra asa surge vigorosa e bela do lado esquerdo. Porém, só as crianças conseguem enxergá-la. Bem agora tem duas asas e já pode voar!

Karen Acioly

Dramaturga, professora, curadora e roteirista. Possui especialização na área das artes multidisciplinares e gestão criativa de espaço cultural, com ênfase nas artes cênicas e visuais voltadas aos novos públicos. Maîtrise em Études Théâtrales no Institute dÉtudes Théâtrales (IET) na Université Sorbonne Paris 3 e Mestranda em Educação na Universidade Federal Fluminense (UFF) ; Especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Cândido Mendes (UCAM); Especialista em Metodologia do Ensino Superior pelo Centro Universitário da Cidade da cidade do Rio de Janeiro e Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Publicou 15 livros para a infância e a juventude e ganhou diversos prêmios, dos quais destaca-se o Hors-Concours de Melhor Livro de Teatro Infantil pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), quando da premiação da obra A excêntrica família Silva, em 2014, como Melhor Obra de Teatro para a Infância à Juventude. Antecederam a premiação, com o Prêmio Lúcia Bennedetti da FNLIJ as obras Viva o Zé Pereira (2013), Os meus balões: o incrível encontro de Júlio Verne Com Santos Dumont (2010) e Tuhu, o menino Villa-Lobos (2008). As obras Os meus balões e Fedegunda compõem o acervo do PNLD Literário edição 2018 e edição 2020, respectivamente. Dos seus trabalhos mais conhecidos no Teatro para a Infância e à juventude destacam-se Fedegunda; Bagunça, a ópera baby; Experiência Yellow e Tuhu, o menino Villa-Lobos. Recebeu a Bolsa Courants du monde, na área de gestão cultural (2016), concedida pelo governo francês. É criadora, curadora e diretora geral do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens (FIL), com edições anuais desde 2003.

Ficha técnica

Libreto, roteiro e encenação: Karen Acioly

Música e Partitura Original: Camille Rocailleux

Direção Musical: Guilherme Borges

Direção de produção: Miriam Struz

Elenco:

Luisa Vianna – Bem

Carol Botelho – Gaia

Guilherme Borges – Ponto

Participações especiais (em vídeo)

Sabrina Korgut – A Mãe

Ciro Acioli – O Pai

Coro Infantil UFRJ – Infância

Mariana Honorat, Manuela Percegoni de Freitas, Ryan Pereira, Jémile Ferreira Ghevanter, Mélane Ferreira Ghevanter, Maria Fernanda, Arthur Antunes Pollard, Noah de Godoi Nicodem

Regência: Maria José Chevitarese

Mapping e Cenografia digital: Rico e Renato Villarouca

Cenografia: Karen Acioly e Rostand Albuquerque

Figurinos: Karen Acioly e Adriana Lins de Estilo

Adereços e crochê: Barbara Quadros

Visagismo : Ricardo Moreno

Cabelos Azuis: Deborah/ By Rodrigo

Iluminação: Fernanda Mantovani

Preparação vocal: Kiko do Valle

Coreografias e preparação corporal: Paulo Mazzoni

Direção de fotografia: Vitor Souza Lima

Assistente de fotografia: Sérgio Resende

Direção e design de som: Gabriel D’angelo

Fotografia e still: DuHarte Fotografia

Renata Duarte e Santiago Harte

Ilustração livro: Marília Pirillo

Contação de história: Silvia Castro

Gravação e Mixagem: Estúdio 220 Decibéis

Técnicos Gravação: Daniel Wally, Rodrigo Oliveira, Leonardo Maia, Luan

Mixagem: Gabriel D`angelo

Produção executiva: Fábio França

Contrarregra: Renato Severino

Assistente set: Ana Clara Roncetti Thomaz e Kamilla Luisa Ferreira da Silva

Edição de Partituras: Diego Cavalcanti e Ítalo Simão

Patrocínio: Oi

Apoio Cultural: Oi Futuro

Parcerias Institucionais:

Consulado Geral da França no Rio

FIL FESTIVAL

SERVIÇO:

 BEM NO MEIO – Ópera Instalação

CENTRO CULTURAL OI FUTURO – TEATRO

 Reservas: linktr.ee/bemnomeio

Entrada franca

 – Sessões Contemplativas:

Do dia 28 de novembro, em todos os finais de semana até o dia 19 de dezembro, às 15h, 16h, 17h, com sessões de cinemópera (cinema + ópera + instalação).

Entrada Gratuita

Classificação: Livre (a partir de 5 anos)

Endereço: R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo