A dançarina flamenca Clara Kutner criou a OFICINA DANÇA COM LIBRAS e
convidou o ator e professor surdo Bruno Ramos para a atividade voltada
para surdos e ouvintes, jovens e adultos, que amam dançar. O evento
acontecerá no dia 27/04 (sábado). A oficina é inédita no Rio de
Janeiro e faz parte do projeto “Som uma coreografia para surdos”, em
desenvolvimento no Artsonica Residência Artística. O aulão será das
15h às 19h, no Centro de Movimento Deborah Colker, na Rua Benjamin
Constant 30 – Glória, Zona Sul do Rio. Com vagas limitadas, as
inscrições devem ser feitas enviando nome completo para o e-mail
somumacoreografia@gmail.com.
O objetivo da “Oficina de dança com LIBRAS” é estimular o público
surdo e ouvinte a criar coreografias a partir do gestual das Língua
Brasileira dos Sinais, um conjunto de formas gestuais utilizado por
deficientes auditivos para a comunicação entre eles e outras pessoas,
sejam elas, surdas ou ouvintes. A ideia de Clara para o evento do dia
27/04 é encontrar mais bailarinos surdos interessados em participar da
residência SOM, colaboradores fundamentais para pesquisa se realizar.
“Quero formar um grupo entre 8 e 15 pessoas para participarem da
coreografia e da concepção da música que será criada dentro dos dois
meses da pesquisa no Artsonica. Serão aproximadamente dez encontros
com aulas de dança contemporânea e flamenca, além da troca entre os
residentes. Este projetode grupo de dança conta com uma parceria com o
INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), o Centro de Movimento
Deborah Colker e A Casa de Espanha”, explica Clara.
A proposta “Som uma coreografia para surdos” do Artsonica Residência
Artística é criar estímulos sensoriais de dança em surdos (ou pessoas
com algum outro tipo de deficiência auditiva) por meio de ondas
sonoras transformadas em vibração que serão emitidas através de uma
plataforma de madeira instalada em uma caixa acústica.
A tecnologia que será apresentada na exposição que acontecerá em
setembro deste ano no Centro Cultural Oi Futuro Flamengo, no Flamengo,
Zona Sul do Rio, está sendo pesquisada por Clara em parceria com o
artista sonoro Floriano Romano, com o compositor, violinista e
arranjador Luciano Câmara, juntamente com o cajonista e luthier Alejo.
Já a música está sendo produzida por Luciano e Alejo, que trabalha nos
arranjos de base da dança e construção da plataforma vibratória. O
vídeo contara com o trombone de Ciça Salles e a alfaia de Chica
Batella. A produção de Ylla Gomes e Mentoria do artista Sonora
Floriano Romano.
Apesar de avanços em termos de acessibilidade, surdos ainda enfrentam
barreiras. Segundo o IBGE, 9,7 milhões de brasileiros são surdos ou
têm deficiência auditiva. No DIA NACIONAL DAS LIBRAS, celebrado em dia
24/04, a importância de gerar meios para que essa população com
necessidades especiais tenha condições de participar ativamente no
mercado de trabalho, eventos, cultura e educação é um desafio a ser
ultrapassado. Exemplo dessa preocupação com a acessibilidade é o
projeto “Som uma coreografia para surdos – Artsonica Residência
Artística”, que une dança, música e LIBRAS e é idealizado pela
cineasta e bailarina em dança flamenca Clara Kutner.
A preocupação com a acessibilidade é realidade no Artsonica Residência
Artística, que contratou intérpretes de LIBRAS para fazerem as
traduções simultâneas das palestras realizadas pelo Paposonica, evento
no qual os artistas residentes do projeto apresentam ao público o
andamento de suas criações.
“Não se trata apenas de cumprir a Lei, mas de garantir a inclusão de
pessoas surdas nos processos criativos da cultura. Por isso
contratamos os intérpretes. São mecanismos que facilitam aprendizado
daqueles que necessitam de tratamento especial. Nossas palestras são
gratuitas e também transmitidas ao vivo na internet”, diz Julio Zucca,
diretor da Zucca Produções.
“Som uma coreografia para surdos” tem a coreografia sendo criada pelo
ator surdo e professor de LIBRAS, Bruno Ramos. Os movimentos da dança
contam com as participações especiais de Miguel Alonso, bailarino
flamenco de Cuba radicado em São Paulo, e, Lucas Lima, que é bailarino
surdo convidado para criar e sentir a coreografia. Lucas tem 21 anos e
mora com a mãe na
Taquara, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, e dança desde
criança. Ele integrou o grupo de alunos do Centro de Artes da Maré e
carrega o objetivo de se tornar o primeiro dançarino surdo do Brasil.
Acompanhe o Artsonica nas redes sociais:
Site: http://artsonica.com.br/
Facebook – https://web.facebook.com/souartsonica/
Instagram – https://www.instagram.com/souartsonica/
Twitter – https://twitter.com/souartsonica
Google+ – https://plus.google.com/u/0/112064595914091750022
Youtube – https://www.youtube.com/channel/UCv3bvhuJF0lroTHSxzQOJ7Q