Museu de Arte do Rio hasteia bandeira criada pelo artista Matheus Ribs

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O Museu de Arte do Rio vai hastear sua nova bandeira no próximo domingo (19). O trabalho feito pelo artista Matheus Ribs, especialmente para o MAR, traz o Tajá, uma planta que cresce em áreas abertas de florestas, beira de riachos e passou a ser cultivado amplamente nos quintais brasileiros. O nome da bandeira é TAJÁ, Curar a Terra e a Folha. O Tajá fala sobre o Brasil enquanto casa-território, evoca uma proteção encantada frente à degradação ambiental. Os veios vermelhos no centro da folha, se referem aos rios que cortam o Brasil e que exigem constante vigilância. Enquanto proposta de bandeira, o Tajá já preconiza os debates da Rio + 30, evento que o Rio vai sediar em 2022 para discutir as mudanças climáticas mundiais nos grandes centros urbanos.

Matheus Ribs é um artista carioca, nascido em 1994 na Rocinha, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Iniciou sua produção em 2013 como cartunista, enquanto se dedicava aos estudos da Ciência Política. Em 2020, passou a desenvolver um trabalho ilustrativo e pictórico, cruzando as lutas sociopolíticas com o resgate de uma ancestralidade preta e indígena na diáspora.

Durante o hasteamento da bandeira, o coral Guarani Tenonderã, grupo étnico-musical vai apresentar seus cantos tradicionais, entoados ao som de ravé (violino), mbaraká (violão) e mbaraká mirim (chocalho).

O MAR também vai fazer uma roda de conversa com Matheus Ribs e os curadores Amanda Bonan e Marcelo Campos, às 15h30. “A bandeira traz uma discussão sobre natureza, tradição, ancestralidade e África. Ela transforma o mapa do Brasil em uma planta, o Tajá, que tem em muitas casas e quintais. Acho que a bandeira do Matheus inaugura o pensamento do museu sobre as relações com a natureza. Matheus é um jovem artista do Rio que lida no seu trabalho com questões como a cultura indígenas e afro-brasileiras”, explica Marcelo Campos, curador-chefe do MAR.

Às 16h, O DJ MAM se apresenta para o público. Ele é autor da trilha oficial do Rio de Janeiro, Oba Rio e também de “Redentor”, música-tema das comemorações de 80 anos do Cristo. O artista foi atração de megaeventos como o Réveillon de Copacabana, a festa Rio 450 anos e a Red Bull Air Race.

 Ao misturar os ritmos do candomblé com o samba, a bossa nova e o funk carioca, o artista ganhou projeção internacional. Sua pesquisa de sons do Brasil deu origem ao álbum autoral Sotaque Carregado, e ao seu remix, Sotaque ReCarregado, ambos finalistas do Prêmio da Música Brasileira, chegando ao top 20 da World Music Charts Europe, a parada musical das rádios européias.

Considerado um dos grandes nomes do remix, o DJ carioca tem dividido palcos e músicas com cantores como Gilberto Gil, Elza Soares, Maria Bethânia, Moraes Moreira, Gaby Amarantos, Alceu Valença, Dona Onete, BNegão e Céu.

DJ MAM é curador do selo musical e festival Sotaque Carregado, bem como do festival Demarcação Já Remix. “Demarcação Já” é canção de Carlos Rennó e Chico César que serve à campanha do Greenpeace Brasil, Instituto Socioambiental e Bem-te-vi Diversidade em favor da causa indígena e ambiental.

 

Serviço:

Dia 19 de dezembro

-15h – Hasteamento da bandeira + coral Guarani Tenonderã, na praça Mauá.

-15:30- Fala do artista criador da bandeira, Matheus Ribs, junto aos curadores do MAR no pilotis

-16H às 17H- DJ MAM, gratuito no pilotis.

 

O Museu de Arte do Rio

Iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) desde janeiro deste ano, apoiando as programações expositivas e educativas do MAR a partir de um conjunto amplo de atividades para os próximos anos. “A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde sua fundação em 1949.

O Museu de Arte do Rio, para a OEI, representa um instrumento de fortalecimento do acesso à cultura, intimamente relacionado com o território, além de contribuir para a formação nas artes, tendo no Rio de Janeiro, por meio da sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comenta Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.

Após o início das atividades em 2021, a OEI e o Instituto Odeon celebraram parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, onde o Odeon passa a auxiliar na correalização da programação.

O Museu de Arte do Rio tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master e a Bradesco Seguros como patrocinadora, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A Escola do Olhar conta com o apoio do Itaú, da Machado Meyer Advogados e da Icatu Seguros via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, é também patrocinada pelo Grupo GPS, RIOgaleão, ICTSI Rio Brasil, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e HIG Capital. O Instituto Olga Kos patrocina os recursos de acessibilidade do MAR.

O MAR conta ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 Mais informações em www.museudeartedorio.org.br