Museu da Imagem e do Som do Rio recebe o acervo de José Wilker

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Um dos artistas mais completos da sua geração, José Wilker terá o seu acervo imortalizado no Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro. A informação é do site do Governo do Estado do Rio (http://www.rj.gov.br/NoticiaDetalhe.aspx?id_noticia=10824).

O equipamento, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio (Sececrj), recebeu neste mês das filhas do ator, Mariana Vielmond e Isabel Wilker, um vasto material com mais de 17 mil itens, divididos em fitas de vídeo, CDs e DVDs, além de uma ampla biblioteca com diversos temas, em especial cinema e teatro. A coleção de Wilker, que morreu em 2014, está na sede da Lapa para preservação e salvaguarda, e será exibida na exposição permanente do MIS.

– A preservação deste acervo vem ao encontro da missão do MIS em prol da manutenção das memórias de grandes personalidades da cultura nacional. A importância de Wilker nas artes é inegável e portanto ficamos muito gratos à família por confiar a guarda desse importante acervo à instituição – disse Clara Paulino, presidente da Fundação Museu da Imagem e do Som do Rio.

Cinéfilo de carteirinha, Wilker nasceu em Juazeiro do Norte, Ceará, e estreou ao 13 anos na TV. Na Rede Globo desde 1971, interpretou personagens inesquecíveis em novelas como Roque Santeiro (1985) e Senhora do Destino (2004). Na telona, protagonizou clássicos como “Dona Flor e seus Dois Maridos”, dando vida ao finado Vadinho, e “Guerra de Canudos”, interpretando o histórico Antônio Conselheiro. Dono de humor refinado e sarcástico, nos deixou aos 67 anos, em 2014.

– O Museu da Imagem e do Som do Rio é um patrimônio de todo o estado e país, também com reconhecimento internacional. O acervo do ator José Wilker está em boas mãos, preservado por uma equipe muito qualificada. Em breve, esse material ficará exposto para a população, que terá uma grande oportunidade de conhecer ainda mais sobre a sua história – conta a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio, Danielle Barros.

Inaugurado em 1965, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro é considerado o primeiro museu audiovisual do Brasil. São mais de 30 coleções que reúnem cerca de 330 mil itens nos mais variados suportes. São 93 mil fotografias, incluindo 1.700 negativos em vidro e 26 mil estereoscópicas, de grande valor histórico, algumas raras; uma discoteca de quase 60 mil discos entre, LPs, compactos e 78 RPM.