Lançamento da pedra fundamental de obra de conservação do Cais do Valongo no Rio de Janeiro

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A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou na úlltima quarta-feira (21/11), a pedra fundamental das obras no Cais do Valongo, sítio arqueológico escolhido Patrimônio Mundial da Unesco, em 2017, por ser o único vestígio material do desembarque de cerca de um milhão de africanos escravizados nas Américas.  A informação é do site da Prefeitura.

Na oportunidade, foi realizado o anúncio oficial do aporte financeiro de US$ 500 mil (cerca de R$ 2 milhões) para o projeto. O dinheiro será proveniente da Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil, com recursos do Fundo dos Embaixadores dos EUA para Preservação Cultural.

Outros parceiros da Prefeitura na iniciativa são o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A solenidade, realizada na Semana da Consciência Negra, aconteceu no próprio Cais do Valongo, na Avenida Barão de Tefé, s/nº, no Bairro da Saúde, Zona Portuária do Rio.

A obra de conservação no Cais do Valongo é o cumprimento de parte do compromisso assumido pela Prefeitura carioca quando da escolha do local como Patrimônio Mundial da Unesco, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a educação, a ciência e a cultura. A costura da parceria com a Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil foi feita pela secretária municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira. O trabalho vai começar em dezembro e deverá durar dois anos. Neste primeiro momento, serão realizados a restauração do pavimento original de pedras, a drenagem das águas da chuva e o reforço estrutural de paredes, fundações e superestrutura.

O objetivo é que as ruínas funcionem como um museu a céu aberto. A intervenção, orientada pelo IPHAN e contratada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), visa à conservação e à consolidação do Cais do Valongo, cuja importância histórica se deve a seu significado na memória da escravidão no mundo. O sítio arqueológico, descoberto em 2011, durante as obras de revitalização da Zona Portuária, é hoje parte da área da cidade conhecida como Pequena África.

O projeto conta ainda com o apoio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade –  IRPH  e teve o tombamento do INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) do Governo do Estado do Rio de Janeiro, conferido recentemente.