O Theatro Municipal do Rio de Janeiro inicia o segundo semestre trazendo ao palco La Fille Mal Gardée, um dos grandes balés do século XVIII. A versão original foi apresentada em julho de 1789, no Grand Théâtre de Bordeaux, na França. Entre os coreógrafos que recriaram esse balé, um deles foi Marius Petipa, em 1885, quando apresentou sua versão em São Petesburgo, na Rússia. Surgiram outras produções através do século XX e agora, em 2024, a concepção e coreografia do uruguaio Ricardo Alfonso, encenada no ano passado pelo Ballet Nacional Sodre, em Montevidéu, chega ao Municipal com o Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro. A supervisão artística é de Hélio Bejani e Jorge Texeira, a regência de Silvio Viegas e a direção geral de Hélio Bejani. Com o Patrocínio Oficial Petrobras, a montagem terá onze récitas, sendo um ensaio geral e uma apresentação para escolas: 14 de agosto (ensaio geral para convidados), 15, 16, 17, 21, 22,23 e 24, às 19h; 20 de agosto, às 14h (Projeto Escola) e dias 18 e 25, às 17h. Os ingressos estão disponíveis através do site www.theatromunicipal.rj,gov.br.
“Trazer o ballet La Fille Mal Gardée ao palco do Municipal novamente é uma grande alegria para todos nós. Uma história leve e engraçada que promete cativar a todos. Você não pode perder a oportunidade de assistir nosso Corpo de Baile e Orquestra Sinfônica do TMRJ que sempre garantem um espetáculo inesquecível. Esperamos você – afirma a Presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Clara Paulino.
“Esta concepção do coreógrafo Ricardo Alfonso do ballet “La Fille Mal Gardée”, vem proporcionar aos nossos bailarinos a oportunidade de evidenciar o papel primordial da expressão facial, para além da gestualidade, na comunicação das diferentes emoções dos personagens e enfatizar a interpretação como ferramenta principal para fazer o público compreender a história e comover-se com ela” – ressalta Hélio Bejani, Diretor do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
La Fille Mal Gardée na versão de 2024
Sinopse:
Ato 1
Narra o romance de Lisa, filha de Simone, uma rica proprietária de uma fazenda, com um camponês chamado Colas. Este é despedido, pois Simone pretende casar sua filha com Alan, filho do rico Thomas. Em um encontro em pleno campo para reunir o gado, todos os personagens se definem. Lisa e Colas declaram seu grande amor. Alan brinca infantilmente e a viúva namora Tomás. Tudo é interrompido por uma tempestade.
Ato 2
A viúva continua preparando Lisa para o casamento e a filha finge consentir para afastar a desconfiança da mãe. Chegam Tomás, a mãe Simone e Alana no momento em que Lisa está experimentando o vestido de noiva. Enquanto os três tratam do casamento, a viúva entrega a chave do quarto de Lisa para Alan. Quando ele abre a porta do quarto, encontra Lisa nos braços de Colas, mas o destino premia os dois jovens que finalmente se casam com as bençãos da mãe, a ira do velho Tomás e a indiferença infantil de Alan.
Sobre Silvio Viegas
Silvio Viegas é atualmente o Regente Titular da Orquesta Provincial de Santa Fe, na Argentina, e professor de regência na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais até o final de 2022, Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2008 a 2015 e Professor da cadeira de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais durante mais de 15 anos.
Foi também Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte de 2003 a 2005 e Diretor Artístico Interino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2011 a 2012.
Desde o início de sua carreira tem se destacado por sua atuação no meio operístico regendo títulos como O Navio Fantasma, L’Italiana in Algeri, O Barbeiro de Sevilha, Le Nozze di Figaro, A Flauta Mágica, La Bohème, Tosca, Carmen, Cavalleria Rusticana, I Pagliacci, Nabucco, Il Trovatore, La Traviata, Falstaff, Otello, Il Guarany, Romeu e Julieta, Lucia di Lammermoor, Norma, Porgy and Bess, Salomé, Aleijadinho, entre outros.
Nomeado como o melhor regente de ópera em 2017, como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica Brasileira (OSB), Coro e Orquestra Estable do Teatro Colón, Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Amazonas Filarmônica, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica do Teatro São Pedro – SP, Orquestra do Teatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras.
Em 2001 obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional “Jovens Regentes”, organizado pela Orquestra Sinfônica Brasileira no Rio de Janeiro.
Natural de Belo Horizonte, Silvio Viegas, estudou regência na Itália e é Mestre em regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo sido discípulo de Oiliam Lanna, Sergio Magnani e Roberto Duarte.
Sobre Ricardo Alfonso
Formado pela Escola Nacional de Dança de Montevidéu, Uruguai, em 1986 ingressou no Corpo de Dança SODRE de Montevidéu, Uruguai, onde participou de todos os trabalhos por ela apresentados, como Giselle, Lago dos Cisnes, Coppélia, Baile de Graduados, Interpley, Mozartíssimo, As Quatro Estações, Carmina Burana, Dom Quixote, Gayané, etc.
Para o Ballet Hoy, dirigido por Ines Camou, Alfonso cria as suas primeiras coreografias profissionais. Com a Sociedade Uruguaia Pró-Ópera e Ballet Hoy, Alfonso intervém na encenação de Maria de Buenos Aires (Piazzolla-Ferrer) como assistente de direção cênica e coreógrafo e interpretando um dos personagens principais (El Gato); em Evita como dançarino e coreógrafo, e em Jesus Christ Superstar como dançarino.
Em 1994, juntamente com o Ballet Hoy, apresentou Sonata (Bach) e Entre Azul y Verdi (G.Verdi), obra que passou a fazer parte do repertório do Ballet SODRE.
O jornal EL País de Montevidéu considera a sua obra Entre Azul y Verdi como uma das “melhores obras coreográficas dos últimos tempos”, considerando Alfonso a “revelação coreográfica do ano”.
No Brasil, ele trabalha ao lado de Maria Waleska Van Helden, participando de diversas edições do Dança Alegre Alegrete, prestigiado evento brasileiro de dança. Em Santa Fé, junto com outros profissionais, fundou a TAIARTE, assumindo a direção de seu próprio grupo, o Ballet Contemporâneo de Santa Fé, para o qual criou Opus 3, Solo Vivaldi, Aires y Danzas Antiguas, Brahms para 10 bailarinos, Estrofas al Viento, entre outros.
No Ballet del Sur, sob a direção de Violeta Janeiro, Alfonso é professor e coreógrafo onde encena obras como: Entre Azul y Verdi, Canon, Sonata, Opus 64, Acto de las Sombras de Bayadere, Gayané e La Fille Mal Gardée. Juntamente com o Prof. Edgardo Blumberg, realiza Seminários de História da Dança e da Música para a Dança, desde a Antiguidade até o Século XIX, no Instituto Superior de Música, da Faculdade de Letras e Ciências da Universidade Nacional do Litoral. De 2010 a 2021 foi Diretor Principal do Ballet del Sur de Bahia Blanca. Obras que apresentou: Dom Quixote, Carmina Burana, Lago dos Cisnes, La Fille Mal Gardée, Cinderela, Giselle, La Sylphide, Las Silfides, Gayane, Cantares, Adaggietto, Tangos en Gris, Carnaval dos Animais, Ato das Sombras de La Bayadere, Retrato in memoriam: Edith Piaf, Mozartissimo, As 4 Estações, Opus 64, Entre Azul e Verdi, Concerto, Opus 3, Stabat Mater, Ares e Danças Antigas, Estâncias ao Vento, Sempre Buenos Aires, Memórias de um Lugar Amado , Suíte Napoli, Suíte Raymonda, On Target, Rodeio, A Visita de Terpsicore, Pas de Deux de Sylvia, Pas de Deux de Tchaikovsky, La Source Pas de Deux, A Morte do Cisne. Passeios a Buenos Aires (Gala Internacional de Buenos Aires, La Sylphide com Ludmila Pagliero), A Frutillar, Chile (Giselle com Marianela Nuñez, La Sylphide com Ludmila Pagliero), Dança Alegre Alegrete, Brasil, Guamini, Necochea, Mar del Silver com Iñaki Urlezaga em sua despedida do palco. Rodolfo Lastra Belgrano, Oscar Araiz, Domingo Vera, Liliana Belfiore, Sabrina Streiff, Gigi Caciuleanu são alguns dos coreógrafos convidados durante sua gestão. Em 2015, Alfonso foi o vencedor do Prêmio Máscara concedido pela Prefeitura de Santa Fé em reconhecimento à sua carreira. Em 2016 foi jurado do Prêmio Escenário do jornal UNO, de Santa Fé e de 2017 até o momento, jurado do Bahia Blanca do “Prêmio Federal Hugo”. Em 2019, o Ballet del Sur recebeu a Menção ao Mérito dos Prêmios Konex por estar entre as cinco melhores companhias da Argentina nos últimos 10 anos, período que coincide com a gestão de Alfonso como Diretor Principal. Em 2023, apresentou sua versão de La Fille Mal Gardée no Ballet Nacional SODRE, em Montevidéu, Uruguai. Desde dezembro deste ano é Coordenador do Teatro Municipal e Produção Artística 1º de Mayo da cidade de Santa Fé, Argentina.
Elenco principal:
LISE
Márcia Jaqueline/ Juliana Valadão
Manuela Roçado/ Marcella Borges/ Tabata Salles
COLLAS
Cícero Gomes/ Alyson Trindade/ Rodrigo Hermesmeyer
VIÚVA SIMONE
Edifranc Alves/ Saulo Finelon
THOMAS
Rodolfo Saraiva/Romilton Santana
ALAIN
Alyson Trindade/ Luís Paulo Martins / Rodrigo Hermesmeyer
NOTÁRIO DA ALDEIA
Gabriel Araújo/Marco Bispo
O solista do BTM Edifranc Alves no papel de Viúva Simone
Datas do elenco:
– Dia 14 – Quarta-feira – (ensaio geral para convidados) – Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer
– Dia 15 – Quinta-feira – Estreia – Márcia Jaqueline e Cícero Gomes
– Dia 16 – Sexta-feira – Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer
– Dia 17 – Sábado – Márcia Jaqueline e Cícero Gomes
– Dia 18 – Domingo- Marcella Borges e Alyson Trindade
– Dia 20 – Terça-feira – Projeto Escola – Tabata Salles e Alyson Trindade
– Dia 21 – Quarta-feira – Márcia Jaqueline e Cícero Gomes
– Dia 22 – Quinta-feira – Marcella Borges e Alyson Trindade
– Dia 23 – Sexta-feira – Juliana Valadão e Cícero Gomes
– Dia 24 – Sábado – Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer
– Dia 25 – Domingo- Juliana Valadão e Cícero Gomes
Ficha Técnica:
La Fille Mal Gardée
Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Música: Ferdinand Hérold
Libreto e coreografia original: Jean Dauberval
Concepção e Coreografia: Ricardo Alfonso
Iluminação: Paulo Ornellas
Figurinos: Tânia Agra
Cenografia: Manoel dos Santos/ Confecção: Pará Produções
Designer Gráfico: Carla Marins
Supervisão Artística: Hélio Bejani e Jorge Texeira
Regência: Silvio Viegas
Direção Geral: Hélio Bejani
Direção Artística do TMRJ: Eric Herrero
Serviço:
La Fille Mal Gardée
Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Datas: 14 de agosto (ensaio geral para convidados)
15 (estreia), 16, 17, 21, 22, 23 e 24, às 19h
20 de agosto, às 14h (Projeto Escola)
18 e 25 de agosto, às 17h
Duração:
1º ato – 50 min
2º ato – 35 min
Intervalo de 20 min
Ingressos:
Frisas e Camarotes – R$90,00 (ingresso individual)
Plateia e Balcão Nobre – R$80,00
Balcão Superior e Lateral – R$50,00
Galeria Central e Lateral– R$30,00
Ingressos através do site www.theatromunicipal.rj.gov.br ou na bilheteria do Theatro
Haverá uma palestra gratuita no Salão Assyrio uma hora antes do início do espetáculo.
Patrocinador Oficial Petrobras
Apoio: Livraria da Travessa, Rádio MEC, Rádio Amil Paradiso, Rádio Roquette Pinto – 94.1 FM, Ma Ballet Shop, Gaynor Minden
Realização Institucional: Fundação Teatro Municipal, Associação dos Amigos do Teatro Municipal
Lei de Incentivo à Cultura
Realização: Ministério da Cultura e Governo Federal, União e Reconstrução