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Areal

O nome Areal carrega em si o início da História do lugar. No final do século XVIII e início do século XIX, viajantes e exploradores, que saiam da província de Minas Gerais e se dirigiam a região Norte fluminense, passavam pelo local, onde havia uma pequena praia de areia, às margens do Rio Preto. Esse “areal” tornou-se referência de localização do ponto de passagem e de parada não oficial.

Os caminhos que ligavam Minas Gerais às áreas cafeicultoras da região norte do Rio de Janeiro e, depois, o traçado da Estrada União Indústria passavam pelo “areal”.

A povoação local inicialmente se constituiu de viajantes que, vendo a oportunidade de se beneficiar do fluxo de viajantes, fixaram residência e estabeleceram comércio de alimentos básicos, plantados em lavouras familiares, e de trato e troca de animais de transporte.

Posteriormente, o povoamento mais definitivo se deu a partir do desenvolvimento de Fazendas pertencentes às famílias aristocratas. A maior delas foi a Fazenda São Silvestre do Rio Preto, de propriedade dos Vieira Afonso e vizinha da Fazenda Bemposta. Seus arredores, ao longo do tempo, foram adquirindo o nome de Fazenda Velha, hoje o nome de um bairro. Subdividas em outras pequenas propriedades, essas terras foram sendo arrendadas ou vendidas a outros proprietários. Pode-se considerar que as tais terras tenham dado origem a parte considerável do atual centro urbano e rural do município. Parte do centro, onde se situava o “areal”, foi comprado dos Vieira Afonso pela família Wiechers, que doou um terreno para construção de uma igreja católica, onde está situada a atual Matriz Nossa Senhora das Dores. O atual bairro Boa Esperança fazia parte das terras de Domingos Pereira da Costa, o qual, no ano da abolição da escravidão no Brasil, em 1888, deixou aquela área em doação a 15 famílias de escravos. Maioria delas, depois de livres, continuaram habitando o lugar, dando origem à comunidade. Desde 2010, a comunidade de Boa Esperança pleiteia a titulação de suas terras como remanescentes de Quilombo perante o governo federal, já tendo alcançado o reconhecimento por Autodefinição da Fundação Cultural Palmares em 07 de fevereiro de 2013.

De 1895 a 1938, a localidade, já registrada como “Areal”, foi 7º Distrito de Paraíba do Sul ‒ a mais antiga cidade da região. Em 1938, com a emancipação de Três Rios, Areal passa a ser 4º Distrito da nova cidade.

Grupos de moradores do Distrito se mobilizaram por três vezes para sua emancipação: em 1957, em 1963 e em 1992, quando finalmente obtiveram êxito. O movimento, que se inicia em 1990, acreditava que as questões e problemas de Areal ganhariam melhor atenção e seriam, enfim, solucionadas com a elevação do distrito a município independente.

Em 10 de Abril de 1992, Areal se torna município.

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