Fim de semana do Dia das Mães com a Orquestra Sinfônica Brasileira, na Sala Cecília Meireles

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No segundo concerto da Série Sinfônica Brasileira, a OSB leva à Sala Cecília Meireles um repertório que privilegia a grandeza da música escrita no passado e a originalidade da produção musical contemporânea. Sob regência do maestro Ricardo Bologna, a Orquestra Sinfônica Brasileira dividirá o palco com o pianista André Mehmari nos dias 7 e 8 de maio, sendo a apresentação da manhã de domingo parte da série “Concertos para a Juventude” – récitas de caráter educativo a preços populares. 

Na primeira parte do programa serão ouvidas peças de dois dos mais proeminentes compositores brasileiros em atividade: Clarice Assad e o solista convidado André Mehmari. Na segunda metade do espetáculo, a orquestra executa a pujante Sinfonia No. 7, em Lá Maior, de Ludwig van Beethoven. 

Reconhecida por sua versatilidade artística e pelo amplo escopo de suas atividades musicais, Clarice Assad nunca deixa de imprimir em cada trabalho o seu toque pessoal.  A suíte para orquestra de câmara Impressions, que inicia este programa, foi escrita em 2008 e busca recriar sonoramente a impressão que o compositor tem no momento em que começa a lidar com os músicos da orquestra. Trata-se de uma obra em quatro movimentos – cada um com uma inspiração musical distinta – unificados por uma escrita singular e imaginativa. 

A segunda obra do programa é assinada pelo compositor, pianista, arranjador e multi-instrumentista niteroiense André Mehmari. Músico extraordinário, premiado tanto na esfera popular quanto na erudita, o artista não raro cruza as ditas “fronteiras” entre os gêneros, criando composições inventivas e originais. Sua obra Meu Brasil, que será ouvida neste espetáculo, é um exemplo disso. Nela, Mehmari homenageia a cultura brasileira e propõe uma reflexão sobre a identidade cultural do país através da incorporação de diversos gêneros da tradição musical nacional, como o choro, o frevo, a toada, a valsa de esquina e o baião. A peça foi uma encomenda de uma orquestra francesa e agora, finalmente, ganha sua estreia no país que lhe dá nome, com a Orquestra Sinfônica Brasileira e o próprio Mehmari ao piano. 

A atmosfera vibrante estabelecida após duas obras brasileiras de enorme entusiasmo não se dissipa com a peça que será ouvida na segunda parte do programa.  A Sinfonia nº 7, de Ludwig van Beethoven, talvez seja aquela em que o compositor tenha tirado consequências mais dramáticas do uso repetitivo de certos padrões rítmicos. A efervescência dessas reiterações é de uma força tão expressiva que fez Wagner chamar essa obra de “apoteose da dança”. 

 

Concertos para a Juventude 

Em 1943, a Orquestra Sinfônica Brasileira subiu ao palco do Cine Teatro Rex para dar início a um dos projetos que fariam parte de seu DNA: Os Concertos para a Juventude. As apresentações de caráter didático com entrada a preços populares são sucesso de público desde então, cumprindo seu papel de ampliação de plateia e democratização do acesso à música de concerto. Em 2022, as apresentações têm lugar de destaque na programação, levando músicos da OSB, regentes e solistas convidados aos palcos da Sala Cecília Meireles, Cidade das Artes e Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Os ingressos custam R$10 (R$5 meia) e as récitas contam com apresentação da atriz Suzana Nascimento. 

 

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA: 

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 81 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura. 

Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor e a NTS – Nova Transportadora do Sudeste, como patrocinadora master e a Brookfield como patrocinadora, além de um conjunto de copatrocinadores e apoiadores culturais e institucionais. 

 

SOBRE RICARDO BOLOGNA:

Ricardo Bologna é timpanista solista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e Professor do Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. De 2008 a 2011 foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica Jovem Municipal de São Paulo e Regente Principal da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP) de 2012 a 2014. Dirigiu as principais orquestras brasileiras como a OSESP, Filarmônica de Minas, Sinfônica do Paraná, da Bahia entre outras. 

Gravou três CDs com a OSUSP em 2012 e 13. EM 2016 realizou a primeira audição brasileira (depois de 61 anos) da obra “Le Marteau sans Maître” de Pierre Boulez na Sala São Paulo dentro da programação do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão de 2016. Em 2019 regeu a estreia da ópera “Ritos de Perpassagem” do compositor Flo Menezes em produção realizada pelo Theatro São Pedro (SP). Foi vencedor do II Concurso Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes (2002). Nesse mesmo ano, fundou o Percorso Ensemble, grupo especializado na execução do repertório dos séculos XX e XXI, que realiza vários concertos pelo Brasil com diversas estreias de obras de compositores brasileiros. Recentemente o Percorso realizou uma nova parceria com a São Paulo Companhia de Dança na estreia da coreografia “Trick, Cell, Play” de Édouard Lock, com música de Gavin Bryars no Festival Movimentos na Alemanha. Em 2017 o grupo ganhou o “Grande Prêmio” da Revista Concerto na categoria votação popular. 

Em 1989 funda o Duo Contexto de percussão com o percussionista Eduardo Leandro, premiado no VI Prêmio Eldorado de Música (1991) e no Festival de Música de Câmara de Dusseldorf-Alemanha (1996). Em 1993 o Duo se torna grupo em residência no Centro Internacional de Percussão em Genebra, Suíça, realizando concertos e turnês pela Europa, EUA e Japão. Participação nos Festivais de Campos do Jordão (Brasil), Suita (Japão) e em vários concertos pelo Brasil. Em 2009 foi lançado o primeiro CD do Duo, pelo selo SESC-SP. Em 2010 foi lançado seu segundo CD com obras para percussão e flauta com a participação de Verena Bosshart. 

Bologna realiza intensa atividade como solista e camerista em concertos pelo Brasil e exterior. Foi percussionista convidado da “Orchestre de la Suisse Romande” e do “Ensemble Contrechamps”, ambos na Suíça, com participação em vários festivais e turnês. Tem como mentor na regência o Professor e Maestro Kenneth Kiesler. Bacharelado na UNESP, Mestrado na “Haute École de Musique de Genève”, “Artist Diploma” no “Rotterdam Conservatorium” e Doutorado pela UNICAMP. 

 

SOBRE ANDRÉ MEHMARI:

Pianista, arranjador e compositor, nasceu na cidade de Niterói – RJ em 22 de abril de 1977. Considerado pela crítica “um artista singular de imaginação vibrante e generosa”, Mehmari teve seus primeiros contatos com a música através de sua mãe já em Ribeirão Preto – SP.  Mudou-se para São Paulo em 1995, com seu ingresso no curso de piano da ECA-USP. 

Compositor prolífico e requisitado, apontado como um dos mais originais e completos músicos brasileiros de sua geração e premiado tanto na área erudita quanto popular, teve suas composições e arranjos tocados por muitos grupos orquestrais e de câmara, entre eles OSESP, OSB, Filarmônica de Minas Gerais, Miami Symphony, Orchestre de Normandie, Quarteto da Cidade de São Paulo e Quinteto Villa-Lobos. 

Recentes trabalhos incluem obras para o violoncelista Antônio Meneses e a trilha sonora da primeira série brasileira produzida para a plataforma Netflix.  Além de uma vasta e premiada discografia composta por mais de quarenta títulos, Mehmari possui uma ativa carreira internacional como solista e criou duos expressivos com músicos como Antônio Meneses, Mário Laginha, Gabriele Mirabassi, Antônio Loureiro, Danilo Brito, Maria João, Hamilton de Holanda, Marilia Vargas, Ná Ozzetti, Maria Bethânia e Mônica Salmaso. 

Apresentou-se em países como Itália, EUA, Japão, China, Canadá, Argentina, Chile, Equador, Colômbia, Guiana Francesa, Noruega, Holanda, Finlândia, Suíça, Luxemburgo, Alemanha, França, Áustria, Irlanda, Bélgica, Portugal, Espanha, Dinamarca e Angola, além de todos os principais festivais brasileiros, e em espaços como Salle Gaveau (Paris), Kennedy Center (Washington), Lincoln Center (Nova Iorque), Umbria Jazz, Sala São Paulo e Sala Cecília Meireles, entre muitos outros. 

 

Saiba mais em www.osb.com.br

 

 PROGRAMA (Concerto 7/5):

Clarice Assad – Impressions

I.             Personas. Theme & Variations

II.           Fusion. Dança Brasileira

III.         Affection. Slow Waltz

IV.          Precision. Perpetual Motion

V.            Unity. Coda

André Mehmari – Meu Brasil

Ludwig van Beethoven – Sinfonia No.7, em Lá Maior, Op.92

I.             Poco sostenuto – Vivace

II.           Allegretto

III.         Presto

IV.          Allegro con brio

 

 

PROGRAMA (Concerto para a Juventude 8/5):

Clarice Assad – Impressions

I.             Personas. Theme & Variations

II.           Fusion. Dança Brasileira

III.         Affection. Slow Waltz

IV.          Precision. Perpetual Motion

V.            Unity. Coda

André Mehmari – Meu Brasil

Ludwig van Beethoven – Sinfonia No.7, em Lá Maior, Op.92

I.             Poco sostenuto – Vivace

IV.          Allegro con brio

 

 

Ricardo Bologna, regência

André Mehmari, violoncelo

 

 

SERVIÇO:

OSB – Série Sinfônica Brasileira

Dia 7 de maio de 2022 (sábado), às 19h

Ingressos: R$ 40,00 (R$20,00 meia)

 

OSB – Concertos para a Juventude

Dia 8 de maio de 2022 (domingo), às 11h

Ingressos: R$ 10,00 (R$5,00 meia)

 

Local: Sala Cecília Meireles (Rua da Lapa, 47 – Centro, Rio de Janeiro)

Ingressos à venda na bilheteria da Sala e no site Eleven Tickets