FIL – Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens encerra com o orgulho de chegar à maioridade revelando a maturidade e o sucesso das atrações

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Inspirado no Mito da Caverna de Platão, o Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens reuniu nomes importantes de diversos países que mostraram seus trabalhos e contaram suas experiências.

Quem acompanhou este importante evento do calendário anual da cidade do Rio de Janeiro encontrou poemas visuais, historietas musicadas, marionetes corporais, marionetes em 3D, dança, música, show-oficina, encontro de saberes, mitologias, invenções divertidas, rodas de conversa, homenagem aos artistas que estão em outra dimensão e micro espetáculos musicais, criados especialmente para esta edição.

Idealizadora do Festival, Karen Acioly não economizou na hora de chamar grandes personalidades. Este ano, trouxe nada mais, nada menos do que Suzanne Lebeau, uma das mais importantes e atuantes autoras do teatro contemporâneo para crianças e jovens no mundo. Lebeau escreveu cerca de 30 peças teatrais originais e seus textos já foram traduzidos para mais de 23 idiomas diferentes. Em toda a programação não faltaram bate-papos e ping pongs com destaque para um dos temas mais comentados no mundo: Fake News para Novos Públicos com a Doutora em Comunicação e Cultura, Professora Cristina Rego Monteiro da Luz e o jornalista Gilberto Scofield, diretor de negócios e estratégia da Agência Lupa. Também durante o FIL foi exibido, em primeira mão, o Cine.EMA, uma série de animações voltadas à primeira infância, criadas a partir das poesias do livro “Pô!Ema – poesia de criança”, da escritora catarinense Sandra Coelho, lançado em 2020.

Outro aspecto importante que vem acontecendo há alguns anos, são parcerias com universidades antenadas com o que há de melhor na multidisciplinaridade. A ECO – Escola de Comunicação da UFRJ foi a primeira a se engajar ao FIL em 2018, formando os Observadores FIL. Nele, os alunos produziam artigos, matérias e crônicas sobre o que observaram no palco, plateia, bastidores e vivências do festival. A UNIRIO juntou-se ao Festival logo depois, em 2019, criando artigos acadêmicos, críticas de espetáculos e estudos teóricos sobre o FIL. Em 2021, a tarefa dos observadores foi a de entrevistar os participantes do festival, fazer a cobertura de todo o evento, organizar e criar conteúdos para as redes sociais. Foram 20 Observadores ao todo, uma experiência incrível para esses novos profissionais que estiveram sob a coordenação da Professora. Dra. Cristina Rego Monteiro da Luz (ECO – UFRJ) e supervisão de Ana Clara Thomaz (UFRJ- EBA) e Dora Lutz (UNIRIO-LETRAS).

“Trabalhar com os Observadores foi um grande presente e uma oportunidade de aprender muito. Pude ver um lindo envolvimento e desenvolvimento deles com o Festival. Desde o início, mostraram-se ansiosos para ver o trabalho do grupo acontecer e cada vez que lançamos uma cobertura no blog, eles comemoravam a conquista dos colegas. Nosso trabalho em grupo foi essencial para o meu próprio desenvolvimento no FIL, compartilhamos muitos “perrengues”, risadas e memes de início de carreira. Espero ter conseguido ajudá-los durante esse processo intenso e cheio de descobertas maravilhosas” – analisa Ana Clara Thomaz.

A participação dos alunos foi essencial para que Dora e Ana Clara conseguissem criar e lançar, ainda na pré-produção, a série de vídeos “Observadores FIL”, que entrevistava, com perguntas feitas por eles, os convidados do Festival. Para a elaboração das entrevistas, os alunos tiveram que buscar a trajetória profissional do entrevistado e refletir sobre como e por que aquela pessoa era essencial para o evento que aconteceria no FIL. Após já terem compreendido essa parte, a tarefa era elaborar perguntas que pudessem instigar o convidado e o espectador, permitindo um pequeno “spoiler”, em pílulas no YouTube e em texto no blog, do que estaria por vir nos eventos do festival.

“Estar na equipe do FIL foi desafiador por vezes, permitiu que eu pudesse ver a magia de conseguir montar e colocar um festival inteiro no ar em apenas poucas semanas. Ainda que eu sinta falta de estar presencialmente na plateia ou no backstage, podendo ver ao vivo espetáculos de todo o mundo, a edição online do FIL fez com que a distância entre as casas, países e artes – que muitas vezes estão longe do nosso cotidiano – parecesse muito menor, tirando-me da inércia de meu próprio lar e permitindo que, dentro de casa, eu pudesse abrir a porta para outros universos” – avalia Dora Lutz.

O Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens está sempre se preparando para apresentar mais novidades. Enquanto isso, a sugestão é convidar você a acompanhar o conteúdo especial deste ano que está disponível, gratuitamente, no site www.fil.art.br e nas plataformas do FIL no Youtube e Facebook.

” O FIL, esse jovem rapaz de 18 anos, desabrocha na sua juventude, potente, iluminado e firme. Colhe as flores e os frutos que plantou e os bordados que teceu ao longo da sua infância. Inspirado, se conectou com o cyber espaço e conseguiu ecoar -de forma surpreendente- as suas mil e uma maravilhas” – finaliza Karen.