O Rio de Janeiro recebe desde setembro/ 2018, o Festival Domingos Clássicos, que reúne, na Sala Baden Powell – Casa da Bossa, em Copacabana, espetáculos de música clássica com intérpretes, artistas de diferentes orientações musicais e com diferentes organizações instrumentais e/ou vocais. O Festival, com a pianista Fernanda Chaves Canaud, é um espaço aberto para novos compositores contemporâneos, bem como para grupos de câmara nacionais e estrangeiros, orquestras, coros, minióperas e solistas da música de concerto, sempre com cunho didático e de formação de plateia para todas as idades. A iniciativa é apresentada pelo Ministério da Cultura e Instituto CCR, por meio da Lei Rouanet.
Os concertos semanais nas tardes de domingo têm como objetivo proporcionar uma experiência ímpar para o público, que nem sempre conta com possibilidade de acesso à música clássica tocada ao vivo. E a oportunidade de um contato estreito com os músicos.
No próximo domingo (13/01), às 15h, a apresentação será do Encontro Com Chiquinha Gonzaga, onde a soprano Neti Szpilman, a pianista Maria Luisa Lundberg, e o clarinetista Moisés Santos, apresentarão o recital de homenagem a Chiquinha Gonzaga. O grupo faz uma retrospectiva política e social da época, em um bate-papo com a plateia mesclado com as composições da maestrina.
Aos nove anos, meiga criança, aos treze filha pretendente. Piano, bordado e dote preparam o destino de uma mulher. Assim, era a vida de uma moça na época de Chiquinha Gonzaga. No entanto, com temperamento forte e uma paixão arrebatadora pela música, ela teria uma vida diferente.
De acordo com os padrões da época, Chiquinha casou-se quase menina.
Porém, jamais deixou que o marido a afastasse da música. Suas composições foram motivo de felicidade e tristeza. Mas esta mulher, com talento, coragem, humor e uma língua afiada, lutou pelo que acreditava e abriu caminho para a mulher brasileira.
O recital se justifica na medida que resgata, preserva e divulga a obra de uma das maiores, se não a maior, compositora brasileira, que na segunda metade do século XIX, lutou pelo direito das mulheres brasileiras e, também deixou como legado cerca de 2.000 composições.
Seu nome é hoje reconhecido como uma feminista, mulata, que através da música, desafiou e transgrediu os rígidos costumes da época, ao batalhar incansavelmente pelo direito das minorias.
FICHA TÉCNICA:
Voz: Neti Szpilman
Piano: Maria Luiza Lundberg
Clarineta: Moises Santos
REPERTÓRIO (sujeito a ajustes):
Abre-Alas
Anita
Machuca
Corte na Roça
Mulatinha
Meditação
A Feijoada Brasileira
Não insista Rapariga
Lua Branca
Corta Jaca
Água da Fonte do Vintém
Tango Brasileiro para Piano
Beijo
Atraente
Quanto à acessibilidade física, a sala Baden Powell dispõe de elevador de acesso do 1º piso à sala e atende aos critérios de acessibilidade para facilitação de livre acesso a cadeirantes e pessoas idosas, oriundos de programas especiais de incentivo à cultura.
Para fins de formação de plateia aos alunos de escolas públicas de música e de Ongs parceiras da sala Baden Powell, será feita a divulgação dos concertos para o público interessado, na imprensa e nas mídias sociais, além de articular com as escolas de música para disponibilização de, no mínimo, 5% dos ingressos para seus alunos, em caso de lotação de sala. De acordo com a IN no.5 art 20 do MINC, acontecerá a distribuição gratuita dos ingressos para os alunos de escolas públicas de música e para ONGs locais para os assentos vagos e restantes, até 10 minutos antes da apresentação, mediante comprovação.
Serviço:
Festival Domingos Clássicos
Encontro Com Chiquinha Gonzaga
Sala Baden Powell
Av. Nossa Sra. de Copacabana, 360 – Copacabana, Rio de Janeiro
Data: Domingo, 13 de janeiro, às 15h
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Classificação: Livre