No mês da mulher, a vida e a obra da pintora mexicana Frida Kahlo será retratada nos palcos. Junto ao cenário histórico que ela cresceu, em meio a Revolução Mexicana de 1910, “Temperos de Frida” traz a efervescência cultural que inspirou a artista reunindo teatro, narração de histórias e música ao vivo. Com uma proposta cênica intimista, a peça tem como pano de fundo o dia dos mortos, 02 de novembro.
O espetáculo foi inspirado na cerimônia para agradecer nosso destino e cumprir os tratos com a misteriosa Catrina, dona Morte. Em uma proposta que tem um diálogo direto com a plateia, regada por música ao vivo, Rosana provoca e traz o público para um jogo cênico onde são convidados a participar de uma festa para comemorar a vida e escutam passagens marcantes da grande pintora Frida Kahlo. A atriz nos conduz por histórias mescladas com músicas mexicanas, como: La Llorona, La Bruja, Cucurrucucu Paloma, todas cantadas por Natalia Sarante e o violão de Luciano Camara.
Em “Temperos de Frida”, as paixões estão reunidas nos sabores, no canto e na palavra, como elementos de uma delicada receita que é compartilhada com o público. Sejam nos boleros que ela tanto gostava de cantar, nas histórias de grandes e arrebatadores amores ou na entrega profunda para defender sua vida. Logo, o espetáculo é o resultado de uma busca para construir espaços de comunhão e encontros a partir da vida de uma grande mulher latino-americana.
“Muito se fala sobre um desconhecimento por parte do Brasil em relação aos seus vizinhos do continente latino-americano, um distanciamento da história e das realidades dos países em volta. É por perceber esses territórios tão próximos, e ao mesmo tempo tão distantes nessa troca cultural, que trazemos as vivências históricas e as manifestações artísticas semelhantes entre os países para o conhecimento popular”, destaca Rosana.
Antes de ser uma grande artista, Frida é um exemplo de mulher lutadora e defensora da vida. Dessa forma, quantas “Fridas” existem hoje na nossa sociedade? Mulheres de lutas, amores e perdas, dos diversos territórios e culturas do nosso continente que brigam pela vida com amor, doação alegria e sobretudo com esperança. Por isso, a proposta mais popular da peça.
O projeto é uma realização da Qinti Companhia e da eLabore.Kom, que trazem a proposta de construir pontes artísticas, gerando encontros para reforçar a potência latino-americana. Para Rosana Reátegui e Natália Sarante, vindas do Peru e do Uruguai respectivamente, os diálogos artísticos em diversos territórios são essenciais para construir reflexões significativas com o público. Para Kirce Lima, da eLabore.kom, a democratização de acesso à cultura e ferramentas de incentivos para artistas e produtores periféricos vai de encontro à proposta do espetáculo, pois nada mais popular e pulsante do que foi e é Frida Kahlo.
Com direção de Tatiana Motta Lima, coordenação geral de Kirce Lima, direção de produção de Fábio França, cenário de Daniele Geammal, figurino de Chico Leite e iluminação de Marcelo Moacir, a proposta é mais um resultado artístico da Qinti Companhia, coletivo que traz temáticas e reflexões latino americanos para as linguagens cênicas no Brasil. A obra foi contemplada com o edital SESC Pulsar em 2022.
Serviço
Edital Sesc Pulsar – Espetáculo “Temperos de Frida”
Teatro SESC Ramos – 02/03 às 19h
Teatro SESC Nova Friburgo – 04/03 às 20h
Teatro SESC Campos – 10/03 às 20h
Teatro SESC Teresópolis – 18/03 às 19h30
Entrada:
R$10 (inteira)
R$5 (meia entrada em casos previstos por lei)
Gratuito (Credencial plena e PCG)
Classificação indicativa: 16 anos