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Espetáculo multilinguagem “ATRAQUE” desafia convenções e reflete a cultura Ballroom no Teatro da UFF, em Niterói

Refletindo e celebrando a diversidade de gênero e raça, com protagonistas trans do universo Ballroom do Rio de Janeiro, “ATRAQUE” é um espetáculo que une dança, performance e moda para desafiar convenções e explorar os princípios históricos, estéticos, comunitários e de disputa do vogue. A montagem multilinguagem estreou no ano passado e retorna para uma uma nova circulação, com apresentação única no Teatro da UFF, em Niterói, na quarta-feira (31), às 19h, no valor de R$5.

Após temporada de sucesso em São Paulo no primeiro semestre no Sesc Avenida Paulista, desta vez,  “ATRAQUE” retorna com um elenco ainda maior. “Nossa peça foi construída e sonhada por pessoas que vivem diariamente a realidade Ballroom. Mais do que um estilo ou modalidade artística, essa é a nossa vivência, portanto o que está em cena reflete a história artística dessas pessoas”, destaca Patfudyda, diretora artística do projeto.

“ATRAQUE”, nomeado a partir de uma gíria popular cujo significado remete à intensidade do confronto entre corpos – seja em sentido de disputa ou afetivo – não se limita a ser um mero espetáculo, mas um terreno fértil de experimentação, transgressão e, acima de tudo, resistência. Através de movimentos únicos e pessoais, a peça revela a beleza da individualidade e da criatividade humana.  “O que nos move nesta peça é a vontade de criarmos outras narrativas para nossos corpos que se esquivam das que já são estão impregnadas no imaginário popular sobre pessoas trans”, ressalta a diretora.

A cultura Ballroom é um espaço de expressão, onde as pessoas participantes competem em categorias de dança, moda e performance, como o voguing. Mais do que competições, a cultura Ballroom oferece um senso de pertencimento e família para aqueles que estão à margem da sociedade, reforçando suas estruturas de apoio social. “Somos artistas com trajetórias diversas e é na cultura Ballroom que as nossas histórias se encontram”, reflete a diretora.

Em “ATRAQUE”, a presença e a potência de um corpo Ballroom transforma a realidade e coloca em xeque conceitos fundamentais dessa cultura que vivenciam. Sendo assim, a peça convida a explorar o cotidiano de uma “house”, ou casa — como são conhecidas as estruturas de organização —, expondo as contradições que emergem quando se escolhe compartilhar o mesmo espaço e viver em coletividade. 

Neste cenário, a coreografia possibilita ao corpo inverter seus modos de operar, seduzir, escapar e resistir num acontecimento dinâmico e furtivo, construído num território que sustenta sua própria continuidade. A melhor defesa é o ATRAQUE. “Celebraremos nossa existência juntas em cada sessão desta temporada e das próximas que virão. Estaremos a cada dia dispostas a aproximar o universo Ballroom da arte contemporânea, entendendo que mais do que um grande movimento artístico, a Ballroom é também uma possibilidade de vida”, conclui.

“ATRAQUE” é um projeto realizado pela House of Mamba Negra e apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Paulo Gustavo.


HOUSE OF MAMBA NEGRA

A House of Mamba Negra é um coletivo interestadual de cultura ballroom que nasceu em 2019 e hoje tem atuação em quatro capitais: Brasília, Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro, sendo liderada por pessoas trans em cada uma delas. A House reúne hoje cerca de 50 pessoas com interesses em pesquisa e formação em áreas como artes visuais, performance, moda, audiovisual, música, educação e produção cultural. O principal ponto de contato entre essas pessoas é promover o corpo como potência de criação e garantir a continuidade de narrativas não-normativas. A equipe que compõe o projeto de ATRAQUE e a House of Mamba Negra já desenvolveram trabalhos no Festival Panorama, Escola de Artes Visuais do Parque Laje, Galpão Bela Maré, Museu de Arte do Rio, Museu do Amanhã, Museu da Língua Portuguesa, CCBB RJ, SESC – SP, L’Oreal Brasil, Netflix Brasil, ImPulsTanz e ONU. 

 

SERVIÇO

Classificação: 14 anos

Duração: 50min 


TEATRO DA UFF 

Endereço: R. Miguel de Frias, 9 – Icaraí, Niterói

Data: 31 de julho (Quarta-feira)

Horário: 19h

Ingressos: R$5, preço único (na bilheteria do teatro ou online no Guichê Web)

 

Ficha Técnica:

Realização: House of Mamba Negra

Direção geral: Wallace Ferreira / Patfudyda 

Produção executiva: Mario Netto / Germanetto

DIreção assistente e preparação corporal: Allenkr Soares

Performance: Idra Maria, Kali, Leona Mamba Negra, Gabe Arnaudin, Laxxota e Shade Arruda

Design e operação de som: Bida Sarô

Figurino: Idra Maria, Kali e Germanetto

Assistência de produção e Adereços: Azre Maria Tarântula Mamba Negra

Violinista: Gabe Arnaudin

Hairstyle: Shade Arruda

Identidade Visual: Renan Graccowvisk | GRCK. Studio 

Iluminadora: Dafne Rufino

Redes sociais e assistente de produção: Caduda Mexias

Consultoria de acessibilidade: Larissa Ferreira

Formação de plateia: Nana Rosas

Assistente de produção: Isadora Maria

Parceria: Quafá Produções

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