Periodo de eleições gerais, a divulgação de fakes tomou sérias proporções. Isso porque nem sempre é checada a veracidade da informação, sua procedência.
Sobre a prevenção contra as Fakes News, reproduzimos, na íntegra, matéria que nos foi enviada ela jornalista Camila Oliveira, a quem agradecemos.
“A popularização das redes sociais digitais facilitou o compartilhamento de notícias e transformou o cidadão comum em potencial produtor de conteúdo, bastando apenas ter acesso a um dispositivo móvel conectado à internet. No entanto, outro fenômeno ganhou maiores proporções: a difusão de boatos. É nesse contexto de viralização de mensagens e produção de conteúdo por múltiplos emissores que a detecção de boatos e a identificação de suas origens desafiam o trabalho dos profissionais que lidam com redes sociais, especialmente devido aos potenciais impactos que essa dispersão pode trazer à imagem e à reputação institucionais.
Abaixo, a mestranda em Criação e Produção de Conteúdos Digitais Isabela Pimentel – também especialista em Comunicação Organizacional
Integrada e que comanda o portal
http://www.comunicacaointegrada.com.br/ – elabora 32 perguntas que ajudam o internauta a identificar um boato antes de compartilhá-lo e disseminar boatos.
No título
- As manchetes têm caracteres pouco usados, como ponto de
exclamação e letra maiúscula para chamar atenção?
- As chamadas começam com palavras sensacionalistas como
“INCRÍVEL”, “ALERTA”, dentre outros?
No texto
- Há uma formatação incorreta e fora dos padrões?
- Há uso exacerbado de adjetivos?
- São verificados muitos erros de ortografia?
- As datas são verdadeiras ou é uma notícia ou boato antigo
sendo novamente compartilhado?
- O texto tira o crédito de outros e diz ser a revelação de um
fato ocultado pela mídia tradicional?
Fotos
- As imagens parecem reais ou manipuladas?
- É possível encontrar a foto original fazendo a chamada busca
reversa da imagem? (Sugestão: use aplicativos como Tineye ou o próprio Google e Bing)
- A foto usada na matéria tem citado de onde foi retirada (fonte)?
Tom
- Essa reportagem tem tom de brincadeira ou ironia?
- É uma paródia de algum acontecimento recente?
Fonte
- O texto, vídeo ou áudio está sendo compartilhado sem atribuição clara de ao menos uma fonte?
- Os especialistas consultados são conhecidos?
- Esses profissionais são credenciados a instituições renomadas?
- A fonte a qual é atribuída a notícia tem uma boa reputação?
- A fonte é reconhecida como autoridade em seu meio?
- É possível identificar a fonte original e primária de onde partiu a informação? (transparência das fontes é um critério para o fact
checking)
- Isso consta nos canais oficiais do órgão citado na matéria falsa ou no boato?
- É possível obter outra versão do dado, consultando a assessoria do órgão oficial citado?
- As fontes de onde o autor da notícia retirou os dados são claras?
Checagem
- Analise o site: esse canal costuma publicar notícias assim, para conseguir likes?
- Essas fontes podem ser rechecadas e consultadas?
- É possível fazer o cruzamento de fontes (digite essa informação em algum mecanismo de busca e veja se foi reproduzida em outros canais)
- É possível consultar o histórico da página que publica a informação?
- Quem deu as declarações são autoridades no assunto ou perfis fake?
Reprodução
- Essa notícia foi publicada em outros sites?
- Essa notícia foi compartilhada por algum órgão oficial?
- Essa notícia está sendo compartilhada nas redes sociais?
- A versão da notícia foi esclarecida por sites especializados em checagem, como Agência Lupa, E-farsas e boatos.org?
- Há fontes de apoio que confirmam o que a notícia diz?
- Perfis fakes nas redes sociais estão contribuindo para a difusão dessa notícia?
Alguns sites que poderão te ajudar
– http://piaui.folha.uol.com.br/lupa/
– http://www.boatos.org/ <http://www.boatos.org/>