Coronavírus: Vigilância Sanitária reforça protocolos para sair e entrar em casa que ajudam a diminuir riscos de contaminação em Rio de Janeiro

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Uma das principais medidas de enfrentamento ao coronavírus (Covid-19) é o isolamento social com atenção redobrada aos protocolos de higiene, em especial, a lavagem correta e frequente das mãos com água e sabão líquido. No entanto, há os que necessitam sair de casa, como os profissionais de saúde, os que têm urgência de um produto e não podem aguardar a entrega da farmácia ou do supermercado, ou ainda quem precisa dar uma rápida volta com o animal de estimação. A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses da Prefeitura do Rio reuniu algumas ações a serem adotadas ao sair e ao chegar em casa, que ajudam a reduzir os riscos de contágio da doença.

Entre as orientações, a Vigilância Sanitária, pasta vinculada à Secretaria Municipal de Saúde, recomenda proteger os braços com o uso de peças de mangas longas; manter os cabelos presos e evitar brincos, anéis e pulseiras; e, se possível, não utilizar transportes públicos. Caso a pessoa tenha algum sintoma de gripe, antes de sair, uma opção é usar máscara, de preferência, de tecido e individual, a ser lavada assim que chegar em casa.

– Tudo é novo nesta pandemia, como as máscaras, que têm demandado muitas dúvidas da população, e se forem usadas indiscriminadamente e sem protocolos de colocação, retirada e descarte, aumenta os riscos de contaminação. Uma coisa é a máscara cirúrgica, EPI (equipamentos de proteção individual) para profissionais de saúde e das atividades de interesse de saúde (como cuidadores de idosos e esteticistas), de trabalhadores de segmentos específicos, como o de funerárias, e ainda recomendada para grupos de pacientes em hospitais e para quem tem sintomas de gripe ao sair à rua. Outra coisa é a máscara de pano, que deve ser de tecido duplo e pode ser usada por qualquer pessoa como barreira mecânica por ajudar a diminuir a disseminação do vírus, mas apenas por pessoas sem sintomas ou pré-sintomáticas. Mas como não tem capacidade de filtragem, essa máscara não protege quem a usa e acaba criando uma falta sensação de segurança – alerta o médico-veterinário Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância.

Protocolos das máscaras – Ainda sobre o uso das máscaras cirúrgicas, Flávio Graça ressalta que, tanto na colocação quando na retirada, é preciso muita atenção para não haver contaminação, começando pela higienização das mãos. Este EPI não pode ser reutilizado e precisa ser substituído em, no máximo, quatro horas, com o descarte em sacos plásticos dobrados e vedados. A troca também deve ser feita se o profissional sair do ambiente inicial ou for atender outro paciente. Quanto à máscara de pano, ela é de uso individual, deve ser feita em tecido duplo e higienizada após cada uso, e jamais ser utilizada por profissionais da saúde.

Na rua – Quem for à rua sem proteção e sentir vontade de tossir ou espirrar deve lembrar de nunca recorrer as mãos. O protocolo é cobrir a área da boca e do nariz com o cotovelo ou um lenço descartável que em seguida – como as máscaras cirúrgicas – deve ser acondicionado em um saco plástico duplo e imediatamente fechado com nós e depositado em lixeira com tampa acionada por pedal, sem uso das mãos. Já quem precisa sair com o pet, a orientação é estar atento e não deixar que ele se esfregue em paredes, pilastras ou outros lugares. Sobre o uso de dinheiro, quando não puder ser evitado, busque imediatamente meios de higienizar as mãos: água corrente e sabão líquido ou álcool 70% em gel. E é sempre bom reforçar as recomendações básicas de manter distância de, pelo menos, um metro e meio das outras pessoas e não tocar o rosto antes de lavar as mãos.

Ao chegar em casa, é fundamental que a pessoa cumpra, antes, os protocolos de higiene. Comece tirando os sapatos e deixando na entrada. Em seguida, retire as roupas que, de preferência, devem ser lavadas ou, pelo menos, mantidas em uma sacola plástica até serem utilizadas novamente. A lavagem das peças deve ser feita com alvejante, se possível, acima de 60°. Quanto às bolsas, carteira e chaves, deixa-as em uma caixa na entrada da casa e, assim que possível, tome banho. Se não puder, lave bem todas as áreas expostas, como mãos, punhos, rosto e pescoço. Para quem levou o cão, é fundamental desinfetar também as patinhas do animal.

– Todo o cuidado é pouco quando falamos de prevenção e combate a uma pandemia. A começar pela higienização constante das mãos e de objetos como celular e óculos. São protocolos que ajudam a reduzir os riscos de contaminação. Também é muito importante manter a distância mínima de um metro e meio de outras pessoas, evitando dividir espaços pequenos, como elevadores. Neste momento, o ideal é optar por um aceno como sinal de cuidado e segurança com a sua vida e a do próximo – ressalta a médica-veterinária Mônica Valim, coordenadora do Núcleo de Integração de Fiscalização em Ambientes de Trabalho (Nifat) da Vigilância Sanitária.

Essas e muitas orientações são reforçadas na série de boletins informativos que a Vigilância Sanitária vem produzindo desde o último dia 14 de março, com base em legislações, resoluções e normas sanitárias de órgãos como o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre os materiais, há conteúdos específicos para a população (como o boletim informativo de compra e conservação de alimentos) e para estabelecimentos de diversas áreas, como saúde, indústrias de alimentação e serviços funerários.  As recomendações de prevenção ao Covid-19 podem ser conferidas no link https://bit.ly/33S1TWc.

Atendimentos a denúncias – A produção de boletins informativos é uma das muitas medidas adotadas pela Vigilância Sanitária, que readequou suas ações para, neste período de isolamento, manter o atendimento público das 11h às 15h em suas unidades de fiscalização, além das cirurgias de urgência nas duas unidades de zoonoses. O órgão segue ainda com equipes de plantão 24 horas para inspeções referentes a demandas da Central 1746, em especial, às relativas ao coronavírus.