O presidente da Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (AgeRio), Alexandre Rodrigues, participou na tarde desta quinta-feira (21/05), de uma live com o secretário estadual de Turismo, Otávio Leite, promovida e transmitida através das redes da Associação Apresenta Rio. O presidente da agência estadual de fomento fez um breve balanço, desde o início da sua gestão à frente da AgeRio:
– Reformulamos diversos processos, criamos o Crédito Simplificado e começamos a acelerar o número de concessões. Injetamos o montante recorde de aproximadamente 150 milhões em novos financiamentos para as empresas fluminenses no ano passado. Saímos de 310 clientes em janeiro de 2019 e atualmente já estamos batendo a marca de 1.000 clientes atendidos pela agência. Em pouco mais de um ano triplicamos a quantidade de operações – ressaltou Alexandre Rodrigues.
Respondendo às perguntas dos participantes da live sobre o crédito emergencial, o presidente da AgeRio explicou que também foram criadas novas regras e aperfeiçoado processos a fim de atender a maior demanda possível neste momento de crise.
– Em três dias de abertura do programa de crédito emergencial recebemos seis vezes mais solicitações de financiamento do que tínhamos de recursos disponíveis em caixa. Somando os recursos próprios da agência com os dos fundings que operamos, tínhamos uma provisão de R$ 330 milhões para emprestar, sendo que recebemos cerca de R$ 1,8 bilhão em pedidos. Então, com a orientação do nosso secretário Lucas Tristão, de buscar otimizar a concessão dos créditos para o maior número de possível de clientes, limitamos os empréstimos a três vezes o valor do faturamento aferido pelas empresas em janeiro de 2020 e criamos o critério de conceder o montante de até 21 mil por empregado mantido na folha de pagamento – explicou Alexandre, estimando que essas medidas deverão proteger cerca de 14 mil empregos só do setor de turismo, entretenimento e afins.
Alexandre Rodrigues ressaltou também o trabalho incessante da AgeRio em buscar novos recursos financeiros para apoiar o empresariado fluminense dos diversos segmentos da economia.
– Em especial para o setor de turismo, indústria do entretenimento, eventos e afins, estamos com uma grande expectativa de receber mais recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur). Já recebemos 20 milhões do Fungetur, mas sabemos que se trata de um montante insuficiente para atender às demandas do empresariado em dificuldades. Na última quinta-feira, enviamos novamente ofício ao Ministério do Turismo informando das atuais demandas no Rio de Janeiro, das empresas do setor que já estão cadastradas na AgeRio. São cerca de 500 milhões em pedidos de financiamento por parte dessas empresas, que vem enfrentando sérias dificuldades – afirmou o presidente, acrescentando que, no momento, também estão pleiteando junto com secretaria de Desenvolvimento Econômico, outras fontes de recursos de fundos e organismos internacionais.
O secretario de Turismo, Otávio Leite, compartilhou a grande preocupação neste momento dos empresários e profissionais do setor e ressaltou o compromisso que tem visto do presidente da AgeRio em buscar soluções para ajudar a superar esta crise “que atinge em cheio o coração do turismo do Brasil, que é o Rio de Janeiro”.
– Antes da gestão do Alexandre Rodrigues à frente da AgeRio não havia a possibilidade de acesso aos recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) do governo federal. O Rio de Janeiro representa 11% do PIB do país e o setor de turismo e seus segmentos são a vocação mor da economia do estado. Com esses recursos, que esperamos que ultrapasse a casa dos R$ 500 milhões, será possível socorrer com empréstimos em condições especiais toda a cadeia produtiva que vai desde a hotelaria, passando por bares e restaurantes até os profissionais autônomos e dos segmentos de eventos e entretenimento – concluiu Otávio Leite.
Abaixo seguem outros tópicos abordados pelo presidente da AgeRio durante a live da Associação Apresenta Rio:
IMPORTÂNCIA DO FREMF
O presidente da AgeRio destacou também a importância da tramitação dos recursos do Fundo de Recuperação Econômica dos Municípios Fluminenses (FREMF) que o governador Wilson Witzel aprovou para injeção no Programa de Crédito Emergêncial e que vai possibilitar a concessão de R$ 125 milhões em linhas de crédito para ajudar atenuar os efeitos da crise na economia fluminense.
PRAZO DAS LIBERAÇÕES
“Estamos trabalhando muito para acelerar o prazo, pois entendemos que está aquém das necessidades dos microempreendedores e empresários nos dias atuais. Hoje, aproximadamente 70% da totalidade dos nossos recursos humanos (na casa de 130 funcionários) estão trabalhando na área de operações e análise de crédito. Estamos buscando todas as formas de otimizar o processo com as novas tecnologias a fim de ganhar o máximo de agilidade nas análises. Antes, normalmente, tínhamos 40 procedimentos relativos às análises e aprovações de créditos. Estamos trabalhando para reduzir para a casa dos dez (10). Nos próximos dias, acredito que poderemos dar uma resposta muito mais rápida ao cliente com todo esse trabalho”.
BNDES
“Desde 2016, a AgeRio não conta com repasse de recursos do BNDES em função do regime de recuperação fiscal do estado. Já tivemos diversas reuniões desde o ano passado, junto com a nossa diretora Dara e equipe, para poder voltar a trabalhar as linhas de crédito do BNDES às empresas fluminenses. Com a pandemia, estreitamos o diálogo com os dirigentes do banco e esperamos contar em breve com a possibilidade de efetuar esses repasses novamente, principalmente durante a crise e também no pós-pandemia, que será muito importante. Os desafios são grandes. Mas vamos superá-los e seguir em frente”, finalizou Alexandre Rodrigues.