Centro de Artes Hélio Oiticica é reaberto com mostra imersiva sobre a os acessos de exposição na era da digitalização

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A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, reabrirá neste sábado (6/5) a Galeria 8 do Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, na Praça Tiradentes. É a maior galeria daquele equipamento, com aproximadamente 380m². A abertura vai das 13h às 17h, com entrada gratuita.

Em obra desde novembro, a galeria instalada no terceiro andar recebe uma nova exposição para marcar a retomada: “Tamagotchi_balé”, da artista Anna Costa e Silva, uma experiência imersiva com vídeos, performances e instalações sonoras que refletem sobre distopias digitais, algoritmos e afetos mediados por big techs na era da digitalização.

O trabalho tem início com um sonho de Anna Costa, no qual “estava fazendo um curso de futuro para viver numa sociedade neo liberal ao extremo, em que as relações e o amor eram proibidos por lei”. Para compor este projeto, ela convidou a artista Darks Miranda. A mostra foi financiada com recursos do Fomento à Cultura Carioca, mantido pela Secretaria de Cultura.

Para quem quiser aproveitar para esticar o programa, pode conferir ainda a abertura da mostra “Exportações de linguagens” na Sala Multiuso 1 do espaço. O termo foi empregado pelo artista Victor Rocha, que apresenta diferentes técnicas, superfícies, texturas, formatos e linguagens que chamam a sua atenção desde seus primeiros contatos com a arte ainda em São Paulo no ensino básico. No auditório, a peça “Aimberê” é mais uma opção no equipamento. Ela conta a saga de um herói brasileiro enterrada nas linhas curvas da história de terras brasis! “Aimberê surge no chamamento da terra para cantar e dançar suas pajelanças, como grande guerreiro tamoio último, nos seios da Guanabara.”

O Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica foi fundado em 1996. César Oiticica Filho, sobrinho de Hélio, é o diretor artístico do espaço e gestor do seu legado. São três andares, sendo seis espaços de exposição, duas salas multiuso, dois mezaninos, sala de leitura, auditório com cem lugares e um café/restaurante. O edifício foi construído em 1872 para sediar o Conservatório Nacional de Música, ampliado em 1890, sob a orientação do arquiteto italiano Sante Bucciarelli.

O térreo e o 1° andar são ocupados pelo Programa Hélio Oiticica, uma plataforma experimental que coloca a obra do artista como um campo de experiências transdisciplinares em diálogo com obras de outros artistas de diferentes períodos, também com aulas, performances, peças teatrais, exposições, intervenções e estudos do corpo, entre outros. No segundo andar ficam expostas algumas obras do artista pertencentes à família.

 

Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica

Rua Luís de Camões, Praça Tiradentes, 68, Centro – 2242-1012

Seg a sáb, das 10h às 18h. Grátis.

 

Exposição: “Tamagotchi_balé’ (Galeria 8)

Abertura: 6/5 – 13h às 17h. Até 3/6. 14 anos

 

Exposição: “Exportações de linguagens” (Sala Multiuso 1)

Até 3/6. 12 anos

 

Peça: Aimberê (Auditório)

Sessões de qui a sáb, às 16h.

Até 28 de maio. 14 anos