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Vivendo momento único na carreira, porta-bandeiraThaís Romi celebra chegada na São Clemente e projetos em conjunto com a escola 

Determinada e apaixonada pelo que faz, Thaís Romi está sempre buscando novos desafios e a chegada à São Clemente trouxe exatamente o que a profissional, que há duas décadas está à serviço do carnaval, passou um longo tempo amadurecendo. 

“Comecei a dançar ainda criança, uma história muito recorrente dentro do carnaval, e sempre pensei em formas de compartilhar os saberes e as experiências que tive ao longo da minha carreira, descobrindo e formando novos talentos”, diz a porta-bandeira.

Junto com o parceiro Alex Marcelino, ela comandará o projeto da São Clemente para formação de casais. A ideia é, além de ensinar e motivar os primeiros passos na dança do mestre-sala e da porta-bandeira, promover atividades para que os alunos também entendam que a função exige muito mais do que talento. 

“Nós temos uma rotina que envolve muito treino e dedicação, além dos ensaios. São mais de 10 horas por semana e, nos meses que antecedem o carnaval, em horários alternados, entre outras adversidades que temos que superar. Sem contar que para nós, porta-bandeiras, existe também a questão do figurino que é sempre um diferencial”, diz ela, que sempre tenta inovar  no quesito figurino. Para a final de sambas da preta e amarela, por exemplo, Thaís usou um figurino que fugiu do brilho das pedras muito usadas pelas profissionais do segmento, e apostou em um vestido pintado a mão homenageando São Francisco, padroeiro dos animais, confeccionado pelo ateliê Fabiano Fernandes.

“Eu adoro pesquisar e encontrar soluções. Gosto das pedras, mas tenho apostado em outras soluções que rendem muito. Muitas das vezes, eu mesma bordo minhas roupas e isso acaba sendo uma terapia também”, diz a porta-bandeira. 

Esta experiência, no entanto, não é a única que Thaís está vivenciando em sua nova escola. A porta-bandeira, que fora do carnaval atua como fonoaudióloga, também está responsável pela preparação vocal de Rafael Tinguinha, intérprete da escola para o carnaval 2025.

“Este é um trabalho que já venho realizando há algum tempo em parceria com a Roberta Camacho, com intérpretes para potencializar a voz desses profissionais e com o Tinguinha vem sendo uma experiência maravilhosa . Esse  acompanhamento fonoaudiológico ajuda a explorar o potencial vocal e reduzir os danos causados pelo seu uso excessivo. Durante a terapia, a gente consegue melhorar, por exemplo, a ressonância, a entonação, a projeção, a articulação, a respiração desta pessoa por meio de exercícios que podem ser realizados diariamente, visando a manutenção da qualidade da voz, exercícios para o dia em que a pessoa for cantar ou para aquecimento e crescimento”, diz Thaís que já trabalha com outros intérpretes do carnaval como Tem-Tem Jr (Ilha), Charles (Em Cima da Hora) e Tiganá (Estácio).

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