A Escola de Samba Unidos da Tijuca definiu na madrugada de domingo (23/10) o seu hino que servirá de trilha sonora para o carnaval 2023. A escola apresentará o enredo “É onda que vai… É onda que vem… Serei a Baía de Todos os Santos a se mirar no samba da minha terra”, do carnavalesco Jack Vasconcelos.
A agremiação, que recebeu onze composições inscritas na safra mais elogiada de sua história, escolheu o samba da parceria de Julio Alves, Claudio Russo e Tinga. A amarelo ouro e azul pavão contará na Avenida as histórias das águas da Baía de Todos os Santos, com enredo assinado e desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos.
A parceria campeã é formada por um trio de grandes nomes: Julio Alves é autor do samba exaltação “O dia vai chegar”, Claudio Russo é multicampeão de belos sambas do carnaval e estreou na ala de compositores da Unidos da Tijuca esse ano com pé quente e Tinga foi intérprete oficial da escola entre os anos de 2014 a 2018.
Confira a letra e ouça o áudio do samba-enredo vencedor:
Compositores: Julio Alves, Cláudio Russo e Tinga
Oh! Mãe deste meu espelho D água
O mar interior tupinambá
Kirimurê das ondas mansas
Onde aprendi a navegar
No primeiro de novembro
Da real capitania
No olhar dos invasores
A cobiça, a maresia
Nesse eterno dois de julho
Sou caboclo rebelado
Terra que banho de luta
Pau Brasil, barril dobrado
Iluayê toca o sino da igrejinha
Ilêayê atabaques e agogôs
Pra louvar meu Santo Antônio
Pra saudar meu pai Xangô (kaô meu pai kaô)
Beira de baía que deságua minha fé
Pode ser na missa, ou no xirê do candomblé
Marinheiro só, marinheiro só
O leme do meu Saveiro
Quem conduz é o pai maior
Bota dendê e um “cadinho” de pimenta
Que a marujada vem provar o vatapá
É no mercado, na Lapinha, ou na Ribeira
Se tem samba e capoeira
Camafeu também está
Odoyá Mamãe sereia
Orayeyeô Mamãe do Ouro
No encontro dessas águas, reluziu o meu tesouro
Opaí ó! É carnaval, onde a fantasia é eterna
Com a Tijuca, a paz vence a guerra
E viver será só festejar (bis)
Um banho de axé, pra purificar
Um banho de axé nas águas de Oxalá
Sou tijucano rompendo quebrantos
Eu canto a Baia de Todos os Santos