A diretoria da Escola de Samba Portela vai plantar um baobá no Parque Madureira, nesta sexta-feira (20/11), feriado pelo Dia da Consciência Negra, às 10h, como forma de homenagear a memória de todos os portelenses que faleceram desde o mês de março, vítimas da Covid-19. A simbologia e a história das imponentes árvores de origem africana serão retratadas no enredo “Igi Osè Baobá”, dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, que a Azul e Branco apresentará no próximo carnaval.
Na tradição africana, baobás são pontes que unem os vivos e os mortos. Era comum, por exemplo, os griôs (anciãos mais sábios) serem sepultados no tronco de baobás, para que, enquanto a árvore permanecesse viva, eles continuassem “aconselhando” a comunidade. A Árvore da Vida, como é apelidada por muitos povos, também representa ancestralidade, origem, pertencimento e resistência.
“O baobá é tão significativo para a cultura afro-brasileira, que sua presença física torna-se obrigatória em Madureira, o bairro que melhor simboliza esta tradição”, explica o presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães.
O plantio da muda será acompanhado de uma cerimônia para celebrar o Dia da Consciência Negra, às 10h, perto da entrada principal do Parque Madureira (Rua Soares Caldeira, 115). O evento contará com a presença de membros da diretoria e de segmentos da agremiação, além de representantes da administração do Parque.