A Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel escolheu o samba-enredo que apresentará na Sapucaí, no próximo carnaval. Sagrou-se campeã do concurso de samba-enredo da agremiação a parceria dos compositores Diego Nicolau, Richard Valença, Orlando Ambrósio, Gigi da Estiva, W. Correa, Leandro Budegas e Cabeça do Ajax.
A Verde e Branco de Padre Miguel será a terceira agremiação a se apresentar no domingo de carnaval (19/02/2023), pelo Grupo Especial da Liesa, com o enredo “Terra do meu céu, Estrelas do meu chão”, de autoria do carnavalesco Marcus Ferreira. O enredo focalizará o trabalho dos artesãos do Alto do Moura, em Caruaru, interior de Pernambuco, que deram sequência ao trabalho com esculturas de barro iniciado por Mestre Vitalino.
Especialista em cultura popular, o carnavalesco Marcus Ferreira diantou que os protótipos estão todos prontos e que a reprodução de fantasias das alas já começou.
Presente à festa, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, falou à quadra lotada, manifestando o grande orgulho de sua cidade em ser tema de carnaval no Rio de Janeiro, principalmente por uma escola do porte da Mocidade.
Conheça o samba campeão da Mocidade – Carnaval 2023.
“Terra de meu Céu, Estrelas de meu Chão”
Autores: Diego Nicolau, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva, W Correa, Leandro Budegas e Cabeça do Ajax
Intérprete: Nino do Milênio
Senhor que fez da arte mundaréu
Em suas mãos Padre Miguel
Concebeu a criação
Plantou sua missão, fez do sertão, barro tauá!
Jardim no agreste floresceu
Regado ao firmamento de meu Deus
A lida pra viver, da lama renascer
Marias e Josés no céu que moram pés, raiz!
Fiel retrato desse meu País
Segue o carro de boi
O peão no barreiro
Ó rainha bonita
Sou teu rei, cangaceiro
É a vida um xadrez
Pra honrar seu legado
Quem foi que fez?
Foi Deus do barro
Molha Pedro minha terra
Chão de estrelas de João
Traz Antônio minha amada
Padim Cícero Romão
Alumia o teu povo em procissão!
Chega folia, chega cavalo marinho
Lindas flores no caminho
O Nordeste coloriu
E “de repente” essa gente independente
Faz da greda seu batente
Molda um pouco de Brasil
Amassa, deixa arder o massapé
lá no meu Alto do Moura, um pedacinho de fé
A massa, força de mandacaru
Lá no meu Alto do Moura fiz brilhar caruaru
Ê meu cardeá! Sou a chama do braseiro!
Nordestino, retirante da saudade
Mais um filho desse solo pioneiro
Um artista esculpindo a Mocidade