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Carnaval 2019 – Mestre Washington Paz comemora dez anos à frente da bateria da Inocentes de Belford Roxo

Com dezesseis anos de agremiação, mestre Washington Paz completa, neste carnaval, 10 anos no comando do coração da “Cadência da Baixada”, como é conhecida a bateria do GRES Inocentes de Belford Roxo.

O êxito do trabalho vem de muita dedicação: “Confio no meu pessoal.

Hoje trabalhamos com um efetivo de mais de 70% de ritmistas da casa.

Esse é o segredo do sucesso”, avalia Washington.

No ano em que o Sambódromo completa 35 anos de existência, Washington comemora o tempo de carreira dedicado à Escola da Baixada Fluminense.

E motivos para comemorar não faltam. No último carnaval, a bateria da agremiação alcançou a pontuação máxima e conquistou vários prêmios importantes no seu segmento.

Ao longo dos anos a inovação tem sido uma grande aliada da bateria da Inocentes. O mestre tem um gosto eclético pela música e utiliza gêneros musicais inusitados como o hip hop e o charme no seu processo de criação, além de um estudo minucioso sobre o enredo.

Além disso, Washington trouxe diferentes novidades para a bateria como bossas ousadas e coreografias em momentos específicos para os ritmistas. E é com esse desejo que o mestre pretende manter a nota máxima no quesito no desfile deste ano.

Para brindar o público na sexta-feira de carnaval (01/03), o mestre preparou duas bossas, além de pedir aos seus ritmistas que se divirtam na hora do desfile. Mais uma surpresa para quem estiver na Sapucaí na próxima sexta, Washington Paz vai se caracterizar de um personagem muito popular.

Fruto das Escolas mirins, Inocentes da Caprichosos, Corações Unidos do Ciep, Império do Futuro e Miúdos da Cabuçu, o eterno ritmista, como se define, Washington, aos 7 anos de idade, viu na música a oportunidade de escrever capítulos diferentes de muitos amigos da comunidade onde morava.

De uma família de músicos, os primeiros passos foram na Caprichosos de Pilares, celeiro de muitos bambas como os mestres de bateria, Paulinho Botelho e Rodnei, além do Carlinhos de Pilares, Jackson e da nova geração de sambistas, os intérpretes, Thiago Brito e Zé Paulo Sierra.

E tanta experiência no mundo do samba o levou ao comando da bateria da Caçulinha da Baixada em 2010 com mais dois mestres de bateria, Douglas Botelho e Jean de Pilares, a convite do Presidente Reginaldo Gomes.

 

“A ousadia se tornou uma das minhas maiores características. Quando cheguei na Inocentes, até me tornar mestre levou algum tempo. Entendi e respeitei as características da bateria, mas fiz as mudanças que julguei necessárias. Hoje vejo que deu certo. Ali somos uma família”, ressalta o mestre.

Prova dessa união foi a bossa que contagiou a Sapucaí no carnaval de 2018, que reproduziu sons de atabaques mas sem trazer esses instrumentos. Com uma tacada de mestre, transferiu para o surdo e repique mor o batuque africano.

Querido por muitos mestres, o líder dos ritmistas de Belford Roxo vai emprestar o seu dom artístico para algumas Escolas do Grupo Especial, Série A e também participará do carnaval da Intendente Magalhães.

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