Cantora e compositora Angela Ro Ro eternizada no Museu da Imagem e do Som

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A escolhida para ser homenageada no mês de fevereiro no projeto Depoimentos para a Posteridade do MIS / Museu da Imagem do Som – equipamento da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa – será a cantora e compositora Angela Ro Ro. O evento acontece na tarde do dia 13/02, às 14h, na sede da Praça XV, Centro do Rio.

Entre os escolhidos para o debate estão a compositora, escritora e produtora Ana Terra, a jornalista Lúcia Leme, o músico Ricardo Mac Cord, o jornalista e pesquisador Rodrigo Faour e a diretora, atriz, produtora e cantora Sandra Pêra. Vale lembrar que o auditório tem capacidade para 50 pessoas, por isso é bom chegar cedo para garantir o lugar. A entrada é franca.

Nascida no Rio de Janeiro, em 5 de dezembro de 1949, no bairro de Copacabana, Angela Maria Diniz Gonçalves ganhou o apelido de Ro Ro por conta de sua voz rouca, uma de suas marcas registradas. Aluna de colégio de freiras, fã de Noel Rosa, Frank Sinatra, Maria Bethânia e dos Beatles, aos seis anos já havia composto sua primeira canção, uma guarânia, no acordeão.

Em 1971, foi para Londres, onde alternou pequenos trabalhos como faxineira e garçonete com a vida de cantora e pianista. Nesse período chegou a participar da gravação do disco “Transa”, de Caetano Veloso, tocando gaita. Em 1974, volta para o Brasil e passa a se apresentar em casas noturnas cariocas. Em 1976, faz seu primeiro show para um grande público, no Festival Som, Sol e Surf, produzido por Nelson Motta.

Em 1979, aos 30 anos, ela grava o primeiro disco, o LP “Angela Ro Ro”, pela Polygram, produzido por Paulinho Lima, com arranjos de Antônio Adolfo em diversas faixas. No repertório, canções como “Mares de Espanha”, “Gota de sangue”, “A mim e a mais ninguém” (com Sergio Bandeyra), “Agito e uso” e “Balada da arrasada”, “Tola foi você” e “Amor, meu grande amor”, Estas últimas viraram sucessos espontâneos nas rádios e renderam a ela o título de “revelação do ano” pelo Jornal do Brasil.

Com 40 anos de carreira, dezenas de sucessos gravados por nomes como Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Marina Lima e Frenéticas, Angela Ro Ro deu uma guinada em sua vida no final dos anos 1990. A virada do século XX para o XXI encontrou a cantora em um outro momento, deixando de lado uma vida turbulenta regada a bebida e drogas, para se reinventar. Além de retomar sua carreira, ela exerce outras atividades como a de apresentadora dos programas “Escândalo” (Canal Brasil), nome de uma música dedicada a ela por Caetano Veloso, e “Nas ondas da Ro Ro”.

Em 1966, o MIS-RJ, inaugurou o projeto Depoimentos para a Posteridade, inédito programa de história oral criado para preservar a memória de diversos setores da cultura nacional, tais como a música, a literatura, o cinema e as artes plásticas. Atualmente, conta com um acervo de mais de mil depoimentos, com quatro mil horas de material, gravado em áudio e vídeo, de figuras notáveis como Nelson Rodrigues, Tarsila do Amaral, Fernanda Montenegro, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Nelson Motta, Ary Fontoura, Antonio Fagundes, Nicete Bruno, Zezé Motta, Neguinho da Beija-Flor, Zeca Pagodinho, Paulo César Pinheiro, Daniel Filho, Geraldo Azevedo, Dori Caymmi, Zé da Velha, Riachão, Antonio Cicero, Ronaldo Bastos, Paulo Barros, Roberto Menescal, Cesar Villela e Joyce Moreno, entre outros. Vale lembrar que todas as gravações ficam à disposição do público, nas salas de consulta do MIS, 48 horas depois do término da entrevista.

SERVIÇO

Projeto Depoimentos para a Posteridade – Angela Ro Ro
Local: Museu da Imagem e do Som do RJ – Praça Luiz Souza Dantas, 01, Praça XV – Rio de Janeiro.
Tel: (21) 2332-9068
Data: 13 de fevereiro de 2018 (quarta-feira)
Horário: 14h
Entrada franca
Censura: Livre
www.mis.rj.gov.br