Em 2019 completa-se 10 anos que o criador do Teatro do Oprimido, o
dramaturgo Augusto Boal, fez a passagem. Para celebrar esta importante
data, o Centro de Teatro do Oprimido – CTO abre as portas de seu
casarão, na Lapa para constatar o quão vivo está o Teatro do Oprimido
e o CTO, no dia 05/06, a partir das 18h. O evento é com entrada franca.
A programação começa às 18h com apresentação do grupo Marias do
Brasil, com a peça de Teatro-Fórum “Nós não somos invisíveis”. O Grupo
é formado por trabalhadoras domésticas. Em seguida, uma roda
literária, com livros sobre o método publicados, após 2009, serão
apresentados e lançados. Cecília Boal, esposa do teatrólogo fala sobre
a trajetória de Boal no Teatro de Arena: “Cecília conta Boal”.
Encerrando o evento, os Curingas do CTO que trabalharam com Boal fazem
a roda de conversa “Os Curingas e suas cartas” sobre os principais
desafios e descobertas que realizaram com o teatrólogo. Os Curingas
pioneiros do CTO se juntam a atual equipe da instituição para
dialogarem sobre os desdobramentos e desafios enfrentado pelo método
após o falecimento de seu criador em 2009. Entre os temas abordados
estão a continuidade e sustentabilidade do método e da instituição, em
especial o atuais projetos: Circuito Teatro d@ Oprimid@ Petrobras,
patrocinado pela Petrobras, e o Ponto de Cultura, patrocinado pela
Secretaria Municipal de Cultura do Rio e o programa Cultura Viva.
Programação
18:00h – Abertura
18:30h – Peça de Teatro-Fórum – Marias Do Brasil
19:30h – Apresentação dos Livros
20:30h – Cecília conta Boal + vídeo
21:10h – Boal + 10 – Curingas e suas cartas
22:30h – Encerramento
Serviço
Boal Teatro do Oprimido + 10
Data: 05 de junho de 2019
Horário: das 18h até 22:30h
Local: Centro do Teatro do Oprimido – Av. Mem de Sá, 31, Lapa – Rio de Janeiro
Informações: (21) 2232-5826
ENTRADA FRANCA
O CENTRO DE TEATRO DO OPRIMIDO – CTO
Centro de pesquisa e difusão, que desenvolve a metodologia do Teatro
do Oprimido em Laboratórios, Seminários de Dramaturgia, ambos de
caráter permanente, para revisão, experimentação, análise e
sistematização de exercícios, jogos e técnicas teatrais. O CTO foi
dirigido por Augusto Boal ao longo de seus últimos 23 anos de vida, e
hoje sua equipe dá prosseguimento ao trabalho. A filosofia e as ações
da instituição visam à democratização dos meios de produção cultural,
como forma de expansão intelectual de seus participantes, além da
propagação do Teatro do Oprimido como meio da ativação e do
democrático fortalecimento da cidadania. O CTO implementa projetos que
estimulam a participação ativa e protagônica das camadas oprimidas da
sociedade, e visam à transformação da realidade a partir do diálogo e
de meios estéticos. Atualmente desenvolve os projetos Circuito Teatro
d@ Oprimid@, patrocinado pela Petrobrás, e Ponto de Cultura, com
patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio e do programa
Cultura Viva.
PROJETO CIRCUITO TEATRO D@ OPRIMID@ PETROBRAS
No projeto Circuito Teatro d@ Oprimid@ Petrobras 2018/2020, 10 grupos
populares coligados ao Centro de Teatro do Oprimido, pautados pela
diversidade de abordagens – “As Marias do Brasil”, “Pirei na Cena”,
“Panteras”, “Maremoto”, “Cor do Brasil”, “Madalena-Anastácia”, “Escola
de Teatro Popular”, “Madalenas Rio”, “Maré” 12, e “Ponto Chic”,
utilizam a Estética e o Teatro do Oprimido ocupando praças, ruas,
escolas, teatros e os mais diversos contextos sociais e espaços da
cidade com peças teatrais provocando reflexões, revelando as
injustiças e fazer ações sociais concretadas e continuadas. Além das
apresentações públicas, um projeto pedagógico batizado de Academia
Livre de Estéticas Libertadoras vai oferecer qualificação de bases
sólidas para a produção artística cujo programa contempla palestras e
seminários públicos de temas de interesse da sociedade.
GRUPO DE TEATRO DO OPRIMIDO MARIAS DO BRASIL
Marias do Brasil é um Grupo de mulheres trabalhadoras Domésticas
artistas-ativistas do Centro de Teatro do Oprimido que protagonizam a
discussão da legislação trabalhista para as trabalhadoras domésticas
através do Teatro Fórum. Fundado em 1998, em uma escola noturna onde
estudavam muitas trabalhadoras domésticas. A primeira reivindicação do
Grupo foi a carteira assinada. O Grupo produziu três espetáculos
teatrais: Quando os Verdes Dos Seus Olhos Se Espalhar nas Plantações
(que falava sobre a carteira assinada); Eu Também Sou Mulher (Que
falava sobre o Fundo de garantia obrigatório, e assédio Sexual) e Nós
Não Somos Invisíveis (que retrata o serviço Doméstico como origem da
escravidão). Todas as peças do Grupo abordam as injustiças sociais
sofrida pela categoria. O grupo conquistou vários prêmios, os mais
recentes foram: Em 2014, recebeu da Câmara Municipal do Rio de
Janeiro, pelos 16 anos de trabalho reconhecido a partir do projeto
para formação de Grupo Populares do Centro de teatro do Oprimido o
certificado de Moção Honrosa. Em 2015, conquista o prêmio Ações Locais
da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Em 2015 O Grupo
também participou de um importante evento, o I Festival Madalenas
Internacional de Teatro das Oprimidas na Patagônia Argentina. Em 2017,
o grupo conquista um dos mais recentes Prêmios Leandro Gomes de Barros
do Ministério da Cultura.
SINOPSE DA PEÇA DE TEATRO-FÓRUM “Nós Não Somos Invisíveis”: O
espetáculo retrata a origem do trabalho doméstico. Aborda as Leis
trabalhistas, que, apesar de serem obrigatórias, a categoria continua
sendo desrespeitada, quando se trata de seus direitos. As
trabalhadoras domesticas são na maioria composta por mulheres negras e
pobres, e sofrem as consequências concretas da desigualdade de classe
e raça no país.
FICHA TÉCNICA
Nome do Grupo: MARIAS DO BRASIL
Espetáculo: Nós Não Somos Invisíveis
Autoras: Criação Coletiva do grupo
Direção: Maria Izabel Monteiro
Direção Musical: Raphael Pippa
Elenco:Maria Izabel Monteiro, Maria da Paz Bento, Maria Antônia Alves,
Cleusa Lopes, Carla de Carvalho