Adeus,  Nélida Piñon 

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A cultura brasileira está triste. Faleceu neste sábado (17/12), na cidade de Lisboa, Portugal, a escritora carioca Nélida Piñon, aos 85 anos.  A causa da morte ainda não foi confirmada.

Integrante da Academia Brasileira de Letras desde 1989, Nélida foi a primeira mulher a presidir a ABL (1996/1997). Era a quinta ocupante da Cadeira 30, tendo sido eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda.

Nélida Cuíñas Piñón nasceu no Rio de Janeiro, em 3 de maio de 1937. Formou-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Também ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais cariocas. Sua estréia na literatura ocorreu com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, publicado em 1961.

Nélida Piñon estreou na literatura com o romance Guia-mapa, de Gabriel Arcanjo, publicado em 1961, que tem como temas o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus. No romance A república dos sonhos, baseado em uma família de imigrantes galegos no Brasil, ela faz reflexões sobre a Galícia, a Espanha e o Brasil.

Sua obra já foi traduzida em inúmeros países, tendo recebido vários prêmios ao longo de mais de 35 anos de atividade literária. Ganhou diversos prêmios, como o Pen Clube de Literatura por sua mais recente obra, Um Dia Chegarei a Sagres, lançada no final de 2020.

Autora de mais de 20 livros, entre romances, contos, crônicas e infantojuvenis, sua obra já foi traduzida em inúmeros países, tendo recebido vários prêmios nacionais e internacionais. Entre os prêmios ganhos, destacam-se o Prêmio Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (pela primeira vez para uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991; e o da APCA e o Prêmio Ficção Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A república dos sonhos”.

À família de Nélida Piñon, nossos sentimentos de pesar.

À Nélida Piñon, nossa saudade.