É cada vez maior o número de consumidores conscientes e responsáveis, ou seja, que se preocupam com os impactos gerados no meio ambiente por suas decisões de compras. Essas pessoas optam por comprar de empresas ambientalmente responsáveis e, também, se preocupam com os impactos gerados pelos seus hábitos de consumo, como o uso e descarte adequado dos produtos e os resíduos gerados. A nova pesquisa sobre consumo consciente do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), com 243 fluminenses, mostra que 76,1% dos entrevistados levam em consideração a preservação do meio ambiente em suas atitudes. Esse número corresponde a um aumento de 12,9 pontos percentuais em relação ao levantamento de 2019. Outros 17,3% não souberam informar e apenas 6,6% disseram não levar em consideração.
A sondagem também procurou saber se os fluminenses concordam em pagar por sacolas feitas de fontes renováveis – a preço de custo. O estudo mostrou que 58,4% dos entrevistados aprovam pagar pelas sacolas e 41,6% não concordam. Outro aspecto importante verificado na pesquisa, foi a disposição dos consumidores em devolver ao comércio embalagens ou produtos já utilizados para contribuir no processo de reciclagem. Cerca de 81,1% disseram que sim, estariam dispostos a devolver as embalagens após p consumo enquanto os que já fazem isso somam 14,4%. Somente 4,5% informaram que não fariam a devolução.
A postura dos consumidores em relação às embalagens apresentou melhora na comparação com a pesquisa anterior, na qual 94,4% devolveriam ou já devolvem as embalagens, contra 95,5% na pesquisa realizada em 2021. Para o IFec, isso comprova a maior percepção da importância atitudes individuais em prol do meio ambiente.
Devolução de embalagens
Também conhecida como logística reversa, a devolução de embalagens pós-consumo pode ser remunerada. Os entrevistados fluminenses foram indagados sobre o tema, e apenas 40% acham que precisam ser remunerados pela devolução das embalagens, contra 60% que são contra. Ou seja, 4 em cada 10 cidadãos são favoráveis ao pagamento por embalagem devolvida.
Com relação ao lixo coletado nas ruas, 69,1% acreditam que o material recolhido é misturado na coleta, sem separação entre reciclável e orgânico. Segundo 12,3%, o lixo é tratado corretamente, com a separação necessária. Outros 2,9% dos respondentes informaram que não há coleta de lixo na sua rua.
Em relação à pesquisa anterior, observa-se diminuição nas respostas que afirmam que o lixo é tratado corretamente diminuiu significativamente, de 21,2% em 2019 para 12,3% em 2021. Esse número pode ser um reflexo da percepção do consumidor do que é um tratamento adequado para o lixo, uma vez que os demais números da pesquisa indicam melhora nos hábitos de consumo consciente.
Sobre a existência de locais para destinação de resíduos sólidos, 53,9% responderam não existir, 38,3% não souberam informar e 7,8% confirmaram que esses locais existem.
Valor agregado
A economia circular é um conceito que enxerga a fabricação e consumo dentro de uma lógica cíclica, estendendo a vida útil dos produtos. Questionados se teriam conhecimento sobre o tema, 58,4% disseram desconhecer, 23,9% responderam já ter ouvido falar e somente 17,7% afirmaram conhecer esse modelo de economia.
Sobre a disposição em pagar um valor maior por produtos ambientalmente adequados, 42,8% dos consumidores afirmaram que sim, contra 57,2% que não são a favor.
Mudanças climáticas
A percepção sobre as mudanças climáticas também fez parte da pesquisa: 65,4% dos fluminenses consideram que estão associadas às suas ações rotineiras; 22% não consideram que estão associadas; e outros 12,3% não souberam informar.
Em relação aos hábitos dos fluminenses:
93,4% – Apagam as luzes ao sair de um recinto;
87,2% – Fecham a torneira ao escovar os dentes;
82,3% – Verificam se a embalagem do produto está danificada antes de comprar;
81,9% – Verificam a validade de um produto antes de comprar;
74,9% – Consome produtos orgânicos;
74,9% – Verificam os armários e geladeiras antes de efetuar as compras;
72% – Utilizam sobras de refeições para fazer uma nova refeição;
58,8% – Solicitam nota fiscal ao comprar um produto ou contratar um serviço;
54,3% – Leem o rótulo de um produto antes de comprar;
50,2% – Reduzem o uso de papel e produtos descartáveis;
49,4% – Plantam árvores ou cuidam de jardins/plantas;
43,6% – Separam óleo de cozinha para reciclagem;
39,9% – Utilizam transporte público ou bicicleta, ao invés do carro;
38,3% – Separam o lixo para reciclagem;
35% – Adquirem eletrodomésticos que consomem menos energia;
28,4% – Consomem produtos com menor impacto para o meio ambiente;
19,3% – Lavam o carro com mangueira;
6,2% – Lavam a calçada com o jato de água da mangueira.
Sobre a Fecomércio RJ
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e representa os interesses de todo o comércio de bens, serviços e turismo do Estado. O setor reúne mais de 314 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do Estado e representam 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais no total, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Fecomércio RJ administra, no Estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).